quinta-feira, 28 de agosto de 2025

O mostrengo de Moscovo







Benfeitor precisa-se

Destruir, sem pestanejar, um povo
inteiro, de frio, fome e de sede,
é próprio do mostrengo de Moscovo,
que, com frio de lagarto, procede

ao seu prazer perverso e favorito
de pôr-se sempre em bicos de pés,
para se mostrar muito homenzito,
arrasando todo um país rés vés.

Matar não lhe custa porque não sente
e, com toda a desenvoltura, mente,
porque assim gira seu ego demente!

Putine rima bem com assassine,
mas também com fulmine e chacine:
venha um benfeitor que o elimine!
           22.11.2022
Eugénio Lisboa, in Soneto , modo de usar, Guerra & Paz Editores, Abril de 2024, p 97


O mostrengo
                               ( retrato de Putine)

Pálido e traiçoeiro,
ele tem o sangue frio,
de insensível bandoleiro,
que convoca calafrio.

Bufo de rosto sombrio,
assassino mafioso,
solitário arredio,
bom cliente de Lombroso,

salafrário teimoso,
saudoso de impérios,
megalómano ardiloso,
vomitando impropérios,

bom filho de Satanás,
bicho que não teve mãe,
no inferno assarás
ou dele ficarás refém!
            25.03.2022
Eugénio Lisboa, in Poemas em tempo de guerra suja, Guerra & Paz Editores, Setembro de 2022,  p 41

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