quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

A escrita e a vida

Realiza-se, de 22 a 25 deste mês, a 18ª edição do  Festival Literário Correntes d'Escritas, na Póvoa do Varzim. Estarão presentes algumas dezenas de escritores, entre os quais o escritor brasileiro Ignácio Loyola Brandão. O escritor homenageado deste ano é Eugénio Lisboa.
Ignácio Loyola Brandão deu uma entrevista ao Jornal Literário Rascunho, em 2016. Reproduzimos um excerto dessa  entrevista que poderá ser lida integralmente através do link apontado. 
A escrita e a vida
Aos 80 anos e prestes a lançar novo livro, Ignácio de Loyola Brandão celebra a vida e recorda momentos marcantes de sua longa e exitosa carreira literária
Ignácio de Loyola Brandão é um grande trabalhador da literatura brasileira. Sua bibliografia é extensa e passa por praticamente todos os géneros literários (e até não literários, como no caso das biografias que escreveu sobre personagens da História recente do país). O escritor diz que a intensa produção já foi motivo de críticas. O que nunca mudou seu ritmo de publicação.
Conhecido pelas cadernetas em que anota ideias e pensamentos para possíveis livros, o escritor nascido em Araraquara em 31 de Julho de 1936 é uma espécie de workaholic literário. Em 50 anos de actividade, desde que estreou com a colectânea de contos Depois do sol, produziu muito — segundo uma lista que o próprio autor enviou, são mais de 80 livros. Também viajou muito. Conheceu muita gente. Tem muita coisa na cabeça. E é a partir dessa vasta experiência que ele conduz esta entrevista, publicada no mês em que comemora 80 anos.
Sim, Ignácio conduz o papo, porque até perguntas a si mesmo ele propôs. Recorda passagens da juventude, volta à infância, cita viagens e lugares, foge do assunto para retomá-lo após uma ou outra elucubração. Respostas condizentes com o melhor de sua literatura, de livros anárquicos na forma e cheios de referências no conteúdo, tal como Zero e Não verás país nenhum. Duas grandes obras da literatura brasileira.
Viajante contumaz, cinéfilo incorrigível, apreciador da beleza feminina, felliniano de carteirinha, entusiasta dos contrastes das metrópoles (em especial de São Paulo, claro) e homem eternamente marcado pelas suas raízes, Ignácio é uma força da natureza. Homem de várias facetas. Aos leitores do Rascunho, ele mesmo conta como percorreu (e percorre) a tortuosa — mas ainda assim doce — estrada da vida.
• O senhor fará 80 anos no final de Julho (dia 31). Ao longo de sua trajectória, escreveu livros instigantes, que tiveram milhares de leitores, ganhou prémios importantes, viajou pelo Brasil e pelo mundo para falar de seu trabalho e, ainda em vida, entrou para o cânone da literatura brasileira. Os escritores, em geral, sempre acham que não foram devidamente reconhecidos. O senhor se sente plenamente realizado?
Se os critérios são ter construído (ou estar ainda construindo) uma carreira. Ter elogios e ataques da crítica (não tivesse seria estranho; se a Flora Sussekind me elogiasse, eu odiaria). Ter livros traduzidos e ter a obra adoptada em escolas. Viajar (e viajo) pelo Brasil inteiro — quase não há um cantinho que não tenha conhecido. Ter algumas teses académicas sobre minha literatura. Saber que alguns livros saíram como eu queria, outros não (não pergunte quais, mas eu sei). Saber que tenho amigos no mundo dos escritores. Saber que tenho inimigos entre os escritores (chatice não ter). Então sou reconhecido. Só que sei, o reconhecimento hoje pode ser o esquecimento amanhã. Onde estão Osman Lins, Autran Dourado, Antonio Callado, Cornélio Pena, Samuel Rawet, Rosário Fusco, Campos de Carvalho, José Agrippino de Paula, Ricardo Ramos? Quantos anos se passaram até que Maura Lopes Cançado tivesse uma reedição? Sei também que certas situações confortáveis são desconfortáveis, e sendo o mundo literário de momentos de inclusão e exclusão, o jeito é ficar alerta. E isso significa o quê? Trabalhar. Desse ponto de vista sou realizado. Claro que não vou parar, não morri. Vinte anos atrás, quase fui (leiam Veia bailarina), mas fiquei, não sei se para o bem ou para o mal. Se olho para O menino que vendia palavras e Os olhos cegos dos cavalos loucos, acho que fiquei para o bem. A idade traz uma certeza: nosso tempo vai diminuindo. Então, temos de correr? Eu, ao contrário, hoje não corro mais, descobri a calma. Sei que não tenho muito tempo pela frente (sou realista), mas ainda tenho projectos, sonhos, ideias, planos. Não tenho mais tempo de fazer tudo. Mas gostaria de ser como aquela atleta olímpica [Gabrielle Andersen] que, muitos anos atrás, virou heroína ao chegar ao final de uma maratona se arrastando, quase caindo, desmaiando, mas evitando que alguém a ajudasse. E chegou ao final. Quanto à literatura, peço aos amigos que um dia me alertem: você está batendo pino, melhor parar. De repente, depois desta entrevista vem um monte de gente avisando que chegou a hora.
Sei também que certas situações confortáveis são desconfortáveis, e sendo o mundo literário de momentos de inclusão e exclusão, o jeito é ficar alerta. E isso significa o quê? Trabalhar.


• Seu primeiro romance, Bebel que a cidade comeu, já apresenta certa polifonia narrativa, característica que estaria presente em trabalhos futuros. A utilização daqueles recursos — recortes de jornal, quadrinhos, propaganda, etc. — era parte de seu projecto literário na época? Ou seja, uma tentativa de achar um “estilo” de narrativa?
Quando escrevi Bebel, meu primeiro romance, já tinha publicado Depois do sol, em 1965, minha estreia. Antes, tinha escrito quatro romances tenebrosos, que enterrei no quintal da minha casa em Araraquara, para que ninguém encontrasse. Um deles, Cravo sobre gim seco, o Antonio Cândido leu e me aconselhou a esquecer. Havia onze personagens e todos falavam igual. “Por que não faz um monólogo?”, disse o grande e generoso professor. Um dia, reli Manhattan transfer, de John Dos Passos, publicado em 1925, quando o autor estava com apenas 29 anos. Já tinha lido em Araraquara, na altura dos 16 anos. Encontrei na biblioteca municipal um exemplar editado em Curitiba, não me lembro a editora. Uma edição muito simples, quase caseira. Papel de jornal. Mas me encantei pelo livro. Com sua forma moderna, sua visão de Nova York. Trouxe o livro para São Paulo, porque São Paulo era uma Nova York para mim. Reli e cada vez mais achava as duas cidades idênticas. Nunca tinha feito uma grande viagem, mas a Nova York do cinema americano me deslumbrava. Comecei a escrever Bebel a partir de uma reportagem que fiz sobre o suicídio de uma promissora bailarina clássica, que se atirou de uma janela, depois de descobrir que tinha câncer  numa das pernas e teria de amputá-la. Publiquei a matéria, mas o assunto ficou na cabeça. Nessa época eu fazia muitas reportagens com jovens candidatas à garota propaganda, para a Última Hora (havia quem dissesse o Última Hora, ou seja, o jornal Última Hora. Mas, para nós que trabalhamos lá, era feminino, carinhoso). A partir daquele suicídio, decidi contar a história de uma carreira que não dá certo, porque eu conhecia dezenas de jovens que tentavam e nunca conseguiam nada. Conhecia todo backstage de teatro, cinema e TV. Quando comecei, percebi que podia ser mais, ser uma história que se passava em São Paulo e deveria ter a cara da cidade e da sua gente. Uma noite, ao fazer a mudança de uma pensão para meu primeiro apartamento, na praça Roosevelt, lendário lugar de São Paulo, redescobri Dos Passos. E pensei: esta é a estrutura, o jeito de ser da cidade, de como vivíamos, daquilo que líamos, assistíamos, comíamos. Vieram então as notícias, os classificados, as cartas dos fãs de Bebel, as manchetes de jornal, o barulho das ruas. Lendo Bebel,  encontra a São Paulo dos anos 1960 sendo modificada. A rua da Consolação inteira alargada, os bondes e trilhos sendo retirados, as putas nas ruas, os primeiros travestis, os inferninhos, os cinemas. Escrito após o golpe militar, ali está todo o ambiente, as informações em forma de notícia sobre o movimento subversivo, os atentados, as mortes. Foi uma decisão para aquele romance. Eu não sabia escrever romances, mas escrevia, saía do jornal, corria para casa e escrevia, escrevia a noite inteira, e Bebel acontecia, aquilo jorrava, eu vivia e transformava o que vivia em literatura, juntava material lido e vivido por outros, imaginava, havia muito de mim, mas disfarçava, era e não era minha vida, era a vida que eu gostaria de viver. Não, não, Bebel não foi parte de um projecto literário. Eu nem me considerava escritor, só queria sê-lo. Imagine, nem sabia o que era projecto literário. O que eu tinha era um projecto para aquele livro. Mas a estrutura dele foi ampliada, desenvolvida à exaustão e usada em Zero. Aí sim havia um projecto.
• Num papo que tivemos há alguns anos, quando o senhor lançava um livro com suas memórias sobre os Estados Unidos (Acordei em Woodstock), disse-me que Zero e Não verás país nenhum eram seus dois “marcos”, ou longest drive, expressão que usou para explicar os êxitos dos romances. Depois desses livros, vieram vários outros. Mas por que eles foram tão especiais? O que explica, do ponto de vista da criação, essas obras terem saído como saíram?
A não ser os grandes editores americanos — e alguns editores brasileiros que abrem nichos especiais —, poucos sabem por que um livro funciona e estoura. A maioria acontece num repente, até assusta. Zero foi produto de nove anos de trabalho. Iniciado em 1964, logo depois do golpe, ele se estendeu até 1973, quando terminei a primeira versão. Um livro violento, de raiva. Eu estava indignado, puto com os militares, odiava a censura aos livros e à imprensa, que eu sofria directamente. Como lutar? Ir jogar bombas? Pegar em armas? Não sou disso. Então criei minha “bomba”. Aquele livro foi minha bomba. Que estourou! Zero foi emblemático por ter sido o primeiro livro que contou como eram os bastidores do Brasil durante a ditadura. A dificuldade de viver, a ameaça constante da morte, os assaltos, as explosões, o caos, as torturas, o medo permanente. Fiz tudo para escrever um livro não panfletário. Queria um livro que chocasse e arrebentasse, não um manual para guerrilhas, para montar bomba, colocar armas na mão das pessoas. Quando os leitores tiveram Zero na mão, se assustaram e se deslumbraram com a forma solta, livre, despedaçada, porque era isso que se queria fazer, algo solto, que provocasse e revelasse. Nunca mais escrevi um livro com tanta liberdade, esquecendo normas, regras, narrativa com começo, meio e fim, explicações, descrições físicas e psicológicas dos personagens. Não havia tempo para isso. As coisas aconteciam, porque aconteciam assim na vida real e os leitores receberam esse impacto. Então veio a proibição, passei três anos com meu livro enjaulado, os estudantes faziam cópias, os que tinham o livro liam e passavam para a frente, e assim formou-se um mito à minha revelia. Ajudou muito o facto de ele ter sido lançado primeiro na Itália, pela Feltrinelli, a mesma editora que revelou Pasternak e o Dr. Jivago para o mundo. Quando veio a liberação, Zero foi para a Codecri, editora do Pasquim. O jornal ajudou muito na explosão de vendas. Estava sempre na lista dos mais vendidos e era um livro difícil de ler e seguir. Nunca me esqueço do relançamento de Zero, após a liberação, em 1979, na Livraria Capitu, em São Paulo, um livraria pequena, dirigida por Ana Elena, Cristina e Patricia, três superjovens idealistas. Formou-se uma fila de três quadras, que ia se renovando, porque o espaço era mínimo dentro da livraria. Começou a chover e ninguém arredou pé, as pessoas chegavam molhadas, me abraçavam, todos estávamos molhados, ninguém se importando, foi chamada de “a noite da liberdade”. Zero foi o primeiro livro liberado entre os 500 ou mais títulos proibidos pela censura.


• E sob o ponto de vista da criação, por que os livros “aconteceram”?
Certa vez, perguntaram a [Luigi] Pirandello, dramaturgo italiano, prémio Nobel, como ele explicava a peça Seis personagens em busca de um autor. Sua resposta me marcou. Ele disse: “Não sei, sou apenas o autor”. Confesso que também não sei explicar por que Zero e Não verás país nenhum se transformaram em longest drives. Muita gente dizia: Zero vende porque foi proibido. Porém, continua vendendo até hoje, já chegou a quase 1 milhão de exemplares vendidos ao longo desses anos. Foi liberado em 1979. Portanto está nas livrarias há 37 anos e hoje não tem mais censura, e esperamos que não tenha. Com Não verás, deu-se um facto espantoso, sem explicação. Quando a Codecri o lançou, em Novembro de 1981, a primeira edição, de cinco mil exemplares, esgotou numa semana. Era preciso rodar outra, imediatamente. Mas era véspera de Natal, tempo de cartões e boas festas. A editora encontrou as gráficas sem espaço na programação e sem papel. Foi feito um tour de force e saíram mais 10 mil exemplares. Esgotados. Então, rodou, rodou, rodou. Continua até hoje, está sempre na lista de adopção de colégios e universidades. Muita gente comparou a Admirável mundo novo [clássico de Aldous Huxley]. Li, mas é diferente. Falaram de 1984. É diferente. Este país sem árvores, sem água, o Amazonas como deserto, as cidades sob violência, as grades fechando edifícios e casas, câmaras de segurança, o sol e o calor matando as pessoas, foram invenções minhas a partir do exagero dos noticiários sobre o meio ambiente. O meu país absurdo se transformou em realidade. A vida copiou a ficção. Sempre achei que Zero e Não Verás seriam tremendos fracassos. Tive enorme ansiedade antes do lançamento dos dois livros, pois são pesados — ainda que contenham profunda ironia, sarcasmo, humor negro —, mas, mesmo assim, são lidos. A violência da realidade superou tudo. Não Verás hoje é róseo, ainda que cínico. Quando o livro está impresso, desliga-se de nós, vive vida própria, liberta-se. Durante anos, tive um problema. Falavam de Loyola, falavam de Zero. Loyola-Zero. Estava amarrado a esse livro. Um estigma, uma marca. Será que serei autor de um livro só? Somente o impacto de Não Verás me libertou, me deu sobrevida. E se analisar, as estruturas de ambos são antagónicas. Um é fragmentado, estilhaçado. O outro, convencional, tradicional, com começo, meio e fim, tudo no lugar. Mas cutuca o tempo inteiro, incomoda. Na minha cabeça, o regime político que comanda o país em Não Verás veio da ditadura de Zero. Essa ditadura cujos efeitos recebemos até hoje..
• Muitos de seus livros têm em comum uma visão surreal da vida, sempre sugerindo outras possibilidades para o quotidiano e os factos. Não verás país nenhum é uma distopia. Já Dentes ao sol, uma narrativa tão anárquica que desafia a elaboração de uma sinopse que dê, minimamente, conta de tudo que acontece no romance. Isso para citar apenas dois exemplos. De onde vem essa predilecção por narrativas desestabilizantes? É uma coisa genuína do escritor Loyola Brandão, ou esse “estilo” foi moldado a partir de seu repertório cultural?
Vai lá saber! Os teóricos que expliquem quando minha obra se completar. Se é que ela tem seu valor. Escrevo. Não posso esquecer que sofri por anos e anos a castração da censura, a necessidade muitas vezes de usar a metáfora, a fábula, o surreal para disfarçar o que queria dizer. Mesmo em Dentes ao sol, que considero um romance realista, esse fantástico aparece. E fico espantado quando me diz que ele é anárquico. Ali é minha cidade — e este é um de meus livros predilectos. É o interior fechado, a vigilância de uns sobre os outros, as mentiras que corriam, as fantasias sobre determinadas pessoas, o mundo doentio de uma sociedade cheia de preconceitos, conservadorismo, fofoqueira, moralista, cada um fechado em si, desconfiado do outro. Será que a Araraquara do romance não é o mundo de hoje? A minha aldeia tornou-se universal? Daí as histórias dentro da narrativa, denominadas OS FACTOS ATRÁS DOS MUROS. Talvez as pessoas e a crítica não tenham entendido o livro, daí o mutismo sobre ele. Passou ignorado, o que sempre me doeu. Minhas narrativas são desestabilizantes? Ora, a vida é desestabilizante, não vê e não reflecte quem não quer. Os momentos históricos brasileiros têm sido continuamente desestabilizantes. O que é o período em que estamos vivendo agora? Eu apenas copio e transfiguro a vida real. Nada mais. É tão simples. Diga, é estável um país que tem um ministério com oito titulares envolvidos em processos de roubo, suborno e propina?
(...)• Toda entrevista que pretenda repassar fatos de sua carreira, não tem jeito, precisa mencionar livros como Zero e Não verás país nenhum, como acabei de fazer. Mas, em sua opinião, que trabalho de sua bibliografia mereceria mais atenção da crítica?
Já disse antes e repito: nunca leram direito o Dentes ao sol. Aliás, o único capista que o entendeu foi o desenhista da edição americana, lançado pela editora Dalkey, de Illinois. Ele mostra a fechadura de uma porta. Era isso. Como você observou, esse romance tem tanta coisa por trás que deve ter passado despercebido. A tradução do título também é muito boa: Teeth under the sun. Ou seja, Dentes sob o sol. Jamais fizeram a ligação entre Cadeiras proibidas e Dentes ao sol, em relação ao fantástico. Dois livros de 1976, em plena ditadura militar. Outro livro que passou em brancas nuvens foi O beijo não vem da boca. Até o considerado Wilson Martins — que sempre me apoiou muito — disse uma frase curiosa ao comentar o livro. Escreveu: “Eu queria ter tantas mulheres quanto o Loyola teve”. Confundiu, ele que era um mestre, o personagem com o autor. Wilson sempre me levou às aulas dele em Nova York, cada vez que passei por lá. Eu diria ainda que Cadeiras proibidas poderia ter tido melhor recepção. Curioso que, lançado nos anos 1970 e esquecido, estourou entre os jovens nos anos 1990 e agora neste milénio. Bomba de efeito retardado. Não é reclamação, é um apontamento. A crítica que escreva o que quiser, é a função dela. Mas há coisas que me alegram. Em 1980, ao passar por Albuquerque, no Novo México, dei palestras para as turmas do professor, e brasilianista de primeira, John Tollman. Depois, fomos jantar. No restaurante, um jovem estudante que tinha acabado de ler, em português, Dentes ao sol, disse-me: “Foi curioso, estranho e ao mesmo tempo bom, ao ler Dentes ao sol, descobrir que tudo parece se passar aqui nesta minha cidade, tão igual”. Pronto, o livro tinha ganhado universalidade.
O romance é uma grande trepada, múltiplos orgasmos, enquanto o conto e a crónica são rapidinhas. Ainda que rapidinhas que nos levem a trabalhar muito, até o acerto final." Luiz Rebinski, Jornal Rascunho, Brasil

Leia a entrevista completa AQUI

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