Lê- se a vida inteira para saber que livros reler na velhice, afirmou Autran Dourado. Não há verdade maior. Há muito que releio livros que me tocaram ou leio novos livros de autores que sempre me seduziram. Tive uma vida inteira para praticar o mais aliciante ofício: leitora. Faço-o desde que descobri as letras. Os sons e a música, que delas vinham, capturaram-me para sempre. Nem sei quantos livros li. Creio que qualquer leitor, que se preze e se orgulhe do seu estatuto, não o sabe. E nunca o saberá. A leitura não se contabiliza. Interioriza-se.
Vivo rodeada de livros e continuo a comprar livros. Creio que fui abençoada, à nascença, por uma Fada Madrinha que me concedeu o dom do prazer da leitura. E ao erguer a varinha mágica impôs que viesse embebido num espírito de curiosidade sem fim. E tem sido. A curiosidade alimenta a procura de livros. Sou uma eterna curiosa que se compraz na magnificência de uma obra prima, na riqueza de um estruturado romance, na clareza de um arguto ensaio, no belo esplendor de um conto, num inconfundível e precioso opus memorialístico e no mais maravilhoso e transcendente canto que enche a poesia.
Partindo deste princípio , elaborei uma lista aleatória de alguns dos livros que li, com sedução redobrada, em 2017.
Começarei por Eugénio Lisboa, um dos expoentes máximos da Literatura Portuguesa da actualidade. Foi homenageado, em Fevereiro, nas Correntes d'Escritas e viu anunciado, pela primeira vez ,um galardoado com um prémio Literário com o seu nome: O Prémio Literário Eugénio Lisboa, instituído pela INCM para obras assinadas por escritores moçambicanos. Neste ano, esteve intensamente produtivo. Publicou dois livros. O primeiro em Fevereiro, um Diário de Viagens que complementa o V volume da sua obra memorialística, Acta est Fabula. O segundo , que dá um fim inesperado a essa preciosa e monumental "Acta est Fabula", funcionando como um Epílogo . Trata-se de uma sentida homenagem à sua mulher , falecida em 2016, um profundo hino de amor e um pungente Diário de Luto.
Eis, pois, algumas das minhas leituras em 2017:
De Eugénio Lisboa:
De Jorge Luis Borges:
- Este Ofício de Poeta, Relógio D'Água Editores, Setembro de 2017
- Nova Antologia Pessoal, Quetzal Editores, Outubro de 2017
De Hannah Arendt:
- Desobediência Civil, Relógio D'Água Editores, Janeiro de 2017
De Arendt e Heidegger:
- Cartas , 1925-1975, Guerra&Paz Editores, Novembro de 2017
De Ludwig Wittgenstein:
- O Livro Azul, Edições 70
De Saul Bellow:
- Agarra O Dia, Fragmentos
De Virginia Woolf:
- Momentos de Vida, Ponto de Fuga, Açores, Abril de 2017
De Kent Haruf:
- As nossas almas na noite, Penguin Random House, Setembro de 2017
De Luís Amorim de Sousa:
- Apesar de Tudo, Em memória de Alberto de Lacerda, Labirinto de Letras Editores, Março de 2017
De Oscar Wilde:
- O Livro das Tentações, Coisas de Ler Editores, Janeiro de 2008
De Leonardo Da Vinci:
- Fábulas, Editora Prefácio, 2006
De George Orwell:
Partindo deste princípio , elaborei uma lista aleatória de alguns dos livros que li, com sedução redobrada, em 2017.
Começarei por Eugénio Lisboa, um dos expoentes máximos da Literatura Portuguesa da actualidade. Foi homenageado, em Fevereiro, nas Correntes d'Escritas e viu anunciado, pela primeira vez ,um galardoado com um prémio Literário com o seu nome: O Prémio Literário Eugénio Lisboa, instituído pela INCM para obras assinadas por escritores moçambicanos. Neste ano, esteve intensamente produtivo. Publicou dois livros. O primeiro em Fevereiro, um Diário de Viagens que complementa o V volume da sua obra memorialística, Acta est Fabula. O segundo , que dá um fim inesperado a essa preciosa e monumental "Acta est Fabula", funcionando como um Epílogo . Trata-se de uma sentida homenagem à sua mulher , falecida em 2016, um profundo hino de amor e um pungente Diário de Luto.
Eis, pois, algumas das minhas leituras em 2017:
De Eugénio Lisboa:
- Diário de Viagens Fora da Minha Terra - 1996-2013, Opera Omnia Editora, Fevereiro de 2017
- Acta Est Fabula, Memórias, Epílogo, Opera Omnia Editora, Novembro de 2017
De Jorge Luis Borges:
- Este Ofício de Poeta, Relógio D'Água Editores, Setembro de 2017
- Nova Antologia Pessoal, Quetzal Editores, Outubro de 2017
De Hannah Arendt:
- Desobediência Civil, Relógio D'Água Editores, Janeiro de 2017
De Arendt e Heidegger:
- Cartas , 1925-1975, Guerra&Paz Editores, Novembro de 2017
De Ludwig Wittgenstein:
- O Livro Azul, Edições 70
De Saul Bellow:
- Agarra O Dia, Fragmentos
De Virginia Woolf:
- Momentos de Vida, Ponto de Fuga, Açores, Abril de 2017
De Kent Haruf:
- As nossas almas na noite, Penguin Random House, Setembro de 2017
De Luís Amorim de Sousa:
- Apesar de Tudo, Em memória de Alberto de Lacerda, Labirinto de Letras Editores, Março de 2017
De Oscar Wilde:
- O Livro das Tentações, Coisas de Ler Editores, Janeiro de 2008
De Leonardo Da Vinci:
- Fábulas, Editora Prefácio, 2006
De George Orwell:
- Na Penúria Em Paris e Em Londres, Relógio D' Água Editores, Fevereiro de 2017
De Octavio Paz:
- Vislumbres de la India, Editorial Seix Barral, Marzo 2014
De George Steiner:
- Paixão Intacta, Relógio D' Água Editores, Julho de 2003
- As Artes do Sentido, Relógio D' Água Editores, Fevereiro de 2017
De Aldous Huxley:
- Sobre a Democracia e Outros Estudos, Círculo de Leitores
De Rui Knopfli:
- nada tem já encanto, Tinta-da-China, Outubro de 2017
De Maria Teresa Horta:
- Poesis, Publicações Dom Quixote, Junho de 2017
De Nuno Júdice:
- O Mito da Europa, Publicações Dom Quixote, Abril de 2017
De António Osório:
- a ignorância da morte, Editorial Presença, 1982
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