sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Putine , o bufo prodigioso

PUTINE, O BUFO PRODIGIOSO
Manual do insulto
(Em linguagem muito contundente
e em redondilha maior mal-empregada)

1

Este bufo achavascado,
este grande rabisseco,
bandido azoratado,
que, no crime, não é peco,

2

este enorme sevandija
e grandíssimo coirão,
faz-que-mija-mas-não-mija,
este filho de um cabrão,

3

sempre a armar ao pingarelho,
engrunhido e quezilento,
já careca e sem pentelho,
coa banana já dormente,

4

grandessíssimo brigão,
sebento e cleptomaníaco,
este inepto fanfarrão,
perigoso hipocondríaco,

5

este camisa-de-vénus,
para uso em piça alheia,
este dono de um ânus
que só dá para diarreia,

6

egrégio filho da puta,
que cheira mal da boca
e manda os outros prà luta,
enquanto se fecha na toca,

7

um poltrão de cu tremido,
cara de bode sem pêlo,
calhordas mal fodido,
sacana, no atropelo,

8

pariu-o o cu de sua mãe
– assim nasceste tu!
e a vagina de mamãe
ficou com cara de cu.

9

Protoplasma fedorento
e pateta enxacoco,
todo ele, ressentimento,
imbecil e monobloco,

10

que aborto malcheiroso,
que rosto alucinado!
Que focinho ardiloso,
que velhaco mais safado!

11

Mas pede misericórdia
minha caneta cansada
de mexer nesta mixórdia,
que não nos leva a nada.

12

Então, de ti me despeço,
com extrema devoção:
prò inferno, não te impeço,
hasta la vista, cabrão!
                            12.03.2022
Eugénio Lisboa, in Poemas em tempo de guerra suja, Guerra & Paz Editores, Setembro de 2022, pp.26-28

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