Intimations of mortality
Tudo vai chegando a um fim que não
entendo. O nada é só o fim de tudo?
Os dias que passam são o que são,
Mas deixarem de ser deixa-me mudo.
Tento aceitar o que cessa de ser,
procuro ver o não ser que não vejo:
viver e morrer é não perceber,
e não sei sentir que nada desejo.
Se eu entendesse o que é tudo acabar,
se fosse o não ser o mesmo que ser,
se deixar de ser fizesse sentido
se fosse não ser um só descansar
(forma feliz de o ser ir não ser),
tudo apenas cansaço interrompido…
Roma, 28/29.03.1996
entendo. O nada é só o fim de tudo?
Os dias que passam são o que são,
Mas deixarem de ser deixa-me mudo.
procuro ver o não ser que não vejo:
viver e morrer é não perceber,
e não sei sentir que nada desejo.
se fosse o não ser o mesmo que ser,
se deixar de ser fizesse sentido
(forma feliz de o ser ir não ser),
tudo apenas cansaço interrompido…
Roma, 28/29.03.1996
Eugénio Lisboa
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