quinta-feira, 6 de junho de 2024

A minha companheira Ísis

Cabias na palma da minha mão,
quando chegaste, naquela manhã
Ver-te, tão pequenina, que emoção:
tu, mínima e peluda castelã
!

Ficaste, logo ali, de mim cativa
e eu, cativo de ti, sem remédio,
ao ver-te tão pequena e já tão viva,
e tão arisca ao mais pequeno assédio!

Mínima promessa de tanta graça,
eras meiguice e eras travessura,
vendedora de doçura e de pirraça,

o negro e branco pelo à mistura!
És hoje um lindo tigre gracioso,
que é, embora mínimo, fogoso!
                        13.07.2020
Eugénio Lisboa,
que dedica este soneto à sua gatinha Ísis, em sinal de gratidão pela boa companhia que ela lhe tem feito, nestes dias sombrios.

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