“Somos a água, e não o diamante duro,
a que se perde, não a que repousa.”
Jorge Luis Borges, Os Conjurados
"Um dia podemos descobrir que toda viagem é, de algum modo, uma peregrinação em busca de um lugar que é o coração do viajante. O seu destino final é a sua realidade interior, mas faz parte do ritual a busca em lugares distantes, onde o coração sempre vai, desejoso de um encontro que nem sempre acontece.
(...) Mas onde pode ir um homem sem levar consigo tudo o que de facto é, e tudo o que se acostumou a desejar? A verdadeira viagem, a que conserva as paisagens mas modifica o homem, é talvez a única que não deve ser adiada. Nela, o viajante é mais importante do que as terras que percorre, e a partir dela todos os caminhos têm um encanto novo – mesmo os que levam de uma rua a outra, na cidade em que se vive.”
Viagens ou viajar são propostas que muitos converteram em factos e outros intentam realizar. Todos partem do desejo de uma busca. Lugares, gentes, emoções, descobertas, (re)encontros, realizações são alguns dos possíveis alvos. Mas o encanto da viagem apenas se torna real quando a descoberta sacia o desejo, quando corresponde ao que se acalentava.
Ernesto Cortazar desafia-nos a uma bela e melodiosa viagem - a descoberta dos sons, em "Beethoven's Silence".
Ernesto Cortazar desafia-nos a uma bela e melodiosa viagem - a descoberta dos sons, em "Beethoven's Silence".
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