Clave de Sol - Chave de Sombra: Memória e Inquietude em David Mourão-Ferreira de Teresa Martins Marques, Âncora Editora, Fevereiro de 2016
Sobre o livro:"O presente livro resulta da tese de doutoramento da autora, apresentada na Universidade de Lisboa, agora muito ampliada e refundida, tendo como alvo um público não apenas académico. Estudo integrador dos diversos géneros que configuram a Obra de David Mourão-Ferreira, apresenta novas linhas de leitura, que ultrapassam o rótulo de poeta do amor e da mulher, dando relevo às polarizações da memória e da inquietude, manifestadas sob a forma de melancolia, indecisão, deriva, angústia, medo, suspeita, ciúme, traição, culpa, remorso, ameaça, vingança, suicídio, agressão sexual e até mesmo assassínio. O trabalho resulta do contacto directo, em primeira mão, com o Espólio de DMF. Tomam-se como base de trabalho não apenas materiais literários éditos e inéditos, mas também alguns não-literários que permitem esclarecer os primeiros. A tipologia do corpus documental é diversificada: esboços, esquemas prévios, notas de leitura, entrevistas e marginalia. É citada alguma correspondência, anotações de índole literária do Diário Íntimo da juventude. O vaivém inter-géneros e inter-obras é o processo fundamental que dá conta da coerência e do trânsito entre temas e motivos, que de obra em obra vão passando e vão ficando constituindo-se tradição, documento e monumento: “E lembro tudo o que era simples / antes do nada inevitável / Mas que do nada ao menos fique / um monumento de palavras."
Sobre o livro:
«Os Noivos reúne poemas de temática amorosa da autoria de Almeida Garrett, Antero de Quental, Camilo Castelo Branco, Camilo Pessanha, Cesário Verde, Fernando Pessoa, Guerra Junqueiro, Luís de Camões e Bocage, entre outros.»
O Meças, romance inédito de J. Rentes de Carvalho, editado pela Quetzal Editores, nas livrarias a 4 de Março
Sobre o livro: "Novo romance de Rentes de Carvalho. Uma história de violência, em que a progressiva definição dos contornos da memória trará novas e dolorosas verdades
Romance inédito que conta a história de António Roque, homem atormentado, possesso do demónio de funestas memórias. As imagens do passado que regularmente se apoderam dele transformam-no num monstro capaz dos piores actos. No entanto, a obscura história da irmã e do homem abastado que se servia dela e que, apesar de morto, continua a instigar-lhe um ódio devastador, não é exatamente como ele pensa que se lembra.
Depois de anos emigrado na Alemanha, o Meças regressa à sua aldeia de origem. Com ele vivem o filho (a quem detesta) e a nora (a quem deseja, mas inferniza a vida), atemorizando de resto todos os que com ele se cruzam.
«O Meças é um romance sobre a maldade – e sobre Portugal, transfigurado numa história «no mundo rural», longe das cidades, dos círculos «bem-educados» e cosmopolitas, da hipocrisia e do esquecimento.»
Francisco José Viegas
Não Há Tantos Homens Ricos como Mulheres Bonitas que os Mereçam de Helena Vasconcelos, Quetzal Editores
Sobre o livro: «Deste modo, Helena Vasconcelos sai vitoriosa da sua primeira incursão pelo romance. Com efeito, se Não Há Tantos Homens Ricos como Mulheres Bonitas que os Mereçam pode não ser uma obra-prima, está muito, muito longe de conter os “defeitos” de uma primeira obra. É, sem dúvida, uma obra de maturidade pessoal exprimindo a síntese conclusiva do pensamento de uma vida ligada à literatura e ao ensaio, privilegiando um fim de vida liberto mas sereno, despreconceituado mas sem alarde ou ostentação.»
Miguel Real, Jornal de Letras
Obrigado pelo Lume de Mario Benedetti, romance, Editora Cavalo de Ferro. Tradutor: David Machado, 228 Páginas
«"Obrigada pelo lume" é um romance dramático e intenso, uma abordagem franca e contundente à dimensão social e psicológica do homem no confronto com a sua falibilidade numa sociedade em crise de valores. Brilhante.» Revista Os meus livros
Sobre o livro: “ Ramón Budiño viveu toda a sua vida à sombra do pai, Edmundo Budiño, político proeminente do regime, homem autoritário e desonesto, que representa tudo aquilo que ele despreza e de que, no entanto, não tem coragem de se libertar. A sua vida é uma quotidiana luta que trava con¬sigo próprio e que o leva a questionar-se sobre tudo o que o rodeia. Para sair do impasse em que se encontra e para restituir ao seu filho, Gustavo, os sonhos e a esperança, Ramón toma uma decisão radical: «eliminar o velho». Contudo, Ramón hesita, e as suas dúvidas conduzem-no a um final inesperado.
Um dos romances mais marcantes da literatura sul-americana, Obrigada pelo lume é simultaneamente o retrato crítico e desapiedado de uma so¬ciedade imóvel e corrupta, a braços com a difícil tarefa de conciliar um passado autoritário com um presente democrático, e o da inextricável teia diária de frustrações e esperanças de que é composta a vida. “
O aroma do tempo de Byung Chul Han , Editora Relógio de Água.
Sobre o livro:” Byung Chul Han continua neste livro a abordagem filosófica dos processos marcantes da sociedade actual, neste caso daquilo que considera ser uma crise temporal.”
Ler a sinopse deste livro aqui.Ler as primeiras páginas deste livro aqui.
"Essa Terra", do escritor brasileiro Antônio Torres, vai ser editado em Portugal, pela Teodolito, que realizou apresentações da obra, com o autor, em Lisboa e Póvoa de Varzim, no festival Correntes d'Escritas.
Sobre o livro:Definido pela editora como "um dos mais marcantes romances da literatura brasileira contemporânea", "Essa Terra" data de 1976, altura em que foi publicado no Brasil.
"A Teodolito recorda que, na altura, este "relato emocionante do impacto da grande cidade sobre o imigrante nordestino", depressa se transformou "num clássico da narrativa das grandes vagas de migração do nordeste brasileiro, para as grandes metrópoles, movimento a que o próprio autor não escapou".
De Antônio Torres, em Portugal ,a editora Figueirinhas editou , em 2004, Meu querido canibal e a a editora Saída de Emergência publicou, em 2006, o romance "O Nobre Sequestrador".
Antônio Torres nasceu em 1940, na cidade de Junco, no interior da Bahia, hoje conhecida por Sátiro Dias, retratada em "Essa terra", e percorreu os mesmos caminhos das personagens da obra, "deixando o Nordeste para procurar a sorte nas metrópoles do Sudeste do Brasil", segundo a editora. Jornalista e escritor, que passou pela publicidade, Antônio Torres é membro da Academia Brasileira de Letras."
Na 17ª edição do festival literário Correntes d’Escritas, que decorreu entre os dias 23 e 27 de Fevereiro na Póvoa do Varzim, o destaque foi para Javier Cercas, vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa.
"O romancista espanhol Javier Cercas, autor de “As leis da fronteira”, publicado, em Portugal, pela Assírio & Alvim, viu a sua obra premiada entre as 170 que concorreram ao Prémio Literário Casino da Póvoa, no âmbito do Correntes d’Escrita.
Nesta sessão que decorreu no Casino da Póvoa foram também revelados os vencedores de outros concursos literários: Maria Teresa Teixeira, sob o pseudónimo de Maria Furacão ganhou o Prémio Literário Correntes d’Escrita com o conto “A minha vizinha é vizinha de si mesma”, “A Magia de Ahmed” trabalho da turma do 4ºA, da Escola Básica José Manuel Durão Barroso de Armamar, arrecadou o prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d’Escrita Porto Editora e o poveiro Nuno Filipe Silva de Azevedo, autor da obra “Ardentia”, foi distinguido com o Prémio Literário Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d’Escrita.
A edição de 2016 contou com a presença de João Soares, ministro da Cultura, que entregou a Medalha de Mérito do Ministério da Cultura a Manuela Ribeiro, organizadora do festival ibero-americano. No final da cerimónia de entrega de prémios foi divulgada a Revista Correntes d’Escritas 15, este ano dedicada a António Lobo Antunes."
Da Gallimard:
Pierre Boulez, Entretiens avec Michel Archimbaud ,Première édition,Collection Folio essais (n° 615), Gallimard , Parution : 03-03-2016
"Pierre Boulez (1925-2016) demeure l’un des plus grands et des plus prestigieux musiciens de notre temps. Mais aussi l’un des plus «abstraits» dit-on : il est exact qu’il serait bien difficile de trouver dans sa musique, comme il l’avoue lui-même, des éléments un tant soit peu personnels, «l’arrière-histoire», aurait dit René Char, de l’une des démarches créatrices les plus radicales du siècle.
Ces conversations à bâtons rompus – sur le modèle des Entretiens de Francis Bacon avec Michel Archimbaud – sur la musique, et plus largement la culture, permettent au lecteur de découvrir derrière l’austère théoricien, le polémiste véhément, le chef admiré et mondialement connu, un homme enthousiaste et chaleureux que la passion de la musique et de la vie sous toutes ses formes constamment anime.
Point n’est besoin de grandes connaissances musicales : ceux qui sont déjà familiers de l’œuvre y retrouveront le rythme de la phrase, le martelé de la voix, l’ardeur du propos de Boulez.… "
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Henri Michaux , Donc c'est non , Édition de Jean-Luc Outers ,Collection Blanche, Gallimard ,Parution : 03-03-2016
«Je cherche une secrétaire qui sache pour moi de quarante à cinquante façons écrire non.» Cette imploration, presque désespérée, résume à elle seule les lettres de Henri Michaux réunies par Jean-Luc Outers. Il n’y est question que de refus : les demandes d’interviews, les adaptations scéniques de ses textes, les anthologies, les colloques ou les numéros de revues qui lui sont consacrés, les rééditions, y compris en livre de poche ou dans la Bibliothèque de la Pléiade, les conférences et commémorations, les prix littéraires, les publications de photos…
C’est à tout cela, qui n’est plus la littérature mais son institution sinon son décorum ou le carnaval médiatique qui l’agite, que Henri Michaux n’a cessé de s’opposer sa vie durant. Alors qu’on le poursuit sans répit, il cherche l’ombre, il se cache. Il part en croisade contre la «vedettomanie», multipliant les lettres dont la production s’intensifie à mesure que s’accroît la notoriété. «Du moins que je ne finisse pas gavé…"
François
Sureau, La chanson de Passavant III , Sur
les bords de tout
,Collection Blanche, Gallimard , Parution : 03-03-2016
“Sur les bords de tout est le
troisième volet des aventures du lieutenant de vaisseau Passavant des Baleines.
Par l'entremise de ce double, François Sureau revient sur vingt ans d'aventures
dans les points chauds du globe, aventures qu'il traite sur un mode à la fois
attendri et parodique. Ce récit poétique a l'allure d'un collage où les
éléments les plus prosaïques et parfois les plus cruels de notre monde moderne
servent malgré eux à une forme d'accomplissement. Hommage à peine voilé à
Cendrars comme aux ermites égyptiens des premiers siècles, Sur les bords de
tout explore les rivages du fleuve qui nous emporte vers on ne sait où.”
Julian
Barnes Par la fenêtre. Dix-huit chroniques (et une
nouvelle)
Trad. de l'anglais par Jean-Pierre
Aoustin , Collection Folio (n° 6095), Gallimard, Parution : 03-03-2016, Genre : Essais Prix : 8,20 €
Colecção fabulosa de livros a serem publicados neste mês de Março de 2016! Ficamos como que perante uma janela sobre o futuro breve...
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