quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Dois séculos a celebrar Charles Dickens

 

Grandes Esperanças
por Charles Dickens
Capítulo Um
"Sendo o apelido do meu pai Pirrip e o meu nome de batismo Philip, na minha fala de menino não conseguia pronunciar nada de mais longo ou mais explícito a partir destes dois nomes que não fosse Pip. Assim, chamava‑me a mim mesmo Pip, e com o tempo começaram também a chamar‑me Pip.
Digo que Pirrip era o apelido do meu pai porque me baseio no que diz a sua lápide, e no que dizia a minha irmã — a Sra. Joe Gargery, que casou com o ferreiro. Como nunca conheci o meu pai ou a minha mãe e nunca vi um retrato tanto de um como do outro (pois a sua época fora muito anterior à das fotografias), as minhas primeiras elucubrações sobre o que seria a sua aparência eram irrazoavelmente derivadas das suas lápides. A forma das letras inscritas na lápide do meu pai dava‑me a bizarra ideia de que deveria tratar‑se de um homem quadrado, entroncado e moreno, com cabelos negros encaracolados. Baseando‑me no tom e no estilo da inscrição “Também Georgiana, Esposa do Supracitado”, retirava a infantil conclusão de que a minha mãe era sardenta e enfermiça. Cinco pequenos losangos de pedra, cada um com cerca de um pé e meio de comprimento, dispostos de forma que perfizessem uma fileira simétrica ao lado dos respetivos túmulos, consagrados à memória de cinco irmãozinhos meus — que haviam desistido de tentar sobreviver excecionalmente cedo nessa luta universal —, convocaram em mim a convicção, que eu entretinha de um modo religioso, de que todos eles haviam nascido de costas e com as mãos enfiadas nos bolsos das calças, e que nunca as tiraram durante este seu modo de existência.
A região onde vivíamos era pantanosa, junto a uma sinuosidade do rio, a vinte milhas do mar. A primeira impressão mais vívida e abrangente que guardo da identidade das coisas parece‑me ter sido vivenciada aquando de um memorável e agreste entardecer. Foi nesse momento que me assegurei de que este lugar árido, repleto de urtigas, correspondia ao cemitério, e que Philip Pirrip, falecido membro da paróquia, e também Georgiana, esposa do supracitado, encontravam‑se aí mortos e enterrados; e que Alexander, Bartholomew, Abraham, Tobias e Roger, os filhos pequenos dos acima mencionados, também se achavam aí mortos e enterrados; e que a bravia paisagem, plana e sombria, que se estendia para lá do cemitério, atravessada por diques, outeiros e vedações, com o gado disperso que nela pastava, dizia respeito aos pauis; e que a linha rasa e plúmbea que se estendia ainda mais além era o rio; e que aquele antro remoto e selvático de onde o vento soprava com força era o mar; e que a diminuta criatura que agora estremecia e começava a ter medo de tudo aquilo e a chorar era Pip.
“Pára com esse barulho”, gritou uma terrível voz, e logo assomou um homem por entre as sepulturas, junto ao pórtico da igreja. “Fica quieto, diabrete, ou corto‑te a garganta!”
Um homem assustador, vestido com umas roupas cinzentas de material grosseiro, com um grande ferro agarrado à perna.
 Um homem desprovido de chapéu, com sapatos rotos e um velho trapo amarrado em torno da cabeça. Um homem que havia ficado encharcado em água, que ficara coberto de lama e se aleijara com as pedras, cortara‑se nos calhaus, picara‑se nas urtigas e ferira‑se nas sarças; que coxeava e estremecia, que lançava olhares furiosos e grunhia; um homem cujos dentes não deixavam de ranger enquanto me pegava pelo colarinho.
 “Oh! Não me corte a garganta, senhor”, roguei‑lhe, aterrorizado. “Peço‑lhe por tudo que não o faça, senhor.”
 “Diz‑me o teu nome!”, gritou o homem. “Rápido!”
“Pip, senhor.”
“Repete”, disse o homem, não desviando os olhos dos meus. “Fala!”
 “Pip, Pip, senhor!”
 “Mostra‑me onde moras”, disse o homem. “Aponta prò lugar!”
Apontei na direção da nossa aldeia, para a planície costeira que se estendia entre os amieiros e as árvores podadas, a uma distância de uma milha ou mais da igreja. Depois de deter por momentos os olhos em mim, o homem pegou‑me e voltou‑me de pernas para o ar, esvaziando os meus bolsos. Nada havia no seu interior salvo um pedaço de pão. Quando a igreja retomou a sua forma original — pois os movimentos deste homem haviam sido tão bruscos e violentos que fizeram com que a mesma me assomasse igualmente de pernas para o ar, tendo eu avistado o campanário aos meus pés — quando a igreja retomou a sua forma original, dizia eu, achei‑me sentado numa lápide elevada, a tremer, ao passo que ele devorava sofregamente o pão.
 “Meu cordeirinho”, disse o homem enquanto lambia os dedos, “que bochechas tão rechonchudas que tu tens…”
Acredito que fossem de facto rechonchudas, ainda que na altura fosse demasiado baixo para a minha idade e não fosse muito robusto.
“Diabos me levem se não era capaz de comê‑las”, disse o homem, meneando a cabeça com trejeitos ameaçadores, “e se não pensei nisso agora mesmo!”
Dei‑lhe a entender da forma mais convicta que pude o meu desejo de que ele não o fizesse, e agarrei‑me ainda com mais força à lápide junto à qual ele me havia largado, em parte para não arredar pé, em parte movido pelo meu esforço de conter as lágrimas.
 “Bem, ouve lá, tu!”, disse o homem. “Onde está a tua mãe?”
 “Ali, senhor!”, respondi‑lhe.
Ele sobressaltou‑se, estugou o passo por momentos, depois deteve a marcha e olhou de soslaio.
 “Ali, senhor!”, procurei timidamente elucidá‑lo. “Também Georgiana. Aquela é a minha mãe.” “Oh!”, disse ele, retrocedendo os passos. “E aquele ali é o teu pai, a fazer companhia à tua mãe?”
 “Sim, senhor”, respondi‑lhe. “Também ele; antigo membro desta paróquia.”
 “Ah!”, murmurou o homem, meditabundo. “E com quem é que vives — isto supondo que te possa ser concedida a vida, algo que ainda não decidi fazer?”
 “Com a minha irmã, senhor — a Sra. Joe Gargery — esposa de Joe Gargery, o ferreiro, senhor.” “Ferreiro, hein?”, disse ele. E baixou os olhos para a perna. Depois de alternar o olhar sombrio entre a perna e a minha pessoa, aproximou‑se da lápide, pegou em mim com os dois braços e inclinou‑me para trás tanto quanto lhe era possível segurar‑me assim, de forma que os seus olhos pudessem afundar‑se de modo mais penetrante nos meus, o que fez com que os meus se erguessem com a mais desamparada das expressões na direção dos seus.
“Ora vamos cá a ver”, disse o homem. “A questão é saber se te deixo ou não viver. Tu sabes o que é uma lima.”
 “Sim, senhor.”
 “E sabes o que são mantimentos.”
 “Sim, senhor.”
 Após cada uma destas perguntas, o homem inclinou‑me um pouco mais, fazendo‑me experienciar uma sensação de desamparo e de perigo.
“Vais‑me arranjar uma lima.” Voltou a inclinar‑me. “E vais‑me arranjar mantimentos.” Inclinou‑me novamente. “Trazes‑me as duas coisas.” Inclinou‑me outra vez. “Caso contrário, arranco‑te o coração e o fígado pela boca.” Voltou a inclinar‑me.
Fiquei completamente apavorado, e senti‑me de tal modo entontecido que me agarrei a ele com as duas mãos e disse: “Tenha a bondade de me deixar ficar de pé, meu senhor, assim talvez não fique maldisposto e possa servi‑lo melhor.”
Ele pegou em mim de pernas para o ar e fez‑me girar com tamanha violência que a igreja deu um salto e assomou com o catavento no sítio onde o chão devia estar. Depois, agarrou‑me pelos braços, forçando‑me a adotar uma postura rígida sobre a pedra tumular, e prosseguiu nestes termos ameaçadores:
“Amanhã de manhã, vais‑me trazer a tal lima e os mantimentos. Trazes ‑me isso tudo até ali àquela velha Bateria que fica acolá. Vais fazer isso, e não te atrevas a dizer uma só palavra ou a dar o mínimo sinal que dê a entender que encontraste uma pessoa como eu, ou seja quem for, só assim te deixarei viver. Caso contrário, ou se te desviares o mínimo que seja do que te mando fazer, por mais insignificante que seja o desvio, esse teu coração e esse teu fígado serão arrancados pela boca, assados e comidos. Agora, é importante que saibas que não estou sozinho, como deves pensar que estou. Comigo anda também escondido um jovem, e olha que em comparação com ele não passo de um anjo. Esse jovem está a ouvir estas minhas palavras. Esse jovem tem uma forma secreta, que só ele conhece, de deitar as mãos a um rapazinho e arrancar‑lhe coração e fígado. Não serve de nada o menino em causa tentar esconder‑se desse jovem. O menino pode trancar a porta, pode enfiar‑se na sua cama quente, aconchegar‑se e esconder a cabeça debaixo dos lençóis, achar‑se confortável e em lugar seguro, mas a verdade é que o tal jovem acabará por palpar caminho na escuridão, devagar e em bicos de pés, até chegar ao menino, e acabará por esventrá‑lo de alto a baixo. Neste momento, sou eu o responsável pelo facto de esse jovem não te fazer mal algum, ainda que isso me seja difícil. Olha que é difícil manter esse rapaz afastado das tuas entranhas. O que me dizes, afinal?”
Disse‑lhe que lhe arranjaria uma lima, e que lhe arranjaria também todos os restos de comida que conseguisse encontrar, e que iria ao seu encontro, bem cedo na manhã seguinte, no local da Bateria.
“Diz, diabos me levem se não o fizer”, ordenou o homem.
 Repeti o que ele me mandou dizer, e logo me pôs no chão.
“Ora bem”, prosseguiu, “agora é bom que te lembres daquilo que prometeste, e espero que te lembres também do jovem e que vás imediatamente para casa!”
 “Bo… boa noite, senhor”, balbuciei.
 “Deve ser, deve!”, disse o homem, olhando em volta para a planície fria e alagada. “Quem me dera ser uma rã! Ou uma enguia!” Ao mesmo tempo, cingiu com os braços o próprio tronco, que estremecia — não deixando de se amarrar a ele, como se procurasse manter‑se firme — e começou a coxear na direção do muro desnivelado da igreja. Ao observar a figura que agora se afastava, procurando abrir caminho por entre as urtigas e as silvas que delimitavam os verdes outeiros, olhou na direção dos meus olhos inexperientes como se procurasse eludir a presença dos mortos e das respetivas mãos, como se estas assomassem dos seus túmulos para lhe torcer os tornozelos e capturá‑lo para se lhes juntar.
 Quando o homem alcançou o muro desnivelado da igreja, galgou por cima dele, como um indivíduo cujas pernas estivessem dormentes e empedernidas, e depois voltou‑se, procurando com os olhos algum sinal da minha presença. Quando vi que ele se voltava, encaminhei‑me de imediato para casa, correndo o mais depressa que as pernas me permitiam. Porém, passado um bocado, olhei por cima do ombro e vi‑o a caminhar novamente na direção do rio, ainda com os braços a cingirem‑lhe o tronco, escolhendo os passos, com cuidado para não ferir os pés doridos, por entre os pedregulhos dispersos um pouco por todo o lado ao longo dos pauis, enquanto procurava terra firme para quando caíssem grandes chuvadas ou a maré enchesse. Quando detive a marcha para tentar localizá‑lo, os pauis assomaram aos meus olhos como uma só linha horizontal, prolongada e escura; do mesmo modo, o rio estendia‑se como uma outra linha horizontal, ainda que menos larga ou obscurecida; o céu assomava como uma fileira de extensos riscos de um vermelho muito carregado, entrecortados por outros mais densos e negros. Na margem do rio, foi‑me dado a ver, ainda que de forma indistinta, dois vultos negros, os únicos em todo o panorama que pareciam estar em posição vertical; um dos vultos era o do farol, que servia de orientação aos marinheiros — assemelhava‑se a um barril sem os respetivos aros, montado no alto de um poste — coisa hedionda quando dela nos aproximamos. O outro vulto era o de um cadafalso, do qual pendiam ainda as correntes que haviam servido para prender um pirata. O homem coxeava agora na direção deste último, como se se tratasse do pirata que, regressado à vida terrena, descera do cadafalso e procurava agora acorrentar‑se novamente. Fui acometido por um tremendo susto quando pensei nisto; e quando dei conta do gado que agora o seguia com os respetivos olhares, ponderei para comigo se também os animais haviam pensado o mesmo. Escrutinei a paisagem em busca do jovem terrível de que o homem me falara, mas nenhum sinal pude descortinar que indiciasse a sua presença. Entretanto, fui novamente acometido pelo pavor, e assim desatei a correr para casa sem parar mais nenhuma vez."
Charles Dickens, in  Grandes Esperanças, Relógio D’Água Editores, pp. 11-15
 

SOBRE O AUTOR:
«Todo o artista é um criador de homens, mesmo que apenas de si mesmo. A alguns deles foi, no entanto, concedida a faculdade de criar mundos. […] Dickens é um dos mais ilustres criadores de mundos. E o dele é um dos mais singulares. Dele conhecemos todos os campos, todas as ruas, todos os rostos. No entanto, devemos dizer a nós mesmos que nunca encontraremos algo assim: talvez só os vejamos novamente se formos bons e entrarmos no paraíso. O reino de Dickens é o realismo mágico. Reino de atração infinita, reino muito difícil de governar. Kafka tinha um assim; mas a risada de Dickens torna o seu mundo mais belo.» [Giuseppe Tomasi di Lampedusa]
 
Dados biográficos
"Charles John Huffam Dickens, conhecido como Charles Dickens, nasceu em Landport, no sul da Inglaterra, no dia 7 de fevereiro de 1812. Era filho de Elizabeth Barrow e de John Dickens.
O pai era escriturário da Tesouraria da Marinha na cidade de Portsmouth, mas vivia de empréstimos sem conseguir pagá-los. Em 1822 resolveu fugir para Londres, levando consigo a família. Aí, ficaram a morar num sótão de uma rua pobre. Em 1824, John foi preso por dívidas. Com 12 anos, Charles Dickens passou a trabalhar numa fábrica de graxa, onde permaneceu por vários meses.
Quando a avó morreu e o pai recebeu uma herança, com a qual pagou as dívidas e reconquistou a liberdade, a servidão de Charles terminou.
Charles Dickens voltou a estudar e entrou na Wellington House Academy, mas logo teve que deixar a escola e arrumar novo emprego.
Em 1827 empregou-se como aprendiz na casa de um procurador judicial. Aos 20 anos, estenógrafo diplomado, colocou-se no jornal True Sun para relatar reuniões parlamentares e campanhas eleitorais.
Em 1831 trabalhou como repórter parlamentar. Viajando pelas províncias inglesa. Divertia-se anotando episódios pitorescos.
Primeiras Crónicas
Em 1833, Charles Dickens enviou para o "Monthly Magazine" uma pequena crónica, sem assinatura. Um mês mais tarde, verificou que seu texto havia sido publicado e era lido por muita gente.
O sucesso levou-o  a redigir uma série de crónicas em linguagem leve e fácil, narrando factos reais e fictícios da classe média londrina.
Assinava-as com o pseudónimo de "Boz", no Morning Chronicle, que era o jornal londrino de maior circulação. Em 1835 publicou “Esboço de Boz”, em dois volumes.
Em 1837, “Boz” foi convidado para acrescentar textos aos desenhos do artista Seymour, para publicá-los em capítulos mensais. Dickens aceitou, mas impôs que, ao invés de redigir de acordo com os desenhos, estes ilustrassem os seus textos. Nasceu assim “As Aventuras do Sr. Pickwick” (1837), obra publicada em fascículos.
Dickens conseguiu elaborar uma obra de valor, que, de acordo com a mentalidade vitoriana (da época da Rainha Vitória), descrevia com saudosismo uma Inglaterra romântica e irreal.
Criou dois personagens, “Pickwick” e “Sam Weller”, que recordam Dom Quixote e Sancho Pança, do espanhol Miguel de Cervantes.
O Sucesso de Dickens
O rápido êxito fazia Dickens concluir um livro e iniciar outro, sem interrupção. A vaidade e a ânsia de reconhecimento público não lhe permitiam descansar.
Em 1838, publicou “Oliver Twist”, em que  relata os infortúnios de um menino órfão que mora num albergue e  trabalha numa fábrica e de onde foge para conviver com marginais, mas não se corrompe.
A obra é um sombrio melodrama, o mais sinistro de seus romances, considerado um ensaio social, quando descreve os horrores do trabalho nas fábricas.
No romance seguinte, “Nicolas Nickleby” (1839), Dickens associou o cómico ao trágico. A obra é uma condenação dos internatos, dirigidos por professores perversos e ignorantes.
Em 1842 foi aos Estados Unidos. A princípio recebido como ídolo, provocou a antipatia da imprensa local, ao declarar, num banquete em sua homenagem, que os editores americanos não pagavam os direitos de autor  aos romancistas ingleses.
Em 1843, publicou “Contos de Natal”, que é quase um conto de fadas e tornou-se parte integrante da mitologia natalícia anglo-saxónica. Outros livros com o mesmo tema são: “O Carrilhão” e “O Grilo na Lareira”, ambos de 1845.
Em 1844, viajou para Itália, estabelecendo-se em Génova, e só retornou um ano depois.
Em 1845, Dickens viajou para Paris, onde conheceu os maiores escritores franceses da época: Vitor Hugo, George Sand, Théophile Gautier e Alphonse de Lamartine.
Novamente em Londres, Charles Dickens publicou a sua obra-prima “David Copperfield” (1850), quase uma autobiografia.
Apesar dos exageros típicos da Era Vitoriana, o livro transmite uma poderosa experiência humana, e mais uma vez combate as instituições inglesas: o mau tratamento dispensado às crianças nas escolas, as condições dos operários e a humilhação do encarceramento por dívidas. Muitas das criaturas que marcaram a vida do autor estão presentes no romance.
Em 1836, Charles Dickens casou-se com Catherine Hogarth, filha do redator chefe do Morning Chronicle, com quem teve dez filhos. Depois de vinte anos de casado,  apaixonou-se pela actriz Ellen Ternan.
Com medo de perder a estima dos leitores, publicou nos jornais uma longa declaração explicando que estava a  separar-se  da mulher  pela incompatibilidade de génios. Embora amasse Ellen até o fim da vida, não foi feliz.
Charles Dickens faleceu, em Higham, Inglaterra,  no dia 09 de Junho de 1870, em consequência de um acidente vascular cerebral. Foi sepultado na Abadia de Westminster.
Encontra-se escrito  na  sua lápide: “Apoiante dos pobres, dos que sofrem e dos oprimidos, com sua morte, um dos maiores escritores da Inglaterra desapareceria para o mundo". 
A casa em que morou foi transformada em museu.”  e-biografias (adaptado).
Grandes Esperanças
Grandes Esperanças, (1860) foi considerada mais uma das obras-primas de Charles Dickens. O livro conta a história de desilusão e redenção pessoal de Philip Pirrip ou só “Pip”.
Originalmente escrita em folhetim, foi posteriormente publicada em três volumes. A obra foi adaptada para a TV e para o cinema.

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