terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Charles Dickens


Charles Dickens nasceu em Portsmouth a 07 de Fevereiro de 1812. Este ano foi considerado o ano Dickens no Reino Unido, mas  várias homenagens estão previstas no mundo inteiro.
Em Portugal, na Biblioteca Nacional é aberta hoje a mostra das edições portuguesas do criador de Oliver Twist, na Sala de Referência, enquanto na Hemeroteca Municipal é inaugurada a exposição "Dickens nas Colecções das Bibliotecas Municipais de Lisboa".
Também hoje, pelas  18h00, na Biblioteca-Museu República e Resistência -- Espaço Cidade Universitária, ao bairro de Santos, em Lisboa, o cineasta Lauro António apresentará a palestra "O Universo de Charles Dickens no Cinema".
João Botelho realizou, baseado na obra homónima de Dickens, "Hard Times, for these Times" (1854), o filme "Tempos Difíceis, este tempo" (1988), com música de António Pinho Vargas e a participação, entre outros, de Henrique Viana, Julia Britton, Eunice Muñoz, Ruy Furtado e Isabel de Castro.
Charles John Huffam Dickens experimentou o jornalismo e, para garantir o sustento da família, trabalhou numa fábrica o que faz dele um verdadeiro  protagonista do retrato social que apresenta nos seus livros.
Dickens começou a editar em 1833 em fascículos no jornal Monthly Magazine a ficção "A Dinner at Poplar's Walk", que veio a editar depois em livro.
Em Portugal, segundo nota da Biblioteca Nacional, a primeira tradução de uma obra de Dickens, "Conto verdadeiro: o estalajadeiro de Andermatt", foi publicado no jornal O Ramalhete, nº 83 de 22 de agosto de 1839.
Ainda no século XIX são apresentadas "as primeiras traduções de cinco dos seus romances: 'Oliver Twist' (1837-1839), 'The Life and Adventures of Nicholas Nickleby'(1838-1839), 'A Tale of two Cities' (1859), 'Great Expectations' (1860-1861) e 'The Posthumous Papers of the Pickwick Club' (1836-1837)", refere uma nota da Biblioteca Nacional que acrescenta que, em Portugal, o escritor teve maior proliferação editorial nas décadas de 1940 e 1950.Fonte SIC
“…Neste mundo nunca somos mais bem enganados do que por nós mesmos. Que aceitemos de outros, ingenuamente, uma moeda falsa, já é bastante inconcebível à luz do bom senso; mas que em perfeito conhecimento de causa tomemos por dinheiro bom as moedas falsas fabricadas por nós mesmos, é sem dúvida um fenómeno psicológico dos mais curiosos! Se um amável desconhecido, sob pretextos de pôr em segurança o nosso dinheiro, consegue que lho demos, e nos fornece como garantia um punhado de cascas de nozes, certamente ficaremos muito surpreendidos quando vimos que fomos ludibriados. No entanto, o que é uma falcatrua em comparação com o que fazemos quando guardamos cascas de nozes como se fossem moedas de ouro?…” Charles Dickens,in " Grandes Esperanças"
"Grandes Esperanças" é um dos grandes livros do século XIX. Charles Dickens  retrata os grandes problemas da época plenos de actualidade neste tempo em que a consciência do homem está  confrontada  com a força  e o enganoso fascínio do poder .

1 comentário:

  1. Passaram 200 anos sobre o nascimento de Dickens, um dos génios da Literatura Inglesa!... Há bem pouco tempo neste lugar nos referimos a Charles Dickens... Não nos repetimos. Apenas mais umas palavras nesta data única. Dickens tinha por divisa: "Aquilo que merece a pena ser feito, deve ser feito!" E, em determinados passos da sua própria vida, cumpriu este preceito, que adoptara. Noutros - vá lá sabermos porquê?!... - não seguiu essa grandiosa divisa.
    "Grandes Esperanças" trata sobretudo do "prémio", mais propriamente da recompensa atribuída a um jovem por ter feito bem a um simples prisioneiro e condenado ao desterro, um homem desconhecido para ele..., que alguns anos depois lhe começaria a retribuir assiduamente e de muito longe, de uma forma anónima até ao final do romance, o quanto lhe tinha ficado agradecido por num começo de noite... ter contribuído para a liberdade desse condenado! Se há expressões mais condizentes com o mistério deste livro, eis uma. Existem momentos em que por mero acaso podemos traçar ou destrocar o destino de alguém!

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