quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Prémios Literários e Exposições em Novembro




Goncourt 2013: dans les secrets d'un vote

Par Marianne Payot (L'Express), publié le 04/11/2013 à  17:31, mis à jour le 05/11/2013 à  10:30
"Pierre Lemaitre a reçu le Goncourt 2013 pour Au revoir là-haut. Décryptage d'un scrutin fort serré en compagnie des Dix de chez Drouant.
12h45: Six voix contre quatre au 12e tour... Le verdict est tombé: Pierre Lemaitre, l'auteur d'Au revoir là-haut (Albin Michel), est le lauréat du prix Goncourt 2013, annonce Didier Decoin, micro à la main, devant une forêt de caméras hérissée au rez-de-chaussée de chez Drouant, place Gaillon à Paris. Quelques applaudissements discrets viennent saluer le favori des pronostiqueurs. Il aura donc fallu 12 tours pour départager Pierre Lemaitre et Frédéric Verger, l'outsider de l'année, dont le roman Arden (Gallimard), a bien failli coiffer au poteau le poulain d'Albin Michel. A peine l'annonce du prix Renaudot proclamé dans la foulée par Franz-Olivier Giesbert (Yann Moix pour Naissance publié par Grasset, distingué dès le premier tour), une dizaine de journalistes (au parfum) font trois pas de côté pour se rapprocher de l'escalier qui mène au Graal, entendez par là au premier étage où sont attablés les Dix couverts.

12h50: Marie Dabadie, la secrétaire du prix Goncourt, descend les escaliers, demande l'accès libre pour le lauréat à venir. Discrètement, quelques journalistes en profitent pour grimper vers le ciel. Nous voici là-haut, les jurés sont quasiment tous debout, sur le palier, à la fenêtre ou discutant deux à deux. L'atmosphère est calme, de ce calme qui précède ou suit les tempêtes. Car, on l'aura vite compris, 12 tours de scrutin ne se déroulent pas sans heurts, sans plaidoyers passionnés, sans grincements de dents... Les uns sont ravis, les autres désabusés comme un Nadal qui vient de mettre le genou à terre devant son compatriote Ferrer ....
13 heures : En petit comité, les jurés se lâchent. "Les délibérations étaient-elles amicales?" A la question, Paule Constant, dont c'était le baptême du feu, répond sans ambages: "Amicales, non, cordiales, oui". Bref, Paule Constant était une fervente supportrice de Frédéric Verger ("un grand roman"), tout comme Régis Debray qui, tout à son dépit, refuse de parler. "J'écrirai plus tard ce que je pense de tout cela", lance-t-il en tournant le dos. Restent, dans le camp des "Verger": Edmonde Charles-Roux, qui, assise et souriante, dit son regret, tout en reconnaissant, présidence oblige, de belles qualités au primé; Tahar Ben Jelloun, lui aussi déçu, préfère expliquer tout le bien qu'il pense du livre de Frédéric Verger... Et puis il y a Didier Decoin, celui par lequel la balance a fini par pencher du côté de Pierre Lemaitre. Jusque là, à part un premier tour plus dispersé (une voix pour Karine Tuil de la part de Patrick Rambaud, une pour Jean-Philippe Toussaint estampillée Bernard Pivot), Pierre Lemaitre et Frédéric Verger récoltaient cinq voix chacun. Au 12e tour donc, Pierre Assouline est intervenu pour expliquer combien, eu égard à l'état morose de la librairie, le roman populaire (au bon sens du terme) de Lemaitre serait plus vendeur que l'Arden de Verger, avec quelque 35 000 exemplaires vendus (source edistat.com) d'Au revoir là-haut, au 27 octobre, contre moins de 5000 d'Arden, le grand public n'avait-il pas déjà montré son inclination ? "Les chiffres ont gagné contre les lettres", se désole Tahar Ben Jelloun. En l'occurrence, les chiffres ont convaincu Didier Decoin, la présidente n'aura donc pas à faire jouer sa double voix (obligatoire au 14e tour). Ainsi va le Goncourt...
13h30: "Mais que fait-il?" Certains jurés commencent à s'impatienter. Enfin, le lauréat débarque (il aura dû au préalable se frayer un chemin dans la jungle du rez-de-chaussée). Emu, il remercie un à un les jurés; sa femme est là, pas loin, répondant aux centaines de messages envoyés en rafale sur son smartphone. Florence Godfernaux, son attachée de presse, rayonne. Francis Esménard et Francis Ducousset, les boss d'Albin Michel, sont tout sourire.
Le champagne peut couler. Bientôt, les bataillons de la presse vont envahir l'étroite salle de restaurant, les flashs crépiter et les rotatives (pour le fameux bandeau rouge) tourner. Vive la littérature!
Prémio José Saramago para Onddjaki 
O escritor angolano Ondjaki, hoje distinguido com o Prémio José Saramago pelo romance "Os transparentes".dedicou o galardão a Angola e a todas as pessoas que se identificam com a literatura angolana. "O que desejo para o meu país, desejo para todos os países do mundo, que consigamos falar, debater, respeitando as convicções de cada um, sem atropelar nem direitos nem vozes"
"Quanto ao prémio, instituído há 15 anos pela Fundação Círculo de Leitores para incentivar jovens escritores de Língua Portuguesa, Ondjaki salientou a "honra" de o ter recebido, mas que isso não irá alterar o que irá escrever.
"Estou hoje eu aqui, como podia estar qualquer colega meu", disse.
"Tenho que escrever de acordo com aquilo que tenho para dizer e naquilo que acredito; se estas duas condições não estiverem reunidas não devo escrever", asseverou
"Há determinados prémios cuja relevância e dimensão eu não quero levá-los sozinho, quero dividir com os meus país com as pessoas que se identificam com a literatura angolana e é isso que fiz aqui, ao dedicar o prémio a Angola", declarou.
Referindo-se ao romance, publicado o ano passado pela Editorial Caminho, o autor afirmou que "'Os transparentes" estão em toda a parte do mundo. No fundo, são as pessoas a quem devemos respeito, com quem às vezes queremos contar e que depois caímos na tentação de esquecer. Esse papel é feito por várias pessoas em determinados momentos".
"Hoje não somos, amanhã seremos transparentes, e isso é que é preciso questionar; quando é que somos transparentes, quem é que nos torna transparentes ou invisíveis e qual é o lugar desses transparentes na sociedade de hoje", rematou.
Ondjaki, de 36 anos, natural de Luanda, afirmou que acredita que "os livros possam mudar alguma coisa no mundo".
O autor afirmou que não sabe se o romance "Os transparentes", cujo cenário é Luanda, é lido na capital angolana.
A escritora brasileira Nélida Piñon, membro do júri do Prémio, considera que "o romance traz-nos a voz da África. A arte da África. Aviva os lamentos de Luanda e do mundo".
"No seu curso narrativo, o autor empurra para a minha consciência o terror que o poder inspira e a desconfiança quanto às acções humanas. Mostra-nos que a literatura, além de uma dimensão estética, de sua voracidade ficcional, faz-se de uma verdade que não burla, que diz respeito a cada leitor", acrescenta a escritora.
Ana Paula Tavares, também do júri, realça que "o prédio, lugar central do romance ["Os Transparentes"], é um lugar de memória do que poderia ter sido o sonho de toda uma sociedade harmoniosa e justa como no princípio dos tempos se pensava, para ser apenas isso, a memória alimentada por um quotidiano perverso".
Um "quotidiano perverso", prossegue a poetisa, "onde se descobrem e multiplicam todas as maneiras de sobreviver, ganhar dinheiro, ficar 'ainda' vivo na escuridão que adensa o labirinto e onde é preciso ter-se sido iniciado para conseguir desenrolar todos os fios da teia imensa que contorna o abismo".Lusa
Mia Couto distinguido com prémio internacional de literatura Neustadt
"Este é considerado o prémio Nobel norte-americano. Entre os nomeados estavam, o japonês Haruki Murakami e o argentino César Aira.
O escritor moçambicano Mia Couto foi distinguido com o prémio internacional de literatura Neustadt, atribuído de dois em dois anos pela Universidade de Oklahoma desde 1970, no valor de 50 mil dólares (37 mil euros).
A lista de nomeados para o prémio da Bienal Internacional de Literatura Neustadt deste ano integrava o escritor argentino César Aira, a vietnamita Duong Thu Huong, o ucraniano Ilya Kaminsky, o japonês Haruki Murakami, o norte-americano Edward P. Jones, o sul-coreano Chang-rae Lee, o palestiniano Ghassan Zaqtan e Edouard Maunick, das Ilhas Maurícias.
Mia Couto ficou alegre por ser distinguido com o prémio internacional de literatura Neustadt, alegando tratar-se de uma espécie de “contra-corrente” face à situação no país e às “ameaças à sua família”. A distinção com aquele que é considerado o prémio Nobel norte-americano “coincide com um momento conturbado e de preocupação em Moçambique e, em particular, da minha família, que também foi objecto de ameaças”, informou o escritor à agência Lusa, lembrando a “situação crispada [no país] devido à possibilidade de reacendimento da guerra”. Nas cidades “há uma situação de tensão grande causada pelas ameaças de raptos, sequestros e violência”, referiu Mia Couto, que, por ser uma “espécie de contracorrente”, admitiu a alegria de receber uma distinção.
Em declarações à agência Lusa, Mia Couto quis dedicar, em primeiro lugar, o prémio à sua família, que apelidou de “primeira nação”. “E depois a Moçambique, por todas as razões, mas agora ainda mais, porque temos de ficar mais juntos nessa busca por opções de paz, por alternativas de desenvolvimento”, disse. O escritor assinalou a importância deste prémio ser entregue a um escritor de língua portuguesa para “despertar interesse e atenção” para outros idiomas que não o inglês. O galardão já distinguiu, entre outros, o brasileiro João Cabral de Melo Neto, Álvaro Mutis, Octávio Paz e Giuseppe Ungaretti. Além do cheque, Mia Couto vai receber uma reprodução em prata de uma pena de águia.
Mia Couto é o pseudónimo de António Emílio Leite Couto, de 58 anos, autor que já recebeu os prémios Camões, Eduardo Lourenço e o da União Latina de Literaturas Românicas. O autor de Terra Sonâmbula e de Estórias Abensonhadas já recebeu o Prémio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos, o Prémio Vergílio Ferreira, da Universidade de Évora, o Prémio União Latina 2007, de Literaturas Românicas, o Prémio Passo Fundo Zaffari e Bourbon de Literatura, do Brasil, e o Prémio Eduardo Lourenço, entre outros. A Confissão da Leoa, editado o ano passado é o seu mais recente livro." Lusa,2/11/2013
Casa da América Latina e a Galeria das Salgadeiras expõem, pela primeira vez em Lisboa, obras inéditas da pintora brasileira Martha Barros. A exposição Silêncio e Alvoroço é composta por 23 obras, das quais as que remetem para o Silêncio serão expostas na Galeria das Salgadeiras e as de Alvoroço na Casa da América Latina.
A exposição conta com o apoio da Embaixada do Brasil em Portugal, da Athenas Seguros, da Vila Galé Hotéis e dos vinhos Bacalhôa, e é uma organização da Casa da América Latina e da Galeria das Salgadeiras. 

Sem comentários:

Enviar um comentário