O diário da primeira viagem de Vasco
da Gama à Índia, entre 1497 e 1499,
foi aceite pela UNESCO e integra
agora a lista dos Registos da Memória do Mundo desta instituição.
O diário, que
é atribuído a Álvaro Velho, é propriedade da Biblioteca Municipal do Porto e
esteve já ali exposto. É possível fazer uma leitura online destes diários
através da colecção Gâmica da Biblioteca Digital da Universidade do Porto.
O
reconhecimento do diário da viagem de Vasco da Gama como Registo da Memória do
Mundo resultou de uma análise, juntamente com mais de 80 outras
inscrições,submetida ao Comité Internacional do Programa Memória do Mundo, que
está reunido até sexta-feira em Gwangju, na Coreia do Sul. A candidatura do
diário terá sido entregue com a premissa de fornecer um "testemunho da
viagem marítima pioneira (...), um dos documentos decisivos que mudaram o curso
da história". Para além do recente reconhecimento do diário de Vasco da
Gama, outros três documentos portugueses, que fazem parte do Arquivo Nacional
da Torre do Tombo (ANTT), já integravam o Registo Memória do Mundo. São estes a
carta de Pêro Vaz de Caminha ao rei de Portugal D. Manuel I sobre a chegada ao
Brasil (Terra de Vera Cruz, Brasil, 1 de maio de 1500), o Tratado de Tordesillas
(na versão castelhana), de 7 de Junho de 1494, assim como um conjunto de 83.212
documentos, que datam de 1161 a 1699, que visam, segundo o ANTT, a
"informação e esclarecimento sobre as relações entre os europeus,
sobretudo as dos portugueses com os povos africanos, asiático e
latino-americanos.
Entre as 54
candidaturas agora reconhecidas pelo comité constam os escritos de juventude de Che Guevara e os arquivos do arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer. "DN
28 de Junho | 19h00 | Casa da América
Latina | Entrada livre
O cantautor
de música folclórica argentino César Isella, uma das figuras do Movimento do Novo
Cancioneiro e autor de Canción con todos, considerada o hino da América Latina,
desloca-se à Casa da América Latina no dia 28 de Junho para um concerto de
tributo aos principais compositores argentinos.
Na sua longa
carreira musical, César Isella cantou em dezenas de países de todo o mundo,
especialmente da América Latina, e compôs músicas para textos dos maiores
poetas da região, entre os quais Pablo Neruda, Nicolás Guillén, Armando Tejada
Gómez, César Vallejo, Manuel J. Castilla e José Pedroni. Foi membro proeminente
do Movimento do Novo Cancioneiro, iniciado por Tejada Gómez, Mercedes Sosa e
Oscar Matus, entre outros artistas.
Em 1969
compôs a música Canción con todos, escrita por Tejada Gómez. O tema foi
designado pela UNESCO como o hino da América Latina e traduzido para trinta
idiomas. O álbum Canción con todos, que publicou em 1993 com apoio da UNESCO,
conta com interpretações da música por Joan Manuel Serrat, Silvio Rodríguez,
Pablo Milanés, Manuel Mijares, Astor Piazzolla, Osvaldo Pugliese e Guadalupe
Pineda, entre outros artistas de renome.
Ouça aqui a 'Canción con Todos'
Compôs também outras canções destacadas, como Fuego de Animaná, Canción de las
simples cosas, Canción de lejos, Canción para despertar a un negrito, Canción
de la ternura e La patria dividida.
O concerto de
Isella na Casa da América Latina deverá ter o seguinte alinhamento:
- Vidala para
mi sombra (Julio Espinosa)
- El Amor te dejo (candombito; Teresa Parodi e César Isella)
- La Volvedora (zamba; Eduardo Falu e Manuel J. Castilla)
- Canción de las simples cosas (Tejada Gómez e César Isella)
- Augusto (cueca; César Isella)
- Padre del Carnaval (zamba; Horacio Guarany e César Isella)
- La arenosa (cueca; Gustavo ‘Cuchy’ Leguizamon e Manuel J. Castilla)
- Tonada del viejo amor (Eduardo Falu e Jaime Davalos)
- Balderrama (zamba; Manuel J. Castilla e Gustavo ‘Cuchy’ Leguizamon)
- Noticia para viajeros (canção; Julio Cortázar e César Isella)
- La niña (zamba; Eduardo Falu e César Perdiguero)
- Soneto 93 (canção; César Isella e Pablo Neruda)
- Fuego en Anymana (huayño; Tejada Gómez e César Isella)
- Canción con todos (César Isella e Tejada Gómez)
- El Amor te dejo (candombito; Teresa Parodi e César Isella)
- La Volvedora (zamba; Eduardo Falu e Manuel J. Castilla)
- Canción de las simples cosas (Tejada Gómez e César Isella)
- Augusto (cueca; César Isella)
- Padre del Carnaval (zamba; Horacio Guarany e César Isella)
- La arenosa (cueca; Gustavo ‘Cuchy’ Leguizamon e Manuel J. Castilla)
- Tonada del viejo amor (Eduardo Falu e Jaime Davalos)
- Balderrama (zamba; Manuel J. Castilla e Gustavo ‘Cuchy’ Leguizamon)
- Noticia para viajeros (canção; Julio Cortázar e César Isella)
- La niña (zamba; Eduardo Falu e César Perdiguero)
- Soneto 93 (canção; César Isella e Pablo Neruda)
- Fuego en Anymana (huayño; Tejada Gómez e César Isella)
- Canción con todos (César Isella e Tejada Gómez)
A Cinemateca Próximo Futuro começa no dia 24 com a estreia
mundial do filme Cadjigue, de Sana Na N’Hada. No dia 25, será exibida
uma trilogia de ensaios cinematográficos de Filipa César
e o documentário Sem flash: homenagem a Ricardo
Rangel, de Bruno Z’Graggen.
Todos os filmes são exibidos a partir das 22h, no Anfiteatro ao ar livre, com
legendas em português, até 4 de Julho.
>> Ver programa
O teatro regressa este ano com Velório Chileno (na foto), de Cristián Plana, no Teatro do Bairro a 5 e
6 de Julho.
Antes, haverá dança no Teatro
São Luiz com o Tempo e Espaço: Os Solos
da Marrabenta (23 e 24 de Junho) e Orobroy, Stop! e Smile if You Can (29 e 30 de Junho . A 29 de Junho, a peça Outra Hora da Estrela apresenta a visão de Eucanaã Ferraz sobre
Clarice Lispector. A 5 Julho, Uma história à margem
e a 7 de Julho, a estreia de África Fantasma II
encerram a programação.
>> Ver agenda
Dois
concertos completam a programação deste ano.
No dia 28 Junho, às 22h, vão estar no anfiteatro ao ar livre da Fundação
Calouste Gulbenkian os Jagwa Music
– as maiores estrelas do mchiriku,
grande fenómeno musical da Tanzânia nos últimos anos.
No dia 7 Julho, às 19h, os Konkoma juntam
músicos do Gana e do Reino Unido que misturam afro-funk, jazz, soul e ritmos
tradicionais africanos.
>> Ver programação
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