sexta-feira, 24 de março de 2023

Nélida Piñon

 
Nélida Piñon na sessão solene do centenário da
Academia Brasileira de Letras em 1997 — Foto: ABL


SOU MULHER, BRASILEIRA , ESCRITORA, cosmopolita,aldeã, criatura de todas as partes, de todos os portos.
                  Nelida Piñon, Uma furtiva lágrima

A escritora brasileira Nélida Piñon,  que morreu em Lisboa, a 17 de Dezembro de 2022, aos 85 anos, foi a primeira mulher no mundo a presidir a uma Academia de Letras em 100 anos,  eleita em 1989, na sucessão de Aurélio Buarque de Holanda. Recebeu inúmeros prémios e distinções no mundo literário e académico. Autora de mais de vinte livros, entre novelas, contos, literatura infanto-juvenil, ensaios e memórias, era tida pela Academia Brasileira de Letras como "uma das maiores representantes da literatura brasileira".
Nélida Piñon,(1937-2022), que se estreou com o romance "Guia-mapa Gabriel Arcanjo" publicado em 1961, recebeu o Prémio Internacional Juan Rulfo de Literatura Latino-Americana e do Caribe, em 1995, o que aconteceu pela primeira vez para uma mulher e para um autor de língua portuguesa, assim como o prémio Bienal Nestlé, na categoria romance, pelo conjunto da obra, em 1991, e o da APCA e o Prémio Ficção Pen Clube, ambos em 1985, pelo romance "A república dos sonhos".
Licenciou-se, em jornalismo em 1956, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, tendo colaborado em jornais e revistas literários e sido correspondente, no Brasil, da revista Mundo Nuevo, de Paris, e editora assistente de Cadernos Brasileiros.
A escritora tinha um vínculo estreito com Espanha, já que os pais e avós foram emigrantes galegos no Brasil, e foi-lhe concedida, no início deste ano, a nacionalidade espanhola.
Eis um   informativo registo que traça um longo retrato desta escritora , datado de 02.11.2020.

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