quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Eventos culturais em Setembro


Grandes liçõescom o poeta sírio Adonis e o escritor brasileiro Milton Hatoum na Fundação Calouste Gulbenkian, Sábado, 21 set 2013 | 15:00,Auditório 3,(com transmissão em directo online)
15h: Experiência e Linguagem
Conferência por Milton Hatoum: Como a experiência de um escritor é sedimentada na forma romanesca? Como se constrói a ponte entre a experiência e a linguagem?
16h15: Conversa sobre livros com Adonis e Milton Hatoum, seguida de debate e perguntas do público.
17h30: Apresentação de Grandes Lições - Volume 2. Este livro é publicado em parceria com a Tinta-da-China e reúne uma selecção de textos das conferências realizadas no âmbito do Programa Gulbenkian Próximo Futuro.
Watch live streaming video from fcglive at livestream.com
Milton Hatoum (Manaus, 1952) foi professor de literatura na Universidade Federal do Amazonas e professor visitante da Universidade da Califórnia (Berkeley). O seu primeiro romance (Relato de um certo oriente/1989) obteve o prémio Jabuti. Em 2000 publicou Dois irmãos, eleito o melhor romance brasileiro no período 1990-2005 em pesquisa feita pelos jornais Correio Braziliense e O Estado de Minas. Em 2005 publicou Cinzas do Norte (prémios Portugal Telecom e Jabuti e Grande Prémio da Crítica). Publicou também a novela Órfãos do Eldorado/2008, o livro de contos A cidade ilhada (2009) e o livro de crónicas Um solitário à espreita. Os seus livros já foram traduzidos em 14 línguas e publicados em 17 países. Actualmente mora em São Paulo e é colunista do jornal O Estado de S. Paulo. Em Portugal, os romances de Hatoum são publicados pela Cotovia.
Adonis (Lataquia, 1930) é um poeta e ensaísta sírio, com uma longa carreira literária no Líbano e em França, autor de mais de vinte livros em língua árabe. Nascido Ali Ahmad Said Esber, é considerado o máximo expoente da poesia árabe contemporânea sob o pseudónimo 'Adonis'. Estudou Filosofia na Universidade de Damasco e, em 1954, devido às suas actividades políticas como membro do Partido Socialista Sírio, foi acusado de subversão e preso por seis meses. No ano seguinte partiu para Beirute, onde se dedicou à publicação de periódicos e fundou, em colaboração com o crítico literário libanês Yusuf Al-Jal, a revista de poesia Schiir (Poesia). Em 1956 deixou a Síria e foi viver para o Líbano. Recebeu uma bolsa de estudos para estudar em Paris (1960-61) e adquiriu a cidadania libanesa. Em 1973 concluiu o doutoramento pela Universidade de St. Joseph e em 1977 recebeu, em sinal de reconhecimento do seu percurso literário, a "Corona de Oro" do Festival Struga Poetry Enings (Macedónia). Em 1980 emigrou para Paris para escapar à Guerra Civil Libanesa e, durante anos, foi professor de língua árabe na Sorbonne. Apesar de dominar a língua francesa e de também conhecer a língua inglesa, o poeta garante que só fala o árabe: "É em árabe que penso, falo e escrevo", costuma afirmar. Conhecido por combater o sionismo e as ditaduras árabes, defende uma poesia livre das 'amarras' das instituições políticas e das obrigações religiosas.

Iniciativa Gulbenkian Oceanos

Promover a valoração económica dos serviços prestados pelos ecossistemas marinhos e costeiros é a missão da Iniciativa Oceanos, que será apresentada publicamente a 27 de Setembro, na Fundação Gulbenkian.Quanto vale um clima ameno ou uma vista para o mar? E quanto vale podermos comer peixe fresco? Num país como Portugal, com uma tão vasta área marítima sob a sua alçada, a Iniciativa Gulbenkian Oceanos foi criada para ajudar a responder a estas perguntas, melhorando o conhecimento científico e a percepção pública e política dos benefícios que nos trazem os ecossistemas marinhos e costeiros.Ver Site

Aula Magna da Universidade de Lisboa

Do outro lado do Atlântico chegam sons que conferem às formas clássicas europeias uma paleta de cores quentes e intensidades próximas de ritmos feitos dança ou paixão. Mergulhando as suas raízes em diferentes terrenos culturais, a música erudita da América Latina foi ganhando assim uma visibilidade muito própria, com um discurso individual a que a Orquestra Metropolitana de Lisboa dá mais uma vez espaço. A Colômbia é o país em destaque no quarto concerto do ciclo À Descoberta da América, numa parceria que junta a Casa da América Latina, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Universidade de Lisboa, a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Colombiana e a Embaixada da Colômbia em Lisboa. O concerto, que terá direcção musical do prestigiado maestro colombiano Alejandro Posada, contará com os seguintes músicos: Nuno Silva (clarinete), Aaron Copland (Concerto para clarinete), Morales Pino (Fantasia sobre temas colombianos), Alejandro Tovar (Serenata em Málaga) e Alejandro Tovar (Serenata en Chocontà)."
Orquestra Gulbenkian na Basilica de Mafra
Último concerto que a Orquestra Gulbenkian realiza em colaboração com o Festival Cantabile, para a temporada Gulbenkian Música 13/14. O programa na Basílica de Mafra inclui obras de Mozart e Bach. Ver agenda

Novos Músicos, Concerto de Tango com entrada livre na Casa da América Latina
25 de Outubro,22h00
Rocío Keuroghlanian (voz) e Manuel Álvarez Ugarte (guitarra) encerram com um concerto de tango o ciclo de concertos Novos Músicos, que teve por finalidade dar visibilidade a músicos emergentes no panorama nacional e internacional, com projectos de raiz e inspiração latino-americana. 
Rocío Keuroghlanian nasceu em Buenos Aires em 1975. Na Argentina estudou canto lírico e em 2001 emigrou para França, onde prosseguiu os estudos musicais e iniciou uma carreira de cantora. Vive, desde 2009, em Lisboa, onde é professora de música para crianças no Liceu Charles Pierre. Em 2012 encontrou o seu caminho como cantora de tangos. Jovem senhora de uma voz profunda, encanta o público fazendo com que ao ouvi-la cada um descubra novas emoções
Manuel Álvarez Ugarte nasceu em Buenos Aires em 1975. Guitarrista, compositor e professor, tem obra editada na Argentina, nos Estados Unidos e em Espanha. Nas suas músicas estão presentes ritmos e formas da música popular argentina e latino-americana, bem como jazz, música académica e contemporânea.
Teresa Ramos e Pedro Tropa
"Abecedário, 40 anos da Ar.Co", uma festa em boa companhia
"Conhecer o centro de arte através de alunos e professores numa reunião de 170 peças, no MNAC, em LisboaFotografia, desenhos, pintura, cerâmica, escultura, ourivesaria, ilustração e até filmes. As artes manifestam-se em várias formas e sentidos em "Abecedário, 40 anos da Ar.Co", que é hoje inaugurado no Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Lisboa. A largada faz--se no início dos anos 70, o destino é o novo milénio.
Na exposição encontra-se o Centro de Arte e Comunicação Visual em jeito de comemoração. Os 40 anos de vida foram pretexto para relembrar as caras, as histórias e as obras que por ali passaram. O Museu do Chiado acolhe a festa, que também conta um pedaço da história da arte contemporânea em Portugal. "A instituição é criada em 1973. Havia pouca escolha, estávamos em regime de ditadura, e o Ar.Co vem trazer uma lufada de ar fresco e tem mantido muito essa atitude experimental no seu ensino, que era uma coisa rara. A lógica é pluridisciplinar, há pintura, desenho, joalharia, cinema, cerâmica. Toda a estrutura gerou uma dinâmica muito própria que vale a pena ser conhecida", conta Paulo Henriques, comissário da mostra e também director do museu.
Ana Hatherly, Eduardo Nery, Noronha da Costa são alguns dos nomes que podem ser encontrados numa primeira fase em que são apresentados os professores mais emblemáticos do centro. Duarte Amaral Neto, Daniel Malhão, Eurico Lino do Vale, Joana Vasconcelos, Manuel Vilhena, João Queiroz, Pedro Calapez, Rui Chafes, Yara Kono. Uma longa lista onde professores e aprendizes se juntam num caminhar pelos corredores da escola: a viagem começa por atender à cronologia mas logo desata as amarras, que a arte encontra uma organização muito própria. A gente que por lá passou e as suas criações é que nos guiam pelo longo e pausado percurso. São 170 as peças para conhecer (grande parte inéditas), filmes incluídos. Alguns são excertos dos arquivos do centro e ainda há "Ribeiro" (1973), uma experiência em Super 8 de Ângelo de Sousa.
"Quarenta anos na história é um tempo brevíssimo, mas este foi um projecto de ensino que mostrou coerência ao longo dos tempos", continua o director. Através das quatro décadas é possível conhecer diferentes gerações de artistas e o "Abecedário" faz o contexto: os textos, em ordem alfabética, narram o percurso do centro, histórias para fazer companhia no passeio com o olhar.Exposição patente até dia 10 de Novembro. De terça-feira a domingo das 10h00 às 18h00. Entrada: 4 euros com visita à exposição permanente incluída." Maria Espírito Santo, em Jornal i ,18/Set./13

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