quinta-feira, 27 de junho de 2013

O país em greve


Greve geral: país está parado
Transportes, saúde e justiça são os sectores mais afectados

"O país vai parar esta quinta-feira devido à greve geral, a quarta que o Governo de Pedro Passos Coelho enfrenta. 
A paralisação começou a ter efeitos na última noite, sobretudo no sector dos transportes. Os camiões do lixo das principais cidades não sairam para fazer a recolha. Os comboios da CP também não circulam. Na Fertagus, a empresa diz que «tudo depende da adesão à greve». Os barcos da Transtejo e da Soflusa estão parados e, em Lisboa, o metro fechou na última noite às 23h00 até às 06h30 de sexta-feira. Ao todo, só vão circular 12 carreiras da carris.

A Norte, no Porto, o metro vai funcionar a «meio-gás». Prevê-se que a linha amarela, entre o hospital S. João e Santo Ovídio, funcione com perturbações. O troço entre o estádio do Dragão e a Senhora da Hora também terá composições a circular. Os STCP terão apenas 20 carreiras a postos.
Por isso, os portugueses que queiram ir trabalhar esta quinta-feira vão ter muita dificuldade em deslocar-se em transportes públicos.
Do lado da aviação, a TAP e a ANA alertam para possíveis perturbações. Haverá apenas uma ligação da TAP com a Madeira e uma com os Açores. Quanto aos outros voos mantêm-se os horários mas pode haver «atrasos e cancelamentos».
Na saúde, as cirurgias e as consultas serão adiadas nos hospitais públicos. Os centros de saúde também serão afectados. Ainda assim, as urgências estão asseguradas.
Na educação não haverá grandes transtornos. As escolas estão encerradas mas as férias já começaram e houve exames antecipados para hoje.
Na Justiça, os tribunais estão fechados mas há serviços mínimos para «casos urgentes».
A greve chega também às repartições de Finanças e à Segurança Social, que deverão estar encerradas, tal como as estações dos correios.
Nas empresas privadas, tudo depende da adesão. A Autoeuropa antecipou-se e decretou um dia de «não produção».
Como se não bastasse, em Lisboa, prevêem-se ainda limitações ao trânsito por causa da manifestação da CGTP entre o Rossio e a Assembleia da República, sendo certo que a concentração da UGT em frente ao Ministério das Finanças também deverá causar transtornos.
Os líderes sindicais acreditam numa grande adesão. Do lado da CGTP, Arménio Carlos garante que a greve geral resultará numa «enorme derrota para o Governo». Já o líder da UGT, Carlos Silva, explica que será «um grito de insubmissão» às políticas de austeridade e de «tolerância zero» para com o Executivo.
É mais um «cartão vermelho» a quem dizem «estar a afundar o país».TVI24

1 comentário:

  1. Não sei o que afunda mais o país, se as greves gerais ou as medidas que elas tentam contestar.
    Afinal, o país foi colocado nesta situação por governos anteriores, mas não vejo nenhuma ação para tentar "fazer justiça" a esse nível...

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