A emoção é sempre nova, mas as palavras usam-nas desde sempre:daí a impossibilidade de exprimir a emoção.Victor Hugo
Nem sei quantas vezes tentei dizer-lhe, querido pai, quanta falta nos faz. Neste mundo, que se agudiza a cada minuto, não o ter entre nós é uma ausência que marca e dói. Talvez estivesse ainda mais alarmado com o desenho que este nosso planeta tem agora nas mãos e nos actos de alguns senhores do mundo. É um desenho que é também um grande esquisso de várias tormentas vindouras, embora muitas existam já para sofrimento de quem é obrigado a enfrentá-las. Pois, querido pai, a guerra anda por aí. Matando, arrasando e chacinando à ordem de alguns facínoras que querem dominar o mundo.
Sei que teria muita dificuldade em compreender este mundo, após o caos que foi a última guerra mundial. Mas o Homem é um predador , embora sendo a criatura mais dotada de inteligência. Regressa sempre à hegemonia do mal e persegue-a sem piedade.
Oxalá o pudéssemos ter entre nós, para hoje, dia do seu aniversário, dar voz à emoção e dizer-lhe que a vida foi a maior dádiva que nos ofereceu, ao ensinar-nos o caminho que a acarinha.
Parabéns. E obrigada , querido pai.

É tudo o que também penso, cara editora e amiga, Maria José.
ResponderEliminarQuem sabe porisso é melhor que já não estejam aqui. Para não se chocar com tantas perplexidades e tanto desamor.
Quanto a mim estou neste mundo, mas não sou do mundo.
Manoel de Andrade