Nem sempre
temos a capacidade de explicar por que gostamos de qualquer coisa, por que
repudiamos uma outra ou por que nos apaixonamos , num clic, à primeira vista.
Somos seres estranhos e é nessa estranha forma de ser que reside a nossa
humanidade. Nascemos, crescemos, vivemos e um dia, fatalmente, desaparecemos.
Entretanto, enchemo-nos de pequenas e grandes experiências. Coleccionamos
descobertas e partimos ao encontro de sonhos. Um registo de memórias vai
aumentando com o devir do tempo. Umas grandiosas , outras banais como os dias
que as fizeram nascer. Há, porém, sempre alguma que nos surge num dia improvável.
Aquela que nos tomou e que aflora com a similitude do desejo que a procurou. E
isso acontece-me com a Música. Os sons vão e vêm quase em surdina acelerando o
processo de retoma triunfal. E eis que se descobre uma voz que encantou aos
primeiros acordes de uma velha composição. Maurane , belga, nascida em 1960, em Ixelles. Uma voz diferente, com aquela peculiaridade
que têm as vozes cheias de grandes sonoridades. Num francês très
charmant partilho um acervo que se foi construindo e que poderá ser reproduzido à la carte. E como é bela a língua francesa.
A voz rouca e magnífica de Maurane, acompanhada por Michel Legrand, autor da canção "Je ne pourrai pas vivre sans toi". Um registo extraído
do Concert "Michel Legrand and the cinema" - 2009.
" Je suis Malade " uma excelente canção na voz fascinante de Maurane no espectáculo dos cinquenta anos de carreira de Serge Lama.
Maurane em "Si Aujourd'hui " ao vivo, no Show 'We Love Céline' (Novembro 2012).
"La chanson des vieux amants", Maurane chante Jacques Brel. Dois grandes nomes da Bélgica.
"Dernier voyage", uma canção que chora e que nos conforta em grande intimidade. Um hino de magnitude e de beleza. Maurane surpreende sempre.
Maurane interpreta Édith Piaf ," L'Hymne à l'Amour".Maurane veste esta velha e icónica canção com novo amor.
Concerto pelo Haïti sur France 2, Maurane e Véronique Sanson em " Amoureuse".
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