sexta-feira, 6 de março de 2015

Começar o dia em Angola

Quero cantar e cantarei
Toda esta humana ânsia louca
A mão que me cerrar a boca
Não impedirá o canto que sei!
       António Jacinto, poeta angolano

Amanhece. Angola levanta-se . É dia de trabalho. Uma semana que se esgota, mas que se alonga em dias de frenesim matinal. Da cidade ao campo, o caminho tem de ser feito. Confuso , acidentado,  sinuoso , linear, o percurso difere de um lugar para outro. Angola espalha-se por um território imenso, porém agrega-se em cor e em gente que vai e labuta pelas manhãs quentes em busca de um futuro melhor. 

As minhas mãos colocaram pedras 
nos alicerces do mundo
mereço o meu pedaço de pão!
         Agostinho Neto, poeta angolano

Que as minhas mãos brancas se estendam 
para estreitar com amor
as tuas longas mãos negras
E o meu suor
se junte ao teu suor
quando rasgarmos os trilhos
de um mundo melhor!
           Alda Lara, poeta angolana






















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