Sombra de um sonho de um
vale já perdido,
sombra de uma sombra
desvanecida,
frágil memória de um mundo
ardido,
voláteis matérias de uma
vida
queimadas por nada, talvez
por tudo.
Nada fica de grandezas
sonhadas,
no vazio de um universo
mudo:
tudo foram só esperanças
logradas.
Pensar foi empresa votada ao
nada.
Fazer foi pior: ou foi, só,
o mesmo?
De tudo fica só a força
alada
(no caso de ficar...)
perdida a esmo,
em outro início talvez
transformada:
tudo recomeçado, tudo o
mesmo.
12.11.2013
Eugénio Lisboa
Sem comentários:
Enviar um comentário