quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Prémios Literários e Livros

Prémio Literário Europeu 2013
Gonçalo M. Tavares foi nomeado para o Prémio Literário Europeu 2013 para o melhor romance europeu traduzido para holandês no ano transacto, com "Aprender a Rezar na Era da Técnica", editado em Portugal pela Caminho, anunciou a Fundação Holandesa para a Literatura.
Publicado na Holanda pela Querido, Aprender a Rezar na Era da Técnica (Leren bidden in het tijdperk van de techniek ) foi traduzido por Harrie Lemmens.
Entre os vinte finalistas contam-se nomes como Martin Amis (com Lionel Asbo), Javier Marías (com Os Enamoramentos), Emmanuel Carrère (com Limonov), Hilary Mantel (com Bring Up the Bodies) e Ian McEwan (com Sweet Tooth).
O Prémio Literário Europeu é uma iniciativa do Centro Académico Cultural SPUI25, da Fundação Holandesa para a Literatura.
Este galardão literário vai já na sua terceira edição, tendo distinguido Marie NDiaye, com Três Mulheres Poderosas (Teorema), e Julian Barnes, com O Sentido do Fim (Porto Editora), em 2011 e 2012, respectivamente.
O autor da obra vencedora receberá 10 mil euros e o tradutor 2,5 mil euros.
A obra Aprender a Rezar na Era da Técnica de Gonçalo M. Tavares, que tem sido aclamada internacionalmente, está também nomeada para o IMPAC Dublin Literary Award 2013 e já venceu o Prémio para Melhor Romance Estrangeiro em França em 2010, tendo sido finalista, nesse mesmo ano, do Médicis e do Femina.”CNC
 Correntes D'Escritas 2013
O evento irá realizar-se de 21 a 23 de Fevereiro, e o arranque será, à semelhança das edições anteriores, no Casino da Póvoa, no dia 21, às 11h00. A Sessão de Abertura contempla o anúncio dos vencedores dos quatro Prémios Literários e ainda a apresentação do número 12 da Revista Correntes d’Escritas.
São oito os livros de poesia finalistas ao Prémio Literário Casino da Póvoa, no valor de 20 mil euros, atribuído no âmbito do Correntes d’Escritas.
A lista de finalistas inclui os vencedores do prémio Camões de 2010 e 2011, o brasileiro Ferreira Gullar e o português Manuel António Pina (1943-2012), respectivamente, com os livros Em Alguma Parte Alguma(Ulisseia) e Como se desenha uma casa (Assírio e Alvim).
São ainda finalistas A Terceira Miséria , de Hélia Correia (Relógio D’ Água); As Raízes Diferentes, de Fernando Guimarães (Relógio d'Água); Caminharei Pelo Vale da Sombra, de José Agostinho Baptista (Assírio & Alvim); De Amore, de Armando Silva Carvalho (Assírio & Alvim); Lendas da Índia, de Luís Filipe Castro Mendes (Dom Quixote) e Negócios em Ítaca, de Bernardo Pinto de Almeida (Relógio D’Água).
Os oito foram escolhidos entre os 75 livros de poesia recebidos para o concurso a que podiam concorrer livros escritos por autores de língua portuguesa, castelhana e hispânica e editados em Portugal, entre Julho de 2010 e Junho de 2012.
O júri desta edição do prémio, constituído por Almeida Faria, Carlos Vaz Marques, Helena Vasconcelos, José Mário Silva e Patrícia Reis, reunirá no dia 20 de Fevereiro para decidir o vencedor. O anúncio dos premiados realizar-se-á no dia 21 de Fevereiro, na sessão de abertura da 14ª edição do Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim." Fonte:Público e CMPV
Saiba mais em:Correntes d’Escritas
Classificado como Livro do Ano pelo Grémio de Livreiros de Madrid e pela Federação de Livreiros da Galiza, "A praia dos afogados", do escritor galego Domingo Villare, acaba de ser lançado, em Portugal, pela Sextante.O escritor, nascido em Vigo, é herdeiro literário de Vásquez Montalbán e de Georges Simenon nas palavras da Editora. Villar estará presente nas Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim.
Sobre o livro: «Uma manhã, o cadáver de um marinheiro é arrastado pela maré até à beira-mar de uma praia galega. Se não tivesse as mãos amarradas, Justo Castelo seria outro dos filhos do mar a encontrar a sua sepultura entre as águas, durante a faina. Sem testemunhas nem rasto da embarcação do falecido, o inspector Leo Caldas mergulha no ambiente marinheiro da povoação, tentando esclarecer o crime entre homens e mulheres renitentes em revelar as suas suspeitas, mas que, quando decidem falar, indicam uma direcção demasiado insólita.»
"O Golpe de Misericórdia", de Marguerite Yourcenar, com uma introdução de Agustina Bessa-Luís, será lançado a 19 de Fevereiro, pela Dom Quixote
Sinopse: «No regresso de Espanha, convalescente de uma ferida que havia sofrido diante de Saragoça durante a guerra civil, Eric von Lhomond aguarda no bufete da estação de Pisa o comboio que o há-de levar de volta à Alemanha. Também nessa ocasião tudo começara para ele por um regresso, o seu regresso a Kratovicé, ao domínio onde, na companhia de Conrad e de Sophie, passara os últimos tempos de juventude antes de, nos derradeiros meses que antecederam a derrota alemã, haver ingressado num exército já então votado ao mais absoluto fracasso. Aos olhos de Sophie, feridos pelo interminável cortejo das misérias da guerra, Eric regressado parecera irreconhecível. E uma vez que todos os romances que lera até aí pressupunham que a amizade de um estranho pelo irmão sempre se transformasse em amor pela irmã, Sophie transfigurou a chegada de um ser simultaneamente próximo e distante no desespero construído da paixão. O Golpe de Misericórdia é a história do desenrolar dessa paixão, sonhada como um pesadelo ou uma tragédia até ao único dos desfechos possíveis.»
LEMBRANDO RUBEN A.

Os infortúnios que nos cercam, e que não parecem comover o Executivo;  no meio do ruído, do desapego às coisas da vida, e do oportunismo criminoso de alguns - um livro veio iluminar os dias. O poeta Liberto Cruz e sua mulher, Madalena Carretero Cruz, ambos ensaístas, investigadores do fenómeno literário, publicaram, pela Editorial Presença, "Ruben A. Uma biografia", que constitui um admirável trabalho de remoção do silêncio que paira sobre a obra de um dos mais extraordinários prosadores do nosso tempo. Ruben Andresen Leitão, historiador, ou Ruben A., romancista, memorialista, colaborador de jornais, foi uma figura ímpar da cultura portuguesa. E os seus biógrafos, com minúcia e rigor, relatam as peripécias de uma vida agitada, cujo estilo e visão do mundo Salazar detestava.Está tudo neste livro. Até os amigos que, na casa do Monte Olivete, se encontravam em reuniões impensáveis. Conheci-o no "Diário Popular", jornal em que colaborava com uma secção imperiosa e pedagógica, "Livros Escolhidos", do melhor que a Imprensa de então (e a de agora) publicava. Se a prosa de Ruben era desconcertante, ele era a imagem devolvida dessa prosa. Sempre a correr, permanentemente agitado, movendo-se com uma presteza incomum, as características da sua vida são admiravelmente retratadas por Liberto Cruz e por Madalena Carretero Cruz. Eles acentuam a invulgaridade do destino deste imenso escritor; aquilo que constituiu a matéria fundamental da sua existência; os amigos que o não largavam e, também, as torpes invejas, os silêncios sobre a sua obra, e os entusiasmos de pessoas que viam nele o que ele realmente era: um intelectual fora das normas, um romancista sem par e um homem generoso e cordial. Por favor: não percam esta biografia e atirem para os fojos as fancarias que por aí pululam. Este livro é, igualmente, um implacável retrato de Portugal. Bem hajam os dois biógrafos por nos restituírem Ruben A., na dimensão exacta da sua grandeza.” Baptista Bastos em Crónica publicada no JN. Nov. 2012
  
EDUARDO PALAIO RECEBE GRANDE PRÉMIO DE CONTO CAMILO CASTELO BRANCO
O Grande Prémio de Conto Camilo Castelo instituído pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão em conjunto com a Associação Portuguesa de Escritores (APE) é entregue ao escritor Eduardo Palaio no próximo dia 22 de fevereiro, pela sua obra "Caixa Baixa". O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Armindo Costa, homenageia o vencedor do prémio numa cerimónia que vai decorrer na Casa de Camilo, em S. Miguel de Seide, a partir das 10h30. Para além do autarca estarão ainda presentes o presidente da APE, José Manuel Mendes, entre outras personalidades.
O prémio referente ao ano 2011, tem o valor de 7.500 euros, e foi atribuído por unanimidade pelo júri constituído por Domingos Lobo, Francisco Duarte Mangas, Serafina Martins e Fernando Miguel Bernardes.
"Caixa Baixa", publicado pelas Edições Colibri, reúne cinco contos históricos de Eduardo Palaio, escritor e artista plástico nascido em Sintra em 1942.
Eduardo Palaio é o 21.º escritor premiado com este galardão, depois de nomes como Pires Cabral, Mário de Carvalho, Maria Isabel Barreno, Luísa Costa Gomes, José Eduardo Agualusa, Afonso Cruz entre outros.
Refira-se que o Grande Prémio do Conto destina-se a galardoar anualmente uma obra em língua portuguesa de um autor português ou de um país da lusofonia.
A cerimónia da entrega do prémio ficará ainda marcada pela oferta à Casa de Camilo de uma tela a óleo do acervo particular da artista plástica Armanda Passos, intitulada “Retrato de Ricardina”, numa alusão ao romance camiliano com o mesmo nome datado de 1868." CNC

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