quarta-feira, 21 de maio de 2014

Eventos culturais e literários em Maio

EDUCAÇÃO ARTÍSTICA: UMA PRIORIDADE
1a sessão com o Filósofo Eduardo Lourenço. Dia 21 de Maio às 18h30 no CNC. Entrada livre
"As Artes na Educação são, há muito,consideradas um veículo privilegiado para assegurar na Escola espaços de liberdade, de manifestação da criatividade e inovação e do exercício da tolerância e solidariedade, valores incontornáveis na formação equilibradae pró-activa das crianças e jovens.
À volta deste tema, sempre actual e actuante, o Centro Nacional de Cultura em parceria com o Clube UNESCO de Educação Artística promovem uma série de tertúlias/encontros com personalidades de inquestionável mérito e reconhecidos pensadores em várias áreas do conhecimento."CNC
ECM LISBON SERIES
Norma Winstone| Klaus Gesing | Glauco Venier: Dance Without Answer
29 Mai 2014 - 21:00
Pequeno Auditório, CCB
M/6"
Este trio adaptável e engenhoso já tem uma longa história. Em actividade há mais de uma década, as suas raízes estão ainda mais atrás: Venier e Gesing colaboraram em vários projectos musicais desde meados dos anos 1990, nos quais se inclui um duo de longa duração.
(…)”A componente italiana presente no álbum origina alguns contrastes evidentes. «Gust Da Essi Viva», um poema de Novella Cantarutti, que escreveu em dialecto friulano, foi escrita anteriormente por Glauco para orquestra sinfónica com a Big Band Udine. «A Tor A Tor» é uma filastrocca friulana, uma saltitante canção de embalar musicada por Vernier.
A escassa instrumentação – um instrumento de palheta, um piano, uma voz – adapta-se a todos esses diferentes contextos: ao invés de impor limitações tem incentivado a criatividade. Winstone gosta da sensação de espaço na música, e dos silêncios que podem ser explorados ou autorizados a ressoar, bem como da flexibilidade de improvisação que os intérpretes partilham.
«Estando Winstone cada vez mais distante do Great American Songbook», escreveu a All About Jazz, «é certo que, com uns colegas de banda em tão grande consonância com ela como Gesing e Venier, muito pouco há que ela não consiga fazer.»CCB
28 Mai 2014 - 21:00
Grande Auditório- CCB
M/6
Duração 1h30
S/intervalo
 “A música de Rodrigo Leão tem um pendor claramente universalista e nunca se escusou a diálogos: ao longo da carreira, o músico-compositor arranjou espaço para o encontro com vozes notáveis e com instrumentistas de excepção, como Ryuichi Sakamoto ou Ludovico Einaudi. Prepara-se agora para dividir o palco com Ólafur Arnalds, multi-instrumentista islandês com um singular percurso, que conta com uma das suas composições na banda sonora do blockbuster The Hunger Games. Existe, pois, o terreno comum de uma música que tem conseguido chegar aos grandes ecrãs em filmes de grande sucesso de bilheteira. Em palco, cada um dos compositores apresentará a sua visão musical, reservando um momento mágico de diálogo entre os seus teclados para o final do concerto. Absolutamente a não perder.”

A escritora Maria Teresa Horta é distinguida, dia 22, com o Prémio de Consagração de Carreira, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). 
"Tenho dificuldade em expressar a alegria, mas na verdade fiquei muito satisfeita, sempre tive um percurso muito perto da literatura e sou uma mulher que amo, amo a literatura, tenho uma paixão pelos livros - adoro livros - e toda a minha escrita é atravessada pela reflexão sobre a própria escrita", afirmou Maria Teresa Horta à Lusa.
O galardão, que distingue a poeta e ficcionista, "pela qualidade, extensão e representatividade da sua obra", será entregue por José Jorge Letria numa cerimónia a realizar dia 22, quinta-feira, Dia do Autor, com transmissão em directo neste site.
"Toda a minha vida, eu andei a defender e a enaltecer a literatura, sinceramente acho que sim, que mereço este prémio, pois tive um trajecto em prol da literatura e da liberdade", declarou a autora de "A Dama e o Unicórnio".
"Não separo assim tanto a poetisa da jornalista, acho que são duas faces da mesma mulher, uma não pode viver sem a outra", acrescentou a escritora de 76 anos.
A autora, que viveu trinta anos sob o fascismo, como realçou à Lusa, afirmou que "devemos ter uma prática diária que é defender a liberdade que o 25 de Abril [de 1974] nos trouxe, e eu sou uma mulher de luta, uma lutadora da liberdade, uma sonhadora da liberdade e sempre lutei pela liberdade e pelos direitos das mulheres e os direitos humanos, desde os tempos do fascismo", atestou.” Lusa,DN

Em Cannes, um filme de Itália, 'Le Meraviglie', e outro de Espanha, 'Hermosa Juventud', propõem uma visão crítica de alguns elementos da atualidade social europeia
Por João Lopes
"Uma visão politicamente correta da actualidade obriga a problematizar muitas das crises do Velho Continente a partir das próximas eleições para o Parlamento Europeu e também, claro, da acção (ou inacção) dos elementos da classe política. O Festival de Cannes não existe, como é evidente, para desmentir a urgência de tal perspetiva - aliás, a sua agenda tem integrado diversos eventos sobre essa mesma atualidade, incluindo (ontem) uma Assembleia de Cineastas conduzida por uma pergunta muito concreta: "Que querem os cineastas da Europa de amanhã?"
Dito isto - e porque, apesar de tudo, convém não passar ao lado do essencial num certame deste teor - convém lembrar o mais óbvio: muitos sinais das nossas crises, observados e pensados para além dos clichés da cena política, estão, não nos discursos oficiais, mas nesses objetos peculiares que são os... filmes! Dois títulos da seleção oficial servem de exemplo revelador: o italiano Le Meraviglie (competição) e o espanhol Hermosa Juventud (Un Certain Regard).
Em Le Meraviglie, a realizadora Alice Rohrwacher coloca em cena uma família que, numa quinta decrépita de uma aldeia da Úmbria, sobrevive através do mel das suas colmeias. Num registo de estrito e desencantado realismo - incluindo no modo como expõe as ilusões românticas da filha mais velha -, Rohrwacher introduz na ação dois elementos perturbantes: por um lado, a chegada de um jovem alemão, com uma história de delinquência, ao abrigo de um programa social de reinserção; por outro lado, a invasão da região por um concurso de televisão que quer promover os habitantes locais que mantêm vivas as formas "tradicionais" de trabalho... No ziguezague que isso provoca, Le Meraviglie dá a ver um universo em que as muitas dificuldades de sobrevivência contrastam com os artifícios da demagogia televisiva.”DN
Philip Roth confirme qu'il se retire de l'écriture et de toute vie publique
Par LEXPRESS.fr, publié le 20/05/2014 à 07:53, mis à jour à 09:17
"L'immense écrivain américain, lauréat des prix littéraires les plus prestigieux, a accordé un dernier entretien à la BBC. Maintenant, il va pouvoir se consacrer au bavardage, dit-il. 
Il est l'auteur de La tache, Portnoy et son complexe, La Pastorale américaine... Il a remporté le Prix Pulitzer et la National Book Award. Philip Roth, considéré comme l'un des plus brillants romanciers américains de sa génération, a confirmé qu'il allait cesser d'écrire et se retirer de la scène publique après une ultime interview à la BBC qui en a diffusé lundi des extraits. L'interview dans son intégralité est diffusée ce mardi.
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Dans un documentaire en deux parties dont la première sera diffusée mardi, l'écrivain de 80 ans déclare au journaliste Alan Yentob: "Il s'agit de ma dernière apparition à la télévision, vraiment ma dernière apparition publique où que ce soit".
Philip Roth avait sidéré le monde de la littérature il y a 18 mois en annonçant au magazine français Les Inrockuptibles qu'il cessait d'écrire. "J'étais arrivé au terminus. Il n'y avait plus rien pour moi sur quoi écrire", a confié l'auteur de 31 livres en une cinquantaine d'années. "
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