sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Os Livros de Novembro

“Atlas do Corpo e da Imaginação”, novo livro de Gonçalo M. Tavares, uma edição da Caminho
Sinopse: «um livro que atravessa a literatura, o pensamento e as artes, passando pela imagem e por temas como os da identidade, tecnologia; morte e ligações amorosas; cidade, racionalidade e loucura, alimentação e desejo, etc…».
«centenas de fragmentos que definem um itinerário no meio da confusão do mundo, discurso acompanhado por imagens de “Os Espacialistas”, colectivo de artistas plásticos».
Gonçalo M. Tavares revisita a obra de pensadores contemporâneos como Bachelard, Wittgenstein, Foucault, Hannah Arendt, Roland Barthes, e de escritores como Vergílio Ferreira, Llansol ou Lispector, entre muitos outros.
Nas palavras da Editora «arquitectura, arte, pensamento, dança, teatro, cinema e literatura são disciplinas que atravessam, de forma directa e oblíqua, o livro».
“Fado Alexandrino” de  António Lobo Antunes, em edição comemorativa (1983-2013), Dom Quixote
Sinopse:«Um livro que narra o regresso e reencontro de quatro ex-combatentes da guerra colonial, o modo como a vida se lhes transtornou e se destruiu. A história prende a atenção pela narrativa articulada, por vezes irresistivelmente divertida, em que personagens e personalidades convincentes, bem desenhadas, vivem uma intriga de acontecimentos múltiplos e surpreendentes peripécias de timbre trágico e cómico, do quotidiano banal ao sucesso mais insólito.”

A Casa de Bragança”, romance, e “Do Movimento Operário e Outras Viagens” colectânea de poemas, de  Ernesto Rodrigues, Âncora Editora, foram apresentados pelo  autor  nesta quarta-feira, 27 de Novembro,  na Livraria Ferin, Rua Nova do Almada, 70-74, Lisboa.
“A Casa de Bragança” abre com o casamento de D. Inês e D. Pedro nesta cidade, onde lhes nascera o segundo filho, D. João de Portugal e Castro, calhado para um trono que as vicissitudes pessoais e históricas entregaram ao meio-irmão D. João I. Essa figura é reabilitada na memória da família Roiz, cuja casa triangula a igreja de Santa Maria e a Domus Municipalis, outras moradas dentro da vila e cidadela, o que significa contar as origens do burgo, a construção do castelo e a linhagem dos Rodrigues, desde 1014, coetâneos da nacionalidade e dos Bragançãos, de que Inês de Castro também descende.
A narrativa é organizada por Afonso Roiz, cujas relações com 
os filhos do Mestre de Avis nos apresentam D. Afonso, primeiro duque de Bragança, D. Pedro e suas andanças europeias, D. Fernando e seu martírio em Fez, além da amizade com o segundo duque de Bragança, D. Fernando, requerente junto de D. Afonso V da carta de foral que faz de Bragança cidade (20 de Fevereiro de 1464) e o mesmo Afonso Roiz traz de Ceuta.O manuscrito deixado por este é recuperado por outro Afonso Rodrigues (nascido em 1956), que não só acompanha as celebrações do quinto centenário do foral (1964), como, meio século depois, resolve enigmas da sua vida.
“Do Movimento Operário e Outras Viagens” reúne 40 poemas de quem se estreou, na poesia, há 40 anos.”
“Mandela – O Rebelde Exemplar “, de António Mateus (Planeta)
 Mandela visto e narrado por um autor, português, que o acompanhou durante uma década enquanto jornalista destacado na África do Sul, como correspondente da agência Lusa e da RTP, e continuou, desde então, a estudar a vida de Madiba.
 Desde a libertação de Nelson Mandela, em 1990, António Mateus cobriu no terreno o conturbado processo de erradição do sistema de apartheid, a eleição de Madiba como primeiro presidente negro da África do Sul, o desempenho do seu único mandato presidencial e, depois, toda a sua actividade até à retirada da vida pública em 2004.
 Um livro diferente de tudo o que leu, que mostra o ser humano que escolheu transformar-se num líder de referência mundial pela tolerância, humildade e valores mas, já foi um jovem emotivo, irascível, temperamental e egocêntrico.
 Um olhar próximo, humanizador, sobre um homem que escolheu assumir e trabalhar as suas próprias fragilidades, começando nele a mudança que sonhava para o mundo.
 Um exemplo que resgata a nossa fé nos Homens e em nós próprios, na nossa capacidade de fazermos a diferença, para melhor, se assim o decidirmos.
 Um livro com fantásticas ilustrações do ilustrador Nuno Tuna, escrito numa linguagem acessível, especialmente dirigido aos mais jovens e a todos os que queiram conhecer o lado humano de um herói dos nossos dias.»
Jardim das Tormentas – Aquilino Ribeiro, Bertrand. Uma reedição que celebra o centenário da publicação da obra
 Sinopse:“Tinha Deus aposentado Adão e Eva no Jardim das Delícias, onde viviam como os mais desabusados regalões. O homem era esbelto e sólido, embora nunca houvesse exercitado os tendões da marcha, nem apurado os bíceps a colher o antílope no laço; ela um lambisco de primeira, esgalgada e especiosa, a quem os cabelos vestiam de oiro à maravilha, sem pensar na folha de parra para a nudez, num cinábrio para a boca, que de seu sinal era rubicunda. Não sabiam de onde eram, nem como estavam ali, nem tão pouco se importavam de saber, acharam-se dentro do horto uma boa manhã, e todas as demais manhãs, na plenitude de um gozo inapreciável, porque nunca espinho, sol mais destemperado ou hora amarga lhes ensinara que aquilo era o sumo bem.”»
Gente Feliz Com Lágrimas” de  João de Mel, Dom Quixote. Reedição comemorativa  da passagem dos 25 anos   da primeira edição
Sinopse:”Romance de uma família que se desfaz e refaz pelas paragens onde a levam os bons e maus augúrios que motivam a sua dispersão, Gente Feliz com Lágrimas é uma saga que irresistivelmente arrasta o leitor ao longo de cinco mundos, vividos e pensados através da obsessiva busca da felicidade que move os seus protagonistas.
 Concebida polifonicamente como a descrição dos vários modos de viver a amargura que medeia entre o abandono da terra e o retorno ao domínio do que é familiar, esta peregrinação possível em tempos de escassez de aventura é a definitiva lição de que o regresso se não limita a perfazer o círculo, e constitui uma visão fascinante do Portugal que todos, de uma maneira ou de outra, conhecemos.”

“O Barril Mágico” de  Bernard Malamud , Cavalo de Ferro.
 «Nas treze histórias que compõem O Barril Mágico, primeiro volume de contos de Bernard Malamud, pode encontrar-se algumas das personagens mais inesquecíveis da literatura, figuras que carregam consigo um destino atávico e arcaico e, ao mesmo tempo, são a expressão da experiência existencial do homem contemporâneo, de um mundo feito de mediocridade e de sonhos nunca realizados, mas igualmente com momentos de ternura e profunda ironia.
 Um universo que perfaz um arco temático com o Sul pobre e fanático de Flannery O’Connor, de Sherwood Anderson e de William Faulkner.»

“Encontro de amor num país em guerra” de Luis Sepúlveda, Porto Editora
«O presente livro reúne um conjunto de narrativas que se encontravam dispersas por edições há muito esgotadas ou que permaneciam inéditas nas gavetas do autor. Com a sua publicação, Luis Sepúlveda quis de certo modo “encerrar” o capítulo da sua vida literária anterior a O Velho que Lia Romances de Amor, obra que, de um momento para o outro, em 1992, o transformou no caso mais sério da nova literatura latino-americana.
 A aventura e a política, o amor e a guerra, a viagem e a utopia, a ironia e o mistério: todo o mundo do autor, com as suas paixões e os seus temas (alguns, como o tema amoroso, presentes pela primeira vez com tanta intensidade), comparece neste notável livro de relatos, que vem confirmar a mestria do grande escritor chileno e a sua incontornável presença na primeira fila dos grandes contadores de histórias nossos contemporâneos.

“Navegação de Acaso” de  Nuno Júdice, Dom Quixote
«Novo livro de poesia de um dos autores mais singulares da literatura contemporânea, que recentemente foi galardoado com o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana.»

“O Espião que Saiu do Frio “de John le Carré, Dom Quixote, Reedição

 «Edição que assinala os 50 anos de publicação de um dos mais aclamados livros do autor e que contém um prefácio do próprio John le Carré, que começa assim: “Escrevi O Espião Que Saiu do Frio aos trinta anos de idade, debaixo de grande tensão, não compartilhada, e na maior das discrições. Como funcionário de informações sob a capa de diplomata subalterno da embaixada britânica em Bona, eu era um segredo para os meus colegas e a maior parte das vezes para mim próprio. Tinha já escrito um par de romances, necessariamente sob pseudónimo, e o serviço para o qual trabalhava dera-lhes o seu beneplácito antes de serem publicados. Após longa ponderação, deu também a sua aquiescência a “O Espião que Saiu do Frio.” Ainda hoje não sei o que teria feito se não a tivesse dado.”»

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