quinta-feira, 2 de março de 2023

As Novidades Literárias

Manuel S. Fonseca, editor da Guerra & Paz ,  dá-nos  a conhecer,  no seu blog, naquele  jeito próprio de fino  e saboroso  expressar,    os (seus) livros de Março  : “Eu quis, eu queria, eu quero. Estes são os meus mais queridos livros: os de Jorge de Sena. Sei, Senhor, que não sou digno, mas sou agora editor de Jorge de Sena: de toda a sua ficção, dos seus ensaios. Antes, rocei-me por umas correspondências, beijei um deus ou diabo prodigioso, umas verrinosas dedicácias, mas agora vou poder publicar tudo, menos a poesia, com as ultrajantes capas novas, que podem ver ali em cima.
Começo com perambulações demoníacas, Andanças do Demónio, ficções de louvor à mais pura imaginação, pégasos que estilhaçam o enfadonho território português. E salto logo para outro diabo, que se desespera invisível sobre outro corpo, no sensual (lúbrico?) O Físico Prodigioso. E a maior surpresa é o terceiro livro, Amor, um ensaio que é publicado pela primeira vez em edição isolada e individual: visita à explosão do amor, do erótico, do obsceno na literatura portuguesa. Livro delicioso, impuro e pecaminoso. Desmintam-me, se puderem. Mas não me desmintam sem o ler.
Há um livro de Março, um livro que não se rende, que Sena gostaria de ter lido. Falo de A Destruição do Espírito Americano, de Allan Bloom, o livro que pressentiu e adivinhou toda a execrável panóplia de proibições e cancelamentos woke a que hoje assistimos: Bloom canta os grandes livros e os grandes autores com coragem, encanto e exaltação. Publico-o e a Fundação António Manuel da Mota e a Mota Gestão e Participações vão doar um exemplar a cada uma das bibliotecas da rede pública nacional.
Entre os dez livros de Março, tenho um Atlas – a minha colecção está cada vez mais linda – é o Atlas das Fronteiras. E tenho um livro prático nos livros CMtv, que se chama Tenho um Animal de Estimação. E Agora? Escreveu-o uma médica veterinária, Sara Calisto, para cuidarmos bem dos nossos cães e gatos, mas também, se formos ousados para os ter, de canários, furões ou répteis.
José Jorge Letria trocou-me as voltas: A Última Valsa de Chopin é uma biografia, mas não posso dizer que seja não-ficção. É uma biografia romanceada, a mão de Letria a fugir para o poético, e não podia ser mais factual e verdadeira.
Fecho com três romances. Remissão, do português Carlos Guedes, é um romance-rio de culpas à procura do perdão, com três mulheres como protagonistas. Kim, de Rudyard Kipling, parece ter só um herói, o espião adolescente que dá título ao livro, mas tem na Índia o verdadeiro herói, tanto que Salman Rushdie bem avisou: «Nenhum outro escritor ocidental compreendeu a Índia como Kipling.» E acabo com Jesus, o herói solitário de Sede, romance pungente, elegante e irónico de Amélie Nothomb. É um Jesus solitário, está na cruz e desabafa. Sacrilégio? Blasfémia? Ao ouvido, Amélie disse-me: «É o romance da minha vida!»
São os meus dez livros, três vêm pintados com a turbulenta liberdade erótica de Jorge de Sena."

Quetzal Editores
Pablo D’Ors, em Espanto e Encantamento, Memórias de um vigilante de museu
Páginas: 368
Preço:17,91 €
Editora: Quetzal Editores
Sinopse:
“Alois Vogel trabalha como vigilante do Museu dos Expressionistas de Coblença, a cidade em que nasceu. Depois de 25 anos como funcionário, começa a escrever as suas memórias: o relato de uma vida aparentemente monótona e insignificante, mas de uma intensidade assombrosa. Nessas memórias fala sobre os visitantes do museu e as vidas que lhes inventa, sobre os colegas, os mestres do expressionismo, a cerveja - e a solidão.
As confissões de Alois Vogel - tão maníaco quanto terno, e cujo olhar é de uma candura desarmante - levam-nos a descobrir o poder do diminuto, do pequeno, do pormenor e da observação. Através de uma personagem singular e anónima, Pablo d’Ors fala da busca da plenitude e do simples, e dos labirintos da mente que procura iluminação.”
Julian Barnes, em Amor & C.ª
Páginas: 288
Preço: 15,93€
Editora: Quetzal Editores
Sinopse:
“Oliver, Stuart e Gillian. Oliver é o melhor amigo de Stuart e Stuart é o melhor amigo de Oliver. Gillian é namorada de Stuart, com quem virá a casar. Oliver e Stuart não podiam ser mais diferentes: o primeiro, extravagante, está convencido de que é uma luminária; o segundo é sóbrio, tímido e ligado ao «lado prático da vida». Gillian é bonita, inteligente, e ama Stuart; defende que falar de alguém ou de um assunto de forma exaustiva (como propõe o título original em inglês, Talking It Over) só é bom quando não somos o objeto em análise. Depois do casamento, uma explosão: Oliver descobre que está apaixonado por Gillian. Para contar esta história atribulada, cómica e errática, os três revezam-se na narração - com os seus pontos de vista, tiques e tópicos preferidos. Porém, o que começa como uma comédia de equívocos depressa desliza para uma exploração sombria e profunda dos pântanos da alma. Uma história interminável.”
Patti Smith , em M Train
Preço: 12,96€
Editora: Quetzal Editores
Sinopse:
“Ilustrado com dezenas de polaroides da própria autora, M Train é uma narrativa de viagens, e uma meditação sobre literatura, escritores - e cafés.
Sentada no seu café nova-iorquino preferido, Patti Smith lembra as sucessivas viagens que alimentam as suas obsessões artísticas e literárias, bem como o seu desejo de uma beleza que transgrida a ordem do tempo. Viajamos da Guiana ou do México e da casa de Frida Kahlo até Berlim, contemplamos os túmulos de Jean Genet, Sylvia Plath, Rimbaud e Mishima, sentamo-nos na cadeira que pertenceu a Roberto Bolaño, visitamos hotéis que lembram séries de televisão, homenageamos Burroughs, ou Sebald — e, como todos os viajantes, recordamos coisas sem explicação.
Livro de viagens, M Train é uma das experiências mais contagiantes para quem alguma vez foi ferido pelo animal da literatura, levando-nos pelos lugares em nome da memória que transportam, talvez porque viajar e ler sejam formas de superar a morte.”
Marcial Gala, em Chamem-me Cassandra
Páginas: 224
Preço: 15, 93 €
Editora: Quetzal Editores
Sinopse:
“Rauli é um menino de dez anos que adivinha o futuro e se sente como uma mulher que nasceu no corpo de um homem. Uma história de iniciação sobre a Cuba dos anos 70, durante a guerra em Angola.
Como Cassandra (filha dos reis de Troia, irmã de Heitor e Páris, sacerdotisa de Apolo), Rauli tem o dom da profecia e a maldição de ninguém acreditar nele. É um rapazinho de compleição clara e delicada, quase feminina, dado à contemplação e ávido leitor dos clássicos. Nasceu no corpo errado e prevê o futuro: desde cedo sabe que irá combater em Angola e que morrerá trespassado por balas e pela homofobia.
Entre a infância e a adolescência, o romance trata da busca pela identidade num contexto hostil, além de testemunhar o colapso do sonho do «homem novo» e da utopia internacionalista. Lírico e histórico ao mesmo tempo, Chamem-me Cassandra reconstrói o quotidiano da Cuba dos anos 70, com um olhar amoroso pelas suas personagens e uma grande capacidade de ligar o mito clássico e as figuras da guerra de Troia ao enredo da guerra de Angola. Um romance de iniciação e identidade que cativa desde as primeiras páginas.”

Edições 70- Almedina


Martin Lathan, em Crónicas de um Livreiro
Páginas: 354
Preço: 17,90€
Editora: Editora 70/Almedina
Sinopse:
"Esta é a história da nossa relação amorosa com os livros, quer os organizemos nas nossas prateleiras, inalemos o seu cheiro, rabisquemos nas suas margens ou apenas nos enrosquemos com eles na cama. Levando-nos numa viagem através de leituras de conforto, bancas de livros de rua, bibliotecas míticas, vendedores ambulantes, panfletos radicais, clientes de livraria extraordinários e colecionadores fanáticos, o livreiro Martin Latham revela a curiosa história da nossa - e da sua - obsessão pelos livros.
Em parte história cultural, em parte carta de amor aos livros e em parte memórias relutantes, estas são as crónicas de um livreiro que honra o seu ofício.”

David Justino , em Ensaios sobre o dia seguinte
Páginas:432
Preço: 23,31€
Editora: Almedina
Sinopse:
«Estes Ensaios Sobre o Dia Seguinte são, assim o pretendo, uma abordagem do porvir a partir da reflexão sobre o passado, mais ou menos recente, tal como o interpretamos. Não os entendam como qualquer tentativa de "antecipação" do futuro.
Fiéis que somos às maneiras de pensar cientificamente conduzidas em ciências sociais, essa reflexão parte sempre dos problemas e da sua constante (re)formulação, numa incessante busca de explicações verosímeis, de preferência a conclusões ditas verdadeiras. Por isso, lembro mais uma vez, escolhi a fórmula dos ensaios que nos conferem um pouco mais de liberdade e de capacidade de questionamento do adquirido válido ou do senso comum que nos tende a esmagar neste mundo de comunicação avassaladora.»

Relógio D'Água Editores
Natalia Ginzburg, em Todos os nossos ontens
Páginas:304
Preço:16,65 €
Sinopse:
“Às vezes basta o ingénuo olhar de uma rapariga para iniciar uma história que vai alterar a vida de duas famílias e de muito mais gente.
Anna vive numa povoação no norte de Itália, nos anos que antecedem a Segunda Guerra Mundial. Já adolescente, submete-se quase sem resistência à violência do sexo, casa-se com um homem trinta anos mais velho e vai viver com ele num local inóspito do sul de Itália.
Anna permanecerá silenciosa enquanto à sua volta todos falam e gesticulam e vivem as suas alegrias e dramas, até que a guerra obriga a que se tomem decisões importantes e pratiquem gestos definitivos.
«Para mim, Todos os Nossos Ontens é um romance perfeito, ou seja, é completamente o que tenta ser, e nada mais. […] Este feito torna-se possível devido à compreensão extraordinária da alma humana por parte da autora, ao seu brilhantismo enquanto estilista da prosa e, sobretudo, à sua incomparável lucidez moral. Todos os Nossos Ontens conta-se entre os grandes romances do século xx e Ginzburg entre os seus grandes romancistas. No que a mim diz respeito, enquanto leitora, escritora e ser humano, a sua obra tocou e transformou a minha vida. Espero que lhe deem a oportunidade de fazer o mesmo à vossa.» [Da Introdução de Sally Rooney].”
Paul d'Anieri, em A Ucrânia e a Rússia — Do Divórcio Civilizado à Guerra Incivil ( Pré-Venda)
Páginas:480
Preço:22,95 €
Sinopse:
LIVRO EM PRÉ-VENDA. ENVIOS DIA 6 DE MARÇO.
LIVRO ACTUALIZADO PELO AUTOR EM 2023.
"Esta obra apresenta uma análise profunda, revista e atualizada da guerra em curso na Ucrânia. Nela, Paul D’Anieri aborda as dinâmicas no interior da Ucrânia, o conflito entre a Ucrânia e a Rússia e entre a Rússia e o Ocidente alargado, que emergiu do colapso da União Soviética e resultou na invasão russa de 24 de fevereiro de 2022. Numa sequência cronológica, o autor mostra como a separação da Ucrânia e da Rússia em 1991, na época designada por “divórcio civilizado”, levou a um dos mais violentos conflitos na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. D’Anieri considera que, nesta evolução, pesaram sobretudo três factores, a saber: a questão da segurança, o impacto da democratização na geopolítica e os objetivos incompatíveis surgidos na Europa no pós-Guerra Fria.
“Um trabalho de enorme erudição. Uma leitura obrigatória para qualquer pessoa que tenha interesse pela origem da crise atual.” [Serhii Plokhy, autor de A Porta da Europa]”
SOBRE O AUTOR:
“Paul D’Anieri é professor de Ciência Política e Políticas Públicas na Universidade da Califórnia, em Riverside, nos EUA. É autor de obras como Understanding Ukrainian Politics (2007) e Economic Interdependence in Ukrainian–Russian Relations (1999). Atualmente, é vice-presidente da Associação Americana de Estudos Ucranianos.”
Katherine Mansfield, em O Garden-Party
Páginas:48
Preço:6,30€
Sinopse:
“Está um dia quente e sem vento quando a família Sheridan se prepara para fazer uma festa no seu jardim. Mas enquanto Laura, uma das filhas, se ocupa da organização do evento, notícias sobre a morte de um vizinho ameaçam a celebração.
SOBRE A AUTORA cujo centenário da sua morte foi celebrado a 9 de Janeiro deste  2023:
“Katherine Mansfield nasceu a 14 de Outubro de 1888 em Wellington na Nova Zelândia, tendo como nome de baptismo Kathleen Beauchamp. Em 1913, os pais enviaram-na com as suas irmãs para o Queen’s College em Londres, onde as raparigas desfrutavam de uma apreciável liberdade intelectual. Através do seu professor de Alemão, conheceu Ibsen, Bernard Shaw e Oscar Wilde. Após três anos no Queen’s College, Katherine e as irmãs regressaram à Nova Zelândia. Katherine teve algumas experiências amorosas que agitaram a pacatez familiar e os pais deixaram-na partir para Inglaterra com uma pensão de cem libras, vagamente confiantes nos seus dotes de escritora. Mas quando, passado algum tempo, a mãe chegou a Inglaterra, encontrou a filha grávida e separada de George Bowden, com quem se casara. Levou-a para uma estância termal na Baviera, onde Katherine deu à luz um nado-morto e começou a escrever de um modo constante.
No regresso a Inglaterra, publica na revista The New Age os primeiros contos. Em 1911, edita Numa Pensão Alemã, que obtém um êxito razoável. É nesse ano que conhece John Middleton Murry, um crítico literário que, apesar de todas as crises, passaria a ser a relação da sua vida. Katherine parte para o Sul de França, onde viveu algum tempo com D. H. Lawrence e Frieda. Conhece Virginia Woolf, que lhe edita o conto Prelude na The Ho- garth Press. Em Dezembro de 1917, é-lhe diagnosticada uma lesão pulmonar. Nas últimas semanas de vida, procurou refúgio espiritual no instituto do místico russo George Gurdjieff, em Fontainebleau. Foi aí que, em 9 de Janeiro de 1923, morreu, tendo ao lado John Murry.”
Paul Celan, em Sete Rosas Mais Tarde
Páginas:248
Preço:16,65 €
Sinopse:
“O amor está morto na obra de Celan. Perdeu a qualidade redentora. O que dele fica são apenas fragmentos, imagens que não se ordenam numa estrutura superior unificada. Porque esse é o limite que atingem, o limiar que ultrapassam: o da unificação harmoniosa num universo e numa relação de que o amor foi brutalmente cortado.” [Da Introdução de Y. K. Centeno]
“A poesia de Celan começa por tactear caminhos, dolorosamente, num tempo de feridas abertas, exorcizando memórias próximas e debatendo-se com ópios inócuos (‘Verde-bolor é a casa do esquecimento’).” [Da Introdução de João Barrento]
SOBRE O AUTOR: 
"Paul Celan nasceu em Czernowitz, na Roménia, a 23 de Novembro de 1920, de pais judeus de origem germânica. Cursou Medicina em França, mas voltou à Roménia para estudar Literatura. Os pais morreram em 1942 num campo de concentração. O próprio Paul Celan foi enviado para um campo de trabalhos forçados na Moldávia, sendo libertado pelo exército russo em 1944. Em 1947 instalou-se em Viena e depois em Paris, onde retomou os estudos (Germanística e Linguística). Em 1948 publicou um primeiro livro de poemas, A Areia das Urnas. Em 1952 casou com Gisèle de Lestrange, a quem escreveu mais de 700 cartas ao longo de 19 anos. Entre 1950 e 1968 publica diversos originais e traduções de Shakespeare, Michaux, Valéry, Pessoa e Mandelstám. Em 1955, naturalizou-se francês. Em 1960, recebeu o Prémio Literário Georg Büchner, pronunciando então um importante discurso, “O Meridiano”. A partir de 1965, em diversas ocasiões foi internado em hospitais psiquiátricos, onde escreveu alguns textos em hebraico. Suicidou-se em 1970. O afogamento no Sena ocorreu três anos depois de se encontrar com Heidegger, na sua cabana na Floresta Negra. O filósofo alemão admirava o modo como Celan trabalhava a língua alemã apesar de ser judeu, e este considerava Heidegger um grande filósofo e não compreendia os seus compromissos com o nazismo, nem o seu silêncio sobre o Holocausto."
Arthur Schopenhauer, em A Arte de Ter sempre Razão
Páginas:99
Preço:9,00 €
Sinopse:
"Com Hegel, a dialéctica atinge o seu perfil filosófico mais elevado. Schopenhauer […] replica com uma operação de força igual e contrária, e redu-la ao mínimo, considerando-a a arte de ter razão, a ‘teoria de arrogância humana natural’. Operação que, de um ponto de vista filosófico, é provavelmente menos profunda, mas que acaba por se revelar mais bem adaptada às mudanças dos tempos, porque Schopenhauer não liga a dialéctica a uma filosofia, mas à própria condição do homem enquanto animal dotado de palavra, quer dizer […], enquanto ser a quem os deuses deram a palavra para que possa ocultar o seu pensamento.” [Franco Volpi]
Redigido em Berlim em 1830–31, A Arte de Ter sempre Razão foi publicado em 1864.”

Planeamento da Relógio D'Água para o mês de Março:
O Fim do Mundo Clássico: De Marco Aurélio a Maomé, de Peter Brown
Discursos Edificantes, de Søren Kierkegaard
Ensaios, de Robert Musil
Os Poemas, de Konstandinos Kavafis
Nove Histórias, de J. D. Salinger
O Segredo da Força Sobre-Humana (Romance Gráfico), de Alison Bechdel
Feiticeira da Lua, Rei Aranha, de Marlon James
O Marinheiro de Gibraltar, de Marguerite Duras
A Tempestade, de William Shakespeare (Projecto Shakespeare)

Porto Editora

Rosa Montero, em O perigo de estar no meu perfeito juízo
Páginas:240
Peço:14, 99€
Sinopse:
“Na tradição de A Louca da Casa, um livro brilhante e sagaz sobre criatividade e loucura.
«Sempre soube que na minha cabeça alguma coisa não funcionava muito bem», diz nos logo ao início Rosa Montero. Voltando ao solo fértil que alimentou A Louca da Casa, esta sua convicção encontrou eco em estudos científicos e dados concretos, mas sobretudo na observação da sua própria vida e nas biografias desses «loucos» e «estranhos» seres dedicados, como ela, à arte da escrita, almas que transformaram o sofrimento pessoal em matéria literária. Sylvia Plath, Emily Dickinson e muitos outros estão presentes nestas páginas repletas de empatia pelos dramas humanos e, ao mesmo tempo, de admiração por toda a beleza daí resultante.
O perigo de estar no meu perfeito juízo prova a capacidade extraordinária de Rosa Montero de misturar ficção, autobiografia e ensaio, resultando numa obra perspicaz, tocante e bem-humorada sobre o custo da «normalidade» e o valor da diferença.”

Editions Gallimard

J.M.G. Le Clézio, Erik Orsenna, Bernhard Schlink... Quelle sera votre prochaine lecture ?

Si vous n'arrivez pas à lire ce message, suivez ce lien.

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Nos parutions de février 2023

Nouveautes-fevrier-2023

J.M.G. Le Clézio nous invite à la rencontre

de ses "indésirables"

J.M.G. Le Clézio - Avers
Dans son recueil de nouvelles Avers. Des nouvelles des indésirables, J.M.G. Le Clézio, prix Nobel de littérature 2008, nous exhorte à nous battre contre l'injustice au travers de huit histoires qui suivent chacune un personnage en quête d'identité.
 

Ce qu'en dit la presse...

"Le Clézio révèle la beauté et célèbre le courage au long de huit lumineux textes." – La Croix

"D'une beauté inouïe."

– La grande librairie

"Un hymne magnifique à une humanité qui est aussi la nôtre. TTT" – Télérama

 
 

"Le Blé en herbe et autres écrits" : un tirage spécial

des œuvres de Colette en Pléiade

Le Blé en herbe et autres écrits - Colette

Il y a 150 ans naissait Sidonie-Gabrielle Colette, dite Colette, l'une des plus célèbres romancières du XXe siècle. Pour marquer cet anniversaire, nous sommes heureux de vous annoncer la parution du Blé en herbe et autres écritspréfacé par Antoine Compagnon, dans la collection Bibliothèque de la Pléiade. Les quatre volumes des Œuvres de Colette sont quant à eux toujours disponibles dans la même collection.

 

Colette, nous dit Antoine Compagnon, rend présents "le monde de l'enfance, l'étoffe de la sensation, l'émotion de la mémoire."

 

Ce volume sous étui illustré comprend les ouvrages suivants : Claudine à l'école, Douze dialogues de bêtes, Mitsou, Chéri, Le Blé en herbe, La Fin de Chéri, Sido, Le Pur et l'Impur, La Chatte, Gigi et L'Étoile Vesper.

 

 

Également en librairie

Orsenna-Histoire d'un ogre

Il était une fois un ogre. Venu de Bretagne, où sa famille possède un moulin qui fabrique du papier, l'ogre veut conquérir la France. Après les bateaux et les ports, il avale sans vergogne journaux, radios, chaînes de télévision, et même une maison d'édition légendaire...

 

"Dans Histoire d'un ogre, l'Académicien brosse, sans jamais le nommer, le portrait cinglant du patron de Vivendi dont il stigmatise la dérive. Un conte à la Voltaire."

– L'Express

Schlink-La-Petite-fille

À la mort de son épouse Birgit, Kaspar découvre un pan de sa vie qu'il ignorait : avant de quitter la RDA pour passer à l'Ouest, elle a abandonné son bébé à la naissance. Intrigué, Kaspar ferme sa librairie et part à la recherche de cette belle-fille inconnue... Plus de 25 ans après Le liseur, Bernhard Schlink nous offre de nouveau un grand roman sur l'Allemagne.

 

"Qui veut comprendre l’Allemagne contemporaine devra désormais lire La petite-fille."

– Le Figaro littéraire

Terminus Malaussène de Daniel Pennac

Daniel Pennac continue de détourner les codes du polar en poursuivant sa série sur la famille la plus déjantée de la littérature française, qui a fédéré en France et dans de nombreux pays une immense communauté de lecteurs enthousiastes. Avec Terminus Malaussène, il clôt sa saga dans un final en forme d'apocalypse hilarante.

 

"Le final de Terminus Malaussène est un feu d’artifice.  TTTT" – Télérama

 

 

 

Découvrez aussi...

Coromines-Miss-Atomic

Les plus grands titres d’Erri de Luca sont réunis en Collection Quarto ! Une œuvre foisonnante – romans, récits, poésie, théâtre, essais, traductions –, servie par un style limpide, poétique et épuré.

 

"Un écrivain passionnément attaché au pouvoir des mots."

– L'Obs

 

 

Miss Atomic de Laure Coromines

Pour soutenir les essais nucléaires pratiqués dans le désert voisin du Nevada, la ville de Saint George organise le concours de beauté Miss Atomic. Pour Tom, treize ans, et ses deux amis, la vie prend des allures de fête...

 

"Un portrait tout en nuances d’une bande d’adolescents qui va perdre ses illusions" – Les Inrockuptibles

 

Plokhy-Ukraine

Il y a un an, la Russie de Vladimir Poutine déclarait la guerre à un état souverain : l'Ukraine. Aux portes de l'Europe de Serhii Plokhy raconte l'histoire de ce pays, du territoire et des hommes qui l’habitent.

 

"La guerre en cours, démontre Serhii Plokhy, est une guerre du réel. Il s'agit d'y voir clair. Rien, aujourd'hui, ne peut mieux y aider que ce livre majeur." – Le Monde des livres

Le dernier torero de Camille de Villeneuve

Sandra est une des rares femmes toreros. Elle a toréé dans les arènes les plus illustres, jusqu’au terrible coup de corne qui l’a laissée à terre. Pourra-t-elle repartir à la conquête des arènes ?

 

"Un détonnant portrait de femme plurielle dans un monde de rites et d’hommes." – Page des libraires

 

 

La mort de Vivek Oji d'Akwaeke Emezi

Le lendemain d’une grande émeute au marché, la mère de Vivek Oji découvre le corps de son fils allongé sur leur véranda, sans vie. Comment un destin si tragique a-t-il pu frapper ce jeune homme de vingt ans, promis à un bel avenir ?

 

"L'écriture d'Akwaeke Emezi est belle et fiévreuse et donne comme résultat un roman particulièrement émouvant."

– @readreadbird

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