J.M.W. Turner, 1810. |
tanta coisa bela que se vai criar,
é dizer adeus ao que vai haver,
é ir estar ausente do abrasar.
Estar morto é não ter acontecido,
é o estado de antes de nascer,
é o retorno ao ainda não ter sido,
é o que quer que seja o não ser.
Para o morto, não há qualquer recurso,
não existem, na morte, tribunais.
Está fechado qualquer percurso,
naqueles territórios radicais!
O morto é muito mais que esquecido,
tornou-se um fantasma descabido.
04.11.2022
Eugénio Lisboa
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