quarta-feira, 14 de maio de 2014

Livros para Ler em Maio

Escuroé o novo livro de poesia de Ana Luísa Amaral, publicado pela Assírio & Alvim.
Sinopse: «Neste livro, Ana Luísa Amaral reflecte sobre a literatura e sobre as inquietações do nosso tempo e do nosso quotidiano. Surge aqui, com grande fulgor, um diálogo polifónico com Fernando Pessoa e o seu drama em gente. Porque «O lume que as sustenta, / a estas vozes, / é mais de dentro, e eu não o sei dizer».
"(…)
Deixai-me o escuro, o meu.
Porque ao lado da minha,
a vossa ausência, essa que em mim plantastes,
nada é.
Tomáreis vós saber o que é ausência
Ausência eu: demorada nestas linhas.
Dizer com quanto escuro
a noite se desfaz
e se constrói —
(...)". Ana Luisa Amaral, in " Escuro", Assírio & Alvim, 2014
Leia as primeiras páginas de "Escuro": aqui
“É a Guerra “, o Diário de Aquilino Ribeiro, que ressurge com um  Prefácio de Mário Cláudio, numa reedição  da  Bertrand.
«No ano em que se assinala o centenário do início da Primeira Guerra Mundial, a Bertrand Editora reedita É a Guerra, o diário de Aquilino Ribeiro, composto na fase inicial do conflito, em Paris, onde o autor então residia.
Um retrato pessoal e íntimo de Aquilino Ribeiro sobre um dos mais importantes acontecimentos da História mundial recente, com a qual a Bertrand dá continuidade à publicação das obras do grande escritor português. O livro integra também um conjunto de edições através do qual a Bertrand revisita a Primeira Guerra Mundial e o contexto em que a mesma se desenrolou.
“Assumindo-se como um ‘diário’ dos quase dois primeiros meses da Grande Guerra, Aquilino Ribeiro procede ao trabalho original, e porventura árduo, de historiar na retaguarda parisiense um conjunto de lances, e de estados emocionais que lhes vão conexos. Com idêntica legitimidade rotularíamos de «reportagem» essa tarefa, uma vez que nela se descortina a palpitação da imprensa que cobre os acontecimentos, interpretando-os sempre, ou prevendo-os até, com a diligência que se insere na prodigalidade dos órgãos de comunicação social, editados em França, e de que o nosso autor não deixa de nos dar a devida notícia. Publicada duas décadas decorridas sobre o rebentamento das hostilidades, a obra sinistramente augura aquilo que o diarista não se coíbe de apontar, a emergência de uma segunda, e não menos catastrófica conflagração.”» Mário Cláudio
“O Ocaso dos Pirilampos”,  romance de Adriano Mixingue, sai a 21 de Maio, com a chancela da Editora Guerra e Paz.
Sinopse:
"Em "O Ocaso dos Pirilampos", romance angolano de todas as interrogações, ouve-se uma voz que se confessa. É a voz do protagonista, senhor de um poder absoluto sobre a vida e morte dos seus súbditos: «A vontade de possuir o outro é rectangular como o íman, o desejo e a cola. A vontade de agredir é quadrada como o martelo…»
Vencedor do Prémio Literário Sagrada Esperança 2013, segundo romance de Adriano Mixinge, o primeiro publicado em Portugal, O Ocaso dos Pirilampos não teme visitar os lugares do crime: «Os lugares do crime são sempre lugares de pressa, de inquietação, de arrepio e eu adoro-os.»
Um romance angolano com uma dimensão universal. Estão aqui todas as angústias do homem contemporâneo.
«O narrador-protagonista é um ser arrogante […] Ele é o grande demiurgo: as cidades nascem do interior do seu corpo para depois serem excretadas através dos seus vómitos. […] E os habitantes vivem sob o signo do grande-chicote, simbolizado no falo omnipresente do todo-poderoso personagem-narrador.» Isaquiel Cori, escritor angolano, sobre "O Ocaso dos Pirilampos".
Sobre o autor:
Adriano Mixinge, nasceu em Luanda, em 1968. É autor do romance Tanda (Edições Chá de Caxinde, Luanda, 2006) e do livro de ensaios Made in Angola: arte contemporânea, artistas e debates (Editions L’armattan, Paris, 2009).
Aos onze anos viajou para Cuba. Passou toda a sua adolescência na Ilha da Juventude. Formou-se em História de Arte pela Universidade de Havana. Em 1993, regressou a Angola. Foi investigador no Museu Nacional de Antropologia de Luanda, editor cultural do Jornal de Angola e comissário de diversas exposições de arte, em Angola e no estrangeiro, sendo a mais importante «Entre a guerra e a paz», exibida na primeira Bienal de Arte contemporânea de Joanesburgo, em 1995.
Em 2002, foi nomeado conselheiro cultural na Embaixada de Angola em França e, nesta condição, organizou o projecto artístico e cultural «Angola, mon amour» (Musée du Quay Branly, Paris, 2008) e esteve na origem da exposição «Angola, figuras de Poder» (Musée Dapper, Paris, 2011), entre outras.
Actualmente, é conselheiro cultural na Embaixada de Angola em Espanha.
Retrato de Rapaz”,  de  Mário Cláudio, estará disponível, nas Livrarias, a partir de 20 de Maio,  editado pela Publicações Dom Quixote.
Sinopse: «
Farto do descaminho de Giacomo, o pai vem deixá-lo ao estúdio de banho tomado, mas ainda com andrajos e piolhos, para que o artista que exuma cadáveres e constrói máquinas voadoras o endireite e faça dele seu criado. A beleza do rapaz impressiona Leonardo, que logo pensa nele para um anjo, concluindo porém que lhe assentam melhor corninhos de diabrete, e assim o rebaptizando como Salai. Serão, de resto, os pecadilhos do rapaz que o farão cair nas boas graças do amo e o elevarão à categoria de aprendiz sem engenho mas com descaramento para emitir opiniões, borrar a pintura, traficar pigmentos e até surripiar desenhos. E, num jogo de pequenas traições mútuas, vai-se criando entre Salai e o pintor uma cumplicidade que os aproximará como se fossem pai e filho.
Retrato de Rapaz é uma novela fulgurante sobre a relação entre mestre e discípulo, nem sempre isenta de drama e decepção, e sobre a criatividade de um artista genial em tudo, mesmo na gestão dos seus afectos.»
Peter Englund escreveu “A Beleza e a Dor da Guerra – História Íntima da Primeira Guerra Mundial” , agora, editado, em Portugal, pela Bertrand. 
«Há muitos livros sobre a Primeira Guerra Mundial, mas o premiado historiador Peter Englund, Secretário Permanente da Academia Sueca, que atribui o Prémio Nobel da Literatura, aborda-a de uma forma inédita e espantosa: através da experiência de homens e mulheres comuns oriundos de várias partes do globo, explorando os aspectos quotidianos da guerra, não só a tragédia e o horror, mas também o absurdo, a monotonia e até a beleza.
Entre as muitas histórias, há um jovem na infantaria do exército britânico, que considerara a hipótese de emigrar até a guerra lhe ter oferecido “a sua grande promessa de mudança”, um funcionário francês de meia-idade, socialista e escritor, cuja “fé simplesmente ruiu” com o início da guerra. Há uma menina alemã de doze anos que está entusiasmada com as notícias das vitórias do exército porque isso significa que ela e as suas colegas de sala poderão gritar na escola. Há uma americana casada com um aristocrata polaco, que vivia uma vida recatada e de luxo quando a guerra começou e que, em última instância, será levada a declarar: “Ao olhar a Morte nos olhos, perde-se-lhe o medo.”
A Beleza e a Dor da Guerra é um brilhante mosaico de perspectivas que reconstrói sentimentos, impressões, experiências e flutuações de humor de vinte pessoas específicas, deixando-as falar não apenas por si próprias, mas também por todos aqueles que foram de alguma forma moldados pela guerra, mas cujas vozes foram esquecidas e ignoradas, ou simplesmente não foram ouvidas.»


A editora Opera Omnia publicou o novo livro de poesia de João Almeida : " As Condições Locais " .

Trata-se de “ um livro de Poesia de um dos mais prometedores Poetas da poesia portuguesa contemporânea.
João Almeida, para além de uma obra que conta já com cinco títulos, é um Autor que está presente em algumas das mais prestigiadas revistas literárias em Portugal e em Espanha.

Com As Condições Locais, João Almeida volta ao convívio dos leitores com uma Poesia depurada, mas carregada de simbolismos.”


Novo livro de Philip Roth ,” Os Factos, Autobiografia de um romancista”, publicado em Maio, por Publicações Dom Quixote.
"Os Factos" é a autobiografia nada convencional de um escritor que mudou o nosso modo de ver a ficção – uma obra de irresistível franqueza e criatividade, particularmente instrutiva na revelação das interacções entre a vida e a arte. Em Os Factos, Philip Roth concentra-se em cinco episódios da sua vida: a infância urbana e protegida, nos anos trinta e quarenta; a preparação para a vida americana numa universidade conservadora, nos anos cinquenta; o envolvimento tumultuoso, quando era jovem e ambicioso, com a pessoa mais colérica que conheceu em toda a sua vida (a «rapariga dos meus sonhos», como Roth lhe chama); o choque frontal com um influente grupo de judeus indignados com o seu "Goodbye, Columbus"; e a descoberta, nos excessos dos anos sessenta, de um lado inexplorado do seu talento que o levou a escrever "O Complexo de Portnoy". O livro termina surpreendentemente – à boa maneira de Roth – com um ataque feroz do romancista às suas competências como autobiógrafo.”

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