" O 1º de Maio é o Dia do Trabalhador, data que tem origem na primeira manifestação de 500 mil trabalhadores nas ruas de Chicago, e numa greve geral em todos os Estados Unidos, em 1886. Cinco anos depois, em 1891, o Congresso Operário Internacional convocou, em França, uma manifestação anual, em homenagem às lutas sindicais de Chicago. A primeira acabou com 10 mortos, em consequência da intervenção policial. São os factos históricos que transformaram 1 de Maio no Dia do Trabalhador. Até 1886, os trabalhadores jamais pensaram exigir os seus direitos, apenas trabalhavam." Apenas em 1919, o governo francês diminuiu a carga horária de trabalho para as 8 horas e proclamou o dia 1º de Maio como feriado nacional.
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Multidão durante as comemorações do dia 1º de Maio de 1897
no antigo Largo de Camões,actual D. João da Câmara no Rossio,
em Lisboa. Foto do blogue "Histórias com História"
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| Comemoração do 1º de Maio de 1919 |
Em Portugal, o dia começou a ser assinalado logo em 1890. Todavia, as comemorações cessaram com o início do regime do Estado Novo, embora se tenham registado algumas manifestações como a dos trabalhadores dos campos do Alentejo,em 1962 .
Com a Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974, o 1º de Maio regressou em plenitude, como uma grande manifestação laboral. É a partir dessa data, que se inicia um processo de dignificação da classe trabalhadora portuguesa e se institui essa data, como feriado nacional.
A Literatura e a Música , como representação de uma visão de mundo, sempre reflectiram as questões relacionadas com o Homem nas suas mais variadas vertentes e, por tal, a condição social dos trabalhadores e os seus anseios e lutas, ao longo dos anos.
Seleccionamos dois grandes cantores , um português ,outro brasileiro , que demonstram a validade destas afirmações
Zeca Afonso, em De não saber o que me espera, do Álbum " Fura Fura", 1979
De não saber o que me espera
Tirei a sorte à minha guerra
Recolhi sombras onde vira
Luzes de orvalho ao meio-dia
Entre uma mó e uma espada
Mas que maneira bicuda
De ir à guerra sem ajuda
Viemos pelo sol nascente
Vingámos a madrugada
Mas não encontrámos nada
Sol e água sol e água
De linhas tortas havia
Um pouco de maresia
Mas quem vencer esta meta
Que diga se a linha é reta
Zeca Afonso
Chico Buarque, em Construção, do Álbum Construção, 1971.



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