quarta-feira, 25 de outubro de 2017

O nosso Universo

O Big Bang não foi o início do universo
"Pensar que o Universo e tudo o que nele existe nasceu no momento do Big Bang é “um dos maiores erros”, segundo o astrofísico e escritor científico Ethan Siegel.
O Universo e tudo o que nele existe, nasceu no momento do Big Bang. Esta é uma imagem “atractiva” que explica muito do que vemos.
Mas, por azar, também é incorrecta, e os “cientistas já o sabem há quase 40 anos”, sustenta um artigo para a Forbes do astrofísico e escritor científico Ethan Siegel, que qualifica o Big Bang como “um dos maiores equívocos de sempre”.
Segundo recorda Siegel, a ideia original sugere que o universo surgiu de um estado quente e denso e, neste momento, encontra-se em expansão e a esfriar.
Se “continuarmos a extrapolar” até ao passado, o universo tornar-se-ia “mais quente, denso e compacto”, até chegar a um momento em que “a densidade e a temperatura se elevam a valores infinitos, onde toda a matéria e energia no universo estão concentradas num único ponto: uma singularidade”.
O autor do artigo sustenta que essa singularidade – onde as leis da física se rompem – também é “o ponto final”, que representa a origem do espaço e do tempo.
No entanto, há enigmas que a teoria do Big Bang não consegue explicar, como por exemplo, o facto de o universo ter a mesma temperatura em todos os seus extremos, mesmo que não tenham tido tempo de se comunicar entre si desde o início.
Em 1979, o cientista americano Alan Guth propôs uma alternativa à “singularidade” do Big Bang: a teoria da inflação cósmica, que consistia na existência de uma fase média de expansão exponencial anterior ao Big Bang, e que poderia resolver todos estes problemas.
Neste estado cósmico, as flutuações quânticas continuariam a existir, e ao expandir-se no espaço, estender-se-iam pelo universo, criando regiões com densidades de energia ligeiramente superiores ou ligeiramente inferiores da média, explica Siegel.

Quando esta fase do universo chegasse ao fim, essa energia converter-se-ia em matéria e radiação, criando o estado quente e denso, ou seja, o Big Bang.
Para comprovar a ideia, era necessário medir essas flutuações do brilho excedente do Big Bang e encontrar um padrão particular consistente com as previsões da inflação. Nos anos 1990, 2000 e de novo em 2010, os cientistas “mediram essas flutuações ao detalhe” e encontraram “exactamente isso”, assinala Siegel.
A conclusão era “incontornável”: o Big Bang “definitivamente ocorreu”, mas só depois da fase da inflação cósmica. O que ocorreu antes – ou se a inflação era eterna no passado – “continua como uma questão aberta”, mas uma coisa é certa: de acordo com o cientistas, “o Big Bang não é o começo do Universo“.Zap,Setembro de 2017
Cientistas encontram algo “inexplicável” em Marte: gelo
"Cientistas descobriram em Marte algo praticamente impossível de existir: água em estado sólido perto da linha do equador de Marte.
Ao analisar imagens de arquivo de Marte da NASA, uma equipa de cientistas liderada por Jack Wilson, da Universidade Johns Hopkins (EUA), descobriu indícios de hidratação significativa – possivelmente, de água em estado sólido – perto da linha do equador do Planeta Vermelho. Segundo estimativa da NASA, não deveria existir água nessa região.
Na análise, os investigadores decidiram processar novamente os dados recolhidos entre 2002 e 2009 pelo espectrómetro de neutrões instalado a bordo da sonda espacial Mars Odyssey.
A equipa melhorou consideravelmente a qualidade das imagens, reduzindo as partes opacas e obtendo imagens mais nítidas da superfície de Marte.
A equipa descobriu inesperadamente grandes quantidades de hidrogénio, que em altas latitudes é sinal de gelo enterrado, na zona de formação Medusae Fossae. Mas a ciência não consegue explicar como água congelada poderia ser preservada nessa zona.
A teoria principal é que a mescla de gelo e pó, provenientes de áreas polares, pode ter realizado um ciclo através da atmosfera quando a inclinação axial de Marte era maior do que a actual.
NASA / JPL - Cal Tech / Univ. de Arizona
“Hidrogénio equivalente à água” (azul escuro) em algumas partes 
da região da linha do equador de Marte
Ao mesmo tempo, Wilson destaca que isso deveria ter ocorrido há milhões de anos e que qualquer fracção de gelo depositada na zona deveria ter desaparecido há muito tempo.
“Isso continua um mistério digno de estudo adicional, e Marte continua a surpreender-nos”, concluiu Wilson.
A NASA destaca que a presença de água em estado sólido perto da linha do equador de Marte representa grande interesse para as expedições futuras a Marte, pois astronautas poderiam utilizá-la como fonte de água ou para a produção de combustível de hidrogénio." Sputnik News, 4 Outubro, 2017

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