domingo, 19 de junho de 2022

Ao Domingo Há Música

  












                              Mais uma vez não sou capaz de descrever o arrebatamento.
                                 Foi arrebatamento, não êxtase.
                                                Virginia Woolf, Momentos de Vida
                 
                                 Saudade é o dia das coisas que se amam.
                                               Eduardo Bettencourt Pinto, Tango nos Pátios do Sul

Neste domingo, acordou inclemente a  saudade desse arrebatamento que nos toma , quando chegamos a África. Aquela imensa paleta de cores entra-nos pelos olhos e pelo coração. De repente, estamos num mundo que nos queima num fogo deslumbrante que nos deixa sem fôlego. Foi assim e e é sempre assim, quando entramos em Angola. Há uma repentina imersão num deslumbramento irrecusável. Luanda, a esplendorosa capital, espera-nos para nos saudar na largueza das suas avenidas, no sorriso das suas praias, no calor dos seus morros,  no sedutor abraço da sua baía e na espontânea afabilidade do seu povo.
Hoje , mais uma vez, fomos intimados a sentir essa saudade. Da memória das coisas felizes, retirámos a voz de um dos maiores cantores de Angola, para lhe tecer homenagem por tantos momentos de grande prazer musical. Waldemar Bastos morreu a 10 de Agosto de 2020, mas a sua voz ficará sempre no retábulo dos grandes cantores.

Waldemar Bastos, em  Perto e longe.


Waldemar Bastos, em Muxima,  acompanhado por The London Symphony Orchestra. Esta canção integra o álbum  Classics of My Soul.
  

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