quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Eventos e Novidades Literárias em Dezembro

Casa da América Latina
De 30 novembro a 8 dezembro 2024 decorrerá mais uma edição da Feira Internacional do Livro de Guadalajara, este ano tendo como país Convidado de Honra a Espanha.
Do vastíssimo programa que ocupará os 9 dias de realização da FIL destacamos a cerimónia de entrega do Prémio FIL de Literaturas em Línguas Românicas ao amplamente reconhecido escritor moçambicano Mia Couto. Nos mais de 30 anos da sua existência, é a quarta vez que o Prémio FIL é atribuído a um escritor de língua portuguesa, depois de Nélida Piñón (1995), António Lobo Antunes (2008) e Lídia Jorge (2020). Este Prémio, no valor de 150 mil dólares, é o mais importante dos galardões atribuídos anualmente pela FIL, uns em colaboração com outras instituições mexicanas ou internacionais, como é o caso da Homenagem ArpaFIL (reconhecimento anual dado a um arquitecto “cuja trajetória profissional tenha contribuído para o engrandecimento artístico do património mundial”), outros por sua única iniciativa como é o caso do Prémio Sor Juana Inés de la Cruz (atribuído ao trabalho de uma escritora no último ano), ou o Prémio de Mérito Editorial (que premeia a visão e o ofício de uma figura fundamental no mundo dos livros).
O programa compreende atividades no âmbito da Literatura (FIL Literatura), da Ciência (FIL Ciência)), uma programação dedicada aos mais novos, a FIL Jovem e a FIL Ninõs, outra dedicada exclusivamente à América Latina (Latinoamérica Viva ) e a FIL Pensamento trabalhada em conjunto com a Universidade de Guadalajara. No âmbito da celebração do vigésimo quinto aniversário em 2011, a FIL Guadalajara lançou o programa “Os 25 segredos mais bem guardados da América Latina”, cujo sucesso, tanto entre o público em geral como entre os profissionais do livro, deu origem ao Latinoamérica Viva. A edição de 2024 do programa Latinoamérica Viva contará com a participação de quinze autores de destaque de nove países, que participarão em cinco mesas redondas.
Outras atividades paralelas, festejando o país Convidado de Honra, como o ForoFIL (9 noites de música ao vivo) ou a FILCine com uma programação de cinema, são realizadas durante a FIL. Para além destas atividades a FIL promove, durante o período em que dura o certame e mesmo ultrapassando-a no tempo, exposições de Artes Visuais e representações teatrais ou de bailado.
A FIL de Guadalajara, reconhecida como a segunda maior feira do livro do mundo, acolhe cerca de 100.000 visitantes diariamente (em 2023 foram 857.315) entre público em geral e profissionais do Livro (100 editoras participaram no Centro de Direitos de Autor, em 2023).
Manuela Júdice,
Secretária-Geral da Casa da América Latina em Lisboa – Portugal.

Programa Latinoamérica Viva
A edição de 2024 do programa Latinoamérica Viva contará com a participação de quinze autores de destaque de nove países, que participarão em cinco mesas redondas.
A literatura da América Latina não está unida apenas pelas línguas românicas, mas também pela diversidade de temas e géneros de onde emanam nomes essenciais para a literatura universal. De Gabriel García Márquez a Jorge Luis Borges, sem esquecer Gabriela Mistral ou Mario Vargas Llosa, esta região continua a gerar uma literatura prodigiosa. No programa América Latina Viva da Feira Internacional do Livro de Guadalajara, isso será evidente com cinco mesas de diálogo, nas quais participarão quinze escritores destacados da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Uruguai e Venezuela. Esta edição decorrerá de segunda-feira, 2 de dezembro, a sexta-feira, 6 de dezembro.
O primeiro painel será realizado na segunda-feira, 2 de dezembro, e reunirá três vozes marcantes da literatura latino-americana contemporânea. As escritoras Magalí Etchebarne (Argentina), Daniela Catrileo (Chile) e Isabel Zapata (México) irão discutir as suas obras e abordar temas como a identidade e o feminismo, bem como as suas perspetivas e experiências criativas. Por sua vez, Legna Rodríguez Iglesias (Cuba), Héctor Abad Faciolince (Colômbia) e Virginia Mórtola (Uruguai) partilharão as suas reflexões sobre a literatura na América Latina, as suas influências e a sua ligação com a realidade social dos seus países, na segunda sessão que terá lugar na terça-feira, 3 de dezembro.
Juan Álvarez (Colômbia), María Fernanda Ampuero (Equador) e Óscar Contardo (Chile) serão os encarregados de dar vida ao terceiro dia deste encontro, que terá lugar na quarta-feira, 4 de Dezembro, e no qual, entre outros temas, cada um abordará as preocupações que atravessam as suas respetivas obras. A quarta mesa será realizada na quinta-feira, 5 de dezembro, com a presença de Santiago Wills (Colômbia), Magela Baudoin (Venezuela) e Djamila Ribeiro (Brasil). Os participantes, através das suas experiências enquanto autores e ativistas, irão discutir a intersecção entre a literatura e aspectos sociais, como as questões de género, os direitos humanos e a equidade racial.
A última sessão do Latinoamérica Viva estará a cargo das autoras Lucrecia Zappi (Brasil) e Tamara Silva Bernaschina (Uruguai), que serão acompanhadas pelo escritor Carlos Aletto (Argentina), que partilharão as suas perspetivas sobre a narrativa contemporânea. Esta conversa, que terá lugar na sexta-feira, dia 6 de dezembro, será uma excelente oportunidade para descobrir o trabalho de três visões com estilos e trajetórias muito diferentes.
No âmbito da celebração do seu vigésimo quinto aniversário em 2011, a FIL Guadalajara lançou o programa “Os 25 segredos mais bem guardados da América Latina”, cujo sucesso, tanto entre o público em geral como entre os profissionais do livro, deu origem ao Latinoamérica Viva. A décima segunda edição deste encontro é organizada pela FIL Guadalajara com o apoio das editoras Páginas de Espuma, Almadía, Editora Lugar Común-Alliteration e Mandacarú Editorial, bem como dos ministérios das Culturas, Artes e Património do Governo do Chile, AC/E, Educação e Cultura do Uruguai, Culturas, Artes e Conhecimento da Colômbia, Negócios Estrangeiros, Comércio Internacional e Culto da República Argentina e da Universidade de Oregon.
Latinoamérica Viva
De segunda-feira, 2 de dezembro, a sexta-feira, 6 de dezembro
18h00 às 18h50
Expo Guadalajara
Toda a informação no site oficial https://www.fil.com.mx/info/info_fil.asp

“Levam tudo, e estragam tudo”
As mulheres da Ria não querem mais do que proteger o ecossistema em que vivem, na Culatra, e assegurar a sobrevivência da família. Conheça este projeto de participação cívica para a ação climática
Vivem na ilha da Culatra, do outro lado da Ria Formosa, entre Olhão e o oceano Atlântico, cerca de mil pessoas. A comunidade, com 200 anos, depende a 90% da pesca e de atividades ligadas ao mar.
Madalena conhece cada centímetro daquela ilha. Boa conversadora, chama cada banco de areia pelo nome – nomes que não vêm nos mapas, mas que se têm perpetuado, passando de geração em geração. Mariscadora, casada com um pescador, como grande parte dos casais culatrenses, sente diariamente a pressão das 4 000 pessoas que, no verão, “invadem” a ilha, das dezenas de barcos que lá se instalam, com as suas quilhas e âncoras a destruírem as pradarias marinhas daquele ecossistema tão sensível. Vê as formas desregradas como pescadores de outras águas vêm apanhar marisco de arrasto e não se conforma ao ver o seu sustento em risco de desaparecer.
A mariscadora bem pode protestar e lamentar-se, mas a sua voz nem sempre é ouvida. E é aqui que entra Valentina e a Sciaena, Associação de Ciências Marinhas e Cooperação. Apoiada pela Fundação Calouste Gulbenkian, esta associação montou o projeto Mulheres da Ria para dar voz aos culatrenses e ajudá-los a criar instâncias formais e informais de troca de informação e de participação comunitária. Tem como objetivos finais criar uma proposta de zona de proteção de área marinha de iniciativa comunitária, respetivo plano de gestão, e implementar um projeto piloto de proteção das pradarias marinhas, que são importantes sumidouros de carbono azul e contribuem ativamente para a promoção do equilíbrio ambiental nos ecossistemas costeiros.
Em paralelo, e porque reconhece a importância destas mulheres como pilares da comunidade, como as primeiras protetoras do ambiente local, “porque são mães”, a Sciaena visa “não apenas proteger o meio, mas também fortalecer a coesão social, capacitando-as e contribuindo para o desenvolvimento comunitário sustentável que respeita e valoriza os seus conhecimentos únicos, promovendo uma abordagem integrada que vai para lá da ação climática.”
Neste projeto, a Sciaena conta com vários parceiros: a Associação de Moradores da Ilha da Culatra, o Centro de Ciências do Mar (CCMAR), a Câmara Municipal de Faro e o OCEAN ALIVE – Cooperativa para a educação criativa marinha CRL.

Salavisa European Dance Award
Dois artistas inovadores são os vencedores do Salavisa European Dance Award 2024
Dorothée Munyaneza e Idio Chichava são os dois distinguidos na primeira edição deste prémio de dança. Ao longo de 2025 apresentarão as suas obras em vários palcos europeus
Os cinco finalistas, diversos em interesses, geografias e perfis, já eram, para o júri, “exemplos de compromisso e excelência”. Mas de entre os cinco, Dorothée Munyaneza e Idio Chichava destacaram-se “pelas suas abordagens artísticas particularmente bem-sucedidas nos seus trabalhos recentes, bem como pela profunda ligação que mantêm com os seus contextos artísticos, comunidades e colaboradores.” Tanto as obras de Dorothée como as de Idio “estão enraizadas não apenas em interesses artísticos pessoais, mas também numa compreensão complexa do mundo que os rodeia e do papel crucial que a dança pode desempenhar em discussões sociais mais amplas.”
Dorothée Munyaneza é uma artista multifacetada. Cantora, música, bailarina, atriz, escritora e coreografa, recusa fronteiras, utilizando a música, o canto, o texto e o movimento para abordar a rutura como força dinâmica e criar espaços de ressonância e esperança. Nascida no Ruanda, estudou música e ciências sociais em Londres, após o que se mudou para Paris, onde trabalhou com vários coreógrafos. Em 2013, criou a sua própria companhia, Kadidi. Para o júri, Dorothée aborda onde mais dói, “articulando história, trauma, mas também amor e esperança, com uma profunda compreensão do corpo e do seu potencial para contar histórias e criar espaços emocionais.”
Idio Chichava é bailarino, coreógrafo e diretor artístico da companhia de dança Converge+, em Moçambique, para onde regressou depois de uma carreira de sucesso em frança. No seu país natal, tem promovido o ensino gratuito da dança, junto das comunidades locais, e investido em produções multidisciplinares e criações colaborativas onde cada um tem espaço para explorar o seu mundo interior. Para o júri, o trabalho de Ídio “é uma afirmação poderosa da energia coletiva e do desejo de criar e coexistir.”
Dorothée e Ídio são os dois primeiros vencedores do Salavisa European Dance Award, prémio criado em 2023 pela Fundação Calouste Gulbenkian, em colaboração com outras seis instituições artísticas europeias – ImPulsTanz – Vienna International Dance Festival (Áustria), KVS (Bélgica), Dansehallerne (Dinamarca), Maison de la Danse/Biennale de la Danse (França), Joint Adventures (Alemanha), e Sadler’s Wells (Reino Unido) – com o objetivo de distinguir artistas de todo o mundo que demonstrem talento ou qualidades especiais que mereçam ser mais conhecidos para além das suas fronteiras nacionais.
Selecionados por três especialistas independentes – Mette Ingvartsen, Nayse López e Fu Kuen Tang –, os vencedores partilharão o prémio de 150.000€ e terão a oportunidade de apresentar o seu trabalho nos palcos de seis instituições culturais parceiras.
Song of the Land, de Chikako Yamashiro
Chikako Yamashiro (n.1976) apresenta Song of the Land [Canção da Terra], composta por duas peças distintas, que explora o entrelaçamento das memórias corporais com questões sociais e políticas específicas da história e das mitologias das ilhas de Okinawa, no Japão.
Mud Man (2016) [Homem de Lama] é uma instalação vídeo que tem como cenário a ilha de Okinawa (Japão) e as ilhas de Jeju (Coreia do Sul), locais onde a presença do exército dos Estados Unidos é alvo de grande controvérsia.
Apresentado pela primeira vez na Europa na sua versão original com 3 canais, o filme conta a história de uma comunidade que é confrontada com excrementos de pássaros que se assemelham a pedaços de lama que caem do céu.
Estes excrementos despertam as pessoas que estavam meio-adormecidas, as quais começam a apanhar os pedaços de lama para ouvir as vozes que emanam do seu interior e lhes falam de história e património, da natureza e de outras comunidades.
Abordando as camadas de memória histórica contidas num determinado território, esta obra debruça-se sobre a complexa construção da identidade enquanto comunidade, no que respeita à autonomia e à agência.
Em Seaweed Woman (2008) (Mulher-Alga], Yamashiro imagina-se como criatura mitológica do mar para personificar o corpo político de Okinawa.
Flutuando no oceano, coberta de algas marinhas que escondem e revelam partes do seu corpo, esta obra imersiva, composta por fotografias e vídeo projetados, mergulha o espetador num mundo místico, apresentando a muito contestada relocalização da base militar americana a partir de uma perspetiva subaquática.
Yamashiro seleciona elementos visuais ambíguos e fragmentados que convidam a múltiplas leituras. Canalizando as memórias e os conflitos de outros através do seu próprio corpo, a artista procura fomentar o discurso sobre a história de Okinawa, do Japão e de toda a Ásia Oriental.
Engawa – Temporada de arte contemporânea japonesa
Engawa é uma programação que traz a Lisboa um conjunto de criadores do Japão e da diáspora japonesa, muitos dos quais pela primeira vez em Portugal. Saber mais
29 nov 2024 – 13 jan 2025
Local
Espaço ProjetoCentro de Arte Moderna Gulbenkian
Preço
Entrada gratuita
Mediante levantamento de bilhete no próprio dia

Prix Goncourt
À l’ombre des jeunes filles en fleurs, La Condition humaine, Les Mandarins, Le Roi des Aulnes, Rue des boutiques obscures, et, dernièrement, Rouge Brésil, Les Bienveillantes, Trois femmes puissantes, L’Art français de la guerre, Chanson douce le prix Goncourt a récompensé depuis sa création en 1903 quarante romans parus à l’enseigne de la NRF.


Kamel Daoud
Houris
« Je suis la véritable trace, le plus solide des indices attestant de tout ce que nous avons vécu en dix ans en Algérie. Je cache l’histoire d’une guerre entière, inscrite sur ma peau depuis que je suis enfant. »
Aube est une jeune Algérienne qui doit se souvenir de la guerre d’indépendance, qu’elle n’a pas vécue, et oublier la guerre civile des années 1990, qu’elle a elle-même traversée. Sa tragédie est marquée sur son corps : une cicatrice au cou et des cordes vocales détruites. Muette, elle...
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Seja bem-vindo…
… ao guia de presentes da Guerra e Paz.

Aqui, vai encontrar os livros mais arrojados, graficamente elegantes e, por vezes, provocatórios do mercado editorial português. Entre edições exclusivas de luxo e limitadas, vai encontrar o presente ideal para colocar debaixo da árvore.Celebramos a ficção, a não-ficção e a poesia nesta seleção feita a pensar em si, devorador de livros.
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Novembro
Atos de Desespero, de Megan Nolan
Desfile, de Rachel Cusk
My Friends, de Hisham Matar (Vencedor Prémio Orwell na categoria de ficção política, Longlist Booker Prize 2024 e Longlist National Book Award 2024)
Songlight, de Moira Buffini (1.º volume de The Torch Trilogy)
Duna III (Romance Gráfico), de Frank Herbert, adaptado por Brian Herbert e Kevin J. Anderson
Franny e Zooey, de J. D. Salinger
Investigações Filosóficas, de Ludwig Wittgenstein
Macbeth, de William Shakespeare (Projecto Shakespeare)
Como o Grincho Perdeu o Natal, de Dr. Seuss
Desaparecida, de Maria Stepánova
MARTYR!, de Kaveh Akbar (Longlist National Book Award 2024)

Dezembro
Kairos, de Jenny Erpenbeck (Vencedor International Booker Prize 2024)
Reading Genesis, de Marilynne Robinson
Heretics of Dune (5.º volume da série Duna), de Frank Herbert
The Carnation Revolution: The Day Portugal’s Dictatorship Fell, de Alex Fernandes
Conversas entre Amigos, de Sally Rooney
O Estranho Desaparecimento de Esme Lennox, de Maggie O’Farrell
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