sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

QUO VADIS?

 

Sombra de um sonho de um vale já perdido,
sombra de uma sombra desvanecida,
frágil memória de um mundo ardido,
voláteis matérias de uma vida
 
queimadas por nada, talvez por tudo.
Nada fica de grandezas sonhadas,
no vazio de um universo mudo:
tudo foram só esperanças logradas.
 
Pensar foi empresa votada ao nada.
Fazer foi pior: ou foi, só, o mesmo?
De tudo fica só a força alada
 
(no caso de ficar...) perdida a esmo,
em outro início talvez transformada:
tudo recomeçado, tudo o mesmo.
                    12.11.2013
Eugénio Lisboa

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