Dez dias para ver filmes em que o real deixa entrar a ficção
por David Mandim
"Porto/Post/Doc nasce como laboratório da realidade. O novo festival exibe, em Dezembro 50 documentários. E canta os parabéns a Manoel de Oliveira.
Onde está o real? Esta é uma das interrogações, provavelmente a principal, que o Porto/Post/Doc pretende levantar. O novo festival de cinema dedicado ao documentário, sempre infiltrado pela ficção, apresentará durante dez dias, entre 4 e 13 de dDezembro no Porto, 50 filmes, com 12 obras em competição e diversas secções temáticas. Pelo meio, há ocasião para comemorar o 106.º aniversário de Manoel de Oliveira, o cineasta do Porto, com a pprojecçãode vários dos seus filmes, entre os quais o mais recente, O Velho do Restelo, em estreia nacional. A abertura será com a antestreia nacional de Concerning Violence, de Göran Hugo Olsson.
O Porto/Post/Doc, gerado por uma nova associação criada na Invicta, não tem medo de se afirmar como um festival interventivo. É, em parte, isso que o distingue de outros certames, como o DocLisboa. "Temos uma programação diferente, que se coloca numa fronteira entre o documentário e a ficção", explicou Dario Oliveira, director do festival, programador experiente desde a Porto 2001 ao Festival Internacional de Curtas-Metragens de Vila do Conde. Dez dias para 50 filmes é outra das marcas. "É um período suficiente para abranger todos os públicos. Podiam ser 200, mas assim a programação pode ser acompanhada por todos."
O Teatro Rivoli será a âncora das exibições, mas o festival estende-se, numa curta distância, ao Cinema Passos Manuel e ao espaço Maus Hábitos. "O regresso da cultura à Baixa é uma realidade mais do que comprovada", assegura Dario Oliveira.
De resto, a justificação, se necessária, para um novo festival no Porto pode resumir-se a uma simples base: "Porque fazia muita falta à cidade", argumenta Pedro Neves, jovem realizador portuense com filme em exibição - Acima nas Nossas Possibilidades, concebido no âmbito do Projeto Troika, em que oito fotógrafos procuram retratar os efeitos da crise económica em Portugal -, e porque "o Porto merece", resume Dario Oliveira.
A competição reúne 12 filmes, entre nacionais e estrangeiros. A secção Onde está o Real assume-se mais como um fórum, reunindo cineastas, estudiosos da sétima arte e outras visões exteriores. Será exibida, em estreia, a curta-metragem Iec Long, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata, de novo com Macau na objectiva Um fake documentário sobre Silvio Berlusconi, Belluscone, Una Storia Siciliana, do italiano Franco Maresco, promete surpreender. "Muito especial", para os programadores, é a secção Persona, dedicada aos direitos humanos, que inclui o novo filme de Raquel Freire, em parceira com Valérie Mitteaux, Dreamocracy. Há ainda espaço para Transmission, dedicada à música, e School Trip com filmes realizados por estudantes. Será também exibido Cavalo Dinheiro, de Pedro Costa. Os billhetes custam 3,5 euros por sessão." DN
High Hopes-Pink Floyd / The Endless River
Pink Floyd ainda fazem música e vão ser celebrados esta semana
por João Moço
"Chega hoje às lojas The Endless River, o primeiro álbum de originais dos Pink Floyd em 20 anos, e a banda será homenageada pelos Brit Floyd, que vão actuar em Lisboa na quinta-feira e em Gondomar, na sexta.
"Existe algo na música dos Pink Floyd que acredito que a torna intemporal", afirma ao DN Damian Darlington, guitarrista que há já 20 anos se dedica a recriar as canções do grupo britânico em espectáculos de tributo que têm percorrido o mundo. Esta quinta-feira vai apresentar-se, com os Brit Floyd, na Meo Arena, em Lisboa, e um dia depois no Pavilhão Multiusos de Gondomar, chegando também hoje às lojas The Endless River, o primeiro álbum de originais do grupo em duas décadas.
Muitos foram aqueles que ficaram surpreendidos quando em seSetembroe anunciou ao mundo que depois de The Division Bell (1994) ainda havia a possibilidade de serem reveladas novas canções da banda. "Apanhou-me completamente de surpresa", confessa Damian Darlington. "Tenho expectativas de que o disco mantenha o nível de qualidade a que os Pink Floyd desde sempre nos habituaram", acrescenta.
O ponto de partida deste The Endless River remonta precisamente às sessões de Division Bell, tendo David Gilmour e Nick Mason recuperado gravações que fizeram nessa altura com Rick Wright, teclista que morreu em 2008. Entre 2013 e este ano Gilmour e Mason voltaram a trabalhar em torno dessas gravações, com a ajuda dos produtores Andy Jackson, Phil Manzanera e Youth, concretizando assim aquele que é o 15.º álbum de originais dos Pink Floyd, descrito por Nick Mason como "uma homenagem ao Rick". Até a voz artificial do cientista Stephen Hawking volta a ouvir-se na música do grupo, depois de ter marcado presença no disco de 1994.
Foi também na época de Division Bell que Damian Darlington começou a trabalhar em tributos aos Pink Floyd, no grupo Australian Pink Floyd Show. "Foi como um acidente. Na altura eles tinham-se mudado da Austrália para o Reino Unido e, pouco depois, um dos guitarristas originais decidiu voltar à Austrália. Através de amigos de amigos soube de uma audição e mais de 20 anos depois aqui estou eu ainda a tocar canções dos Pink Floyd", conta o guitarrista." DN
Bruno Vieira do Amaral
Fotografia © Diana Quintela/Global Imagens |
Bruno Vieira Amaral vence prémio literário Fernando Namora
por Lusa
"O romance "As Primeiras Coisas" de Bruno Vieira Amaral é o vencedor da 17.ª edição do prémio literário Fernando Namora, no valor de 15.000 euros.
O romance de Bruno Vieira Amaral foi este ano também distinguido com o prémio PEN (poesia, ensaio e narrativa) Clube de Narrativa, na categoria de narrativa.
O júri considerou que "a obra de Bruno Vieira Amaral singulariza-se pela estrutura romanesca, pela linguagem escorreita, pela efabulação e por um forte sentido real".
Entre os finalistas deste ano, Afonso Cruz foi seleccionado pelo romance "Para onde vão os guarda-chuvas", Ana Margarida de Carvalho por "Que importa a fúria do mar", Ana Cristina Silva por "A segunda morte de Anna Karénina", Luís Cardoso por "O ano em que Pigafetta completou a circum-navegação" e Nuno Júdice pelo romance "A Implosão".
O júri do Prémio Literário Fernando Namora é presidido por Guilherme d'Oliveira Martins, que também representa o Centro Nacional de Cultura, e constituído por José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Maria Carlos Loureiro, pela Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Maria Alzira Seixo, Liberto Cruz e João Lobo Antunes, convidados a título individual, e ainda Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.
O Prémio Literário Fernando Namora foi instituído pela Sociedade Estoril Sol em 1987 e atribuído pela primeira vez apenas em 1989. Inicialmente com uma periodicidade bienal e, depois, trienal, passou a anual a partir da sétima edição, em 2003, quando venceu Armando Silva Carvalho com "O Homem que sabia a mar"." DN
O júri considerou que "a obra de Bruno Vieira Amaral singulariza-se pela estrutura romanesca, pela linguagem escorreita, pela efabulação e por um forte sentido real".
Entre os finalistas deste ano, Afonso Cruz foi seleccionado pelo romance "Para onde vão os guarda-chuvas", Ana Margarida de Carvalho por "Que importa a fúria do mar", Ana Cristina Silva por "A segunda morte de Anna Karénina", Luís Cardoso por "O ano em que Pigafetta completou a circum-navegação" e Nuno Júdice pelo romance "A Implosão".
O júri do Prémio Literário Fernando Namora é presidido por Guilherme d'Oliveira Martins, que também representa o Centro Nacional de Cultura, e constituído por José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Maria Carlos Loureiro, pela Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Maria Alzira Seixo, Liberto Cruz e João Lobo Antunes, convidados a título individual, e ainda Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.
O Prémio Literário Fernando Namora foi instituído pela Sociedade Estoril Sol em 1987 e atribuído pela primeira vez apenas em 1989. Inicialmente com uma periodicidade bienal e, depois, trienal, passou a anual a partir da sétima edição, em 2003, quando venceu Armando Silva Carvalho com "O Homem que sabia a mar"." DN
Programa da Fundação Calouste Gulbenkian em Novembro
Workshop Media & Deficiência
Terça, 11 nov 2014 | 9h00 |
Sala 1
Lançamento livro
Quinta, 13 nov 2014 | 18h00 |
Auditório 3
Encontro
Segunda, 17 nov 2014 | 10:30 |
Auditório 2
Reis ausentes, cortes de aldeia e república das Letras
Segunda, 24 nov 2014 | 18h00 |
Auditório 3
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