"A agência espacial norte-americana NASA registou três erupções de grandes proporções no Sol em menos de 24 horas, como parte da tempestade solar mais poderosa deste ano.
As explosões ocorreram no lado oposto do Sol em relação à Terra, e não foram direccionadas para o nosso planeta, mas podem interferir com o campo magnético terrestre, afectando as comunicações.
A última erupção ocorreu à 1h11 da madrugada de terça-feira e emitiu uma das mais fortes erupções classificadas pela NASA. Duas dessas três erupções lançaram aquilo a que os especialistas chamam de ejecções de massa coronal, que lança material solar a temperaturas muito elevadas no espaço a mais de oito milhões de quilómetros por hora.
Segundo a informação disponibilizada pela NASA, o material lançado para o espaço pode passar perto de várias sondas espaciais norte-americanas."Público,15/05/2013
DISQUIET Programa Literário Internacional em Lisboa
"O Centro Nacional de Cultura acolhe em 2013, pelo terceiro ano consecutivo, um grupo de aproximadamente 70 escritores norte-americanos, que participarão numa Universidade de Verão durante duas semanas – entre 30 de Junho e 12 Julho de 2013 - altura em que terão ocasião de se encontrar com personalidades da cultura lusófona, nomeadamente escritores.
Durante os quinze dias do programa, que conta com o apoio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, do Governo Regional dos Açores, da Secretaria de Estado da Cultura e do Banco BPI, proporcionar-se-á ao grupo de escritores norte-americanos – confirmados ou apenas amadores – um contacto tão abrangente quanto possível com diferentes aspectos da cultura portuguesa, destacando naturalmente o literário, dando-lhes assim a oportunidade de conviver com escritores e poetas lusófonos de diversas gerações, instituições ligadas à cultura portuguesa, etc.
Estão já confirmadas as seguintes participações: Richard Zenith (1 de Julho, 14h30 na Casa Fernando Pessoa), Patrícia Reis (2 de Julho, 14h30, no Teatro São Luiz), Gonçalo M. Tavares (2 Julho às 18h30, na FLAD), Pedro Mexia (num painel sobre a situação política e social de Portugal, 3 de Julho 14h30 no CNC), José Luís Peixoto (4 de Julho, 14h30, na Fundação José Saramago), Teolinda Gersão (5 de Julho, 14h30 no CNC), Rui Vieira Nery (num painel sobre o Fado, 5 de Julho às 18h30 no Museu do Fado), Patrícia Portela (9 de Julho, 14h30 no Teatro São Luiz), Jacinto Lucas Pires (9 de Julho, 18h30, no CNC), Lídia Jorge (10 de Julho, 18h30, na FLAD), João Tordo (11 de Julho, 14h30, na Fundação José Saramago) e Margarida Vale de Gato e Isabel Oliveira Martins (em vários workshops a anunciar).
A maior parte destas sessões terá entrada livre.
A maior parte destas sessões terá entrada livre.
Dos Estados Unidos da América participarão como convidados Julie Hensley, Sam Lipsyte, R. Dean Johnson, Cyriaco Lopes e como professores Denise Duhamel, Katherine Vaz, Tayari Jones, Adam Levin, Terri Witek, Philip Graham, Robert Olmstead e John Frey.
Será ainda apresentada a exposição de pintura “Ilustrações”, de Jaime Braz, artista plástico que é também co-tradutor (com Dean Ellis) do livro “O Verdadeiro Actor” de Jacinto Lucas Pires, cuja versão em inglês é publicada no âmbito do programa e será também lançada no dia 9 de Julho.
O Projecto DISQUIET foi lançado pela organização literária sem fins lucrativos Dzanc Books, baseada no Michigan, Estados Unidos da América, e parte do princípio que a imersão numa cultura estrangeira, num ambiente diferente do habitual, e a consequente quebra de rotinas, tendem a estimular a criatividade, abrindo novas perspectivas e novos ângulos de interpretação do mundo que nos rodeia, resultando num indubitável enriquecimento para todos aqueles que nele participam." in e-cultura
Brasil testa medicamento que pode evitar a doença de Alzheimer
“O Hospital de Clínicas, vinculado a Universidade Federal do Paraná (UFPR), no Brasil, está a seleccionar, até ao final do ano, voluntários para uma pesquisa relacionada com a doença de Alzheimer que, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), atinge 6% dos brasileiros com mais de 60 anos. O estudo testa a eficácia de um fármaco para evitar o aparecimento da doença. A pesquisa tem sede na Inglaterra e também recruta voluntários em diversos países até que se chegue ao número de 700, avança o G1, o site noticioso da rede Globo.
A causa do Alzheimer é desconhecida, assim como a cura. Também chamada de demência, a doença é neurodegenerativa e provoca perda das funções intelectuais, afectando a capacidade do doente de se relacionar com outras pessoas. Um dos sintomas mais conhecidos é a perda da memória. Nos casos mais avançados, o doente esquece, por exemplo, que acabou de realizar uma refeição. O quadro pode agravar-se ao ponto de o doente perder capacidade de compreensão e de comunicar. A pessoa fica cada vez mais dependente de terceiros. Actualmente, existem quatro medicamentos utilizados em doentes diagnosticados com Alzheimer. Nenhum deles, no entanto, reverte o quadro clínico. São fármacos que controlam a doença, fazendo com que ela evolua mais lentamente.
Diante do envelhecimento da população, a doença torna-se ainda mais assustadora, uma vez que o número de doente deve aumentar. De acordo com a coordenadora da pesquisa no HC, a médica neurologista Viviane Zetola, estima-se que aqueles que nasceram nos anos 2000 irão viver até os 104 anos. “Por um lado é bom, devido à longevidade. Por outro lado, as doenças demenciais vão crescer muito”, comentou.
É neste cenário que a pesquisa pretende interferir, por isso, selecciona homens e mulheres entre 50 e 85 anos que apresentam alguma pré-disposição para o desenvolvimento do Alzheimer. Zetola explica que a pesquisa tem como alvo pessoas que, por exemplo, têm histórico positivo da doença na família e esquecimentos relativamente leves, que não prejudicam a produtividade no ambiente de trabalho ou interferem no convívio social.
O fármaco em testes é subcutâneo e com dose mensal. A injecção será aplicada durante quatro anos aos voluntários, sempre com acompanhamento da equipa, formada por médicos, psicólogos, enfermeiros e estudantes de Medicina. O nome da substância activa e como ela age no organismo são mantidos em sigilo. Segundo Zetola, não há efeitos secundários.
Apesar de a pesquisa poder trazer um bem inestimado para a humanidade, está difícil conseguir voluntários. As inscrições foram abertas em Janeiro e até à semana passada havia apenas três voluntários. O baixo número não é consequência de desinteresse, foram 140 inscritos e mais 160 estão na fila para realizarem os exames iniciais. O que se percebe é que, por ser uma pesquisa científica, a selecção é criteriosa para que se consiga o mesmo perfil entre os voluntários. “É o critério extremamente rigoroso que faz com tenhamos uma selecção de pacientes iguais, seja em Londres, seja no Canadá, nos EUA, no Brasil. Vamos ter o mesmo tipo de paciente para poder dizer, daqui cinco anos, que, com a medicação, realmente conseguimos retardar ou fazer com que não aparecesse o Alzheimer”, explicou a médica.
O voluntário não pode ter nenhuma doença neurológica, não pode ter entrado em coma ou ter sofrido algum trauma cerebral, não pode estar em uso de medicação e, obviamente, ter alguma queixa de esquecimento. Além disso, é preciso que este voluntário tenha disponibilidade para o estudo. Isso significa que, durante os quatro anos da pesquisa, ele deve comparecer pelo menos uma vez por semana e passar um período com a equipa no HC.
Caso o candidato passe por esta fase inicial, a equipa verifica qual é grau da queixa de esquecimento. É neste quesito que muitos candidatos são eliminados. “Aparecem pessoas que acham que estão esquecidas, mas, no momento em que fazem o teste, não aparece nada. São testes neuropsicométricos, nos quais os psicólogos passam diversos exercícios em números, em cálculos, em memória recente, memória pregressa, memória remota, diversas situações em que a gente consegue detectar se este esquecimento é maior do que a maioria das pessoas para aquela faixa etária”, explicou Zetola.
Há ainda outros exames que podem eliminar o candidato, como quantidade de vitamina e hormona no organismo. A médica destacou que, apesar de a pesquisa ter esta rigorosidade, muitas pessoas são beneficiadas, uma vez que conseguem realizar gratuitamente uma série de exames de alta complexidade. Como o diagnóstico do Alzheimer, numa fase inicial, não é fácil, os critérios e a alta tecnologia da pesquisa podem ajudar a identificar a doença antecipadamente, fazendo com o paciente busque o acompanhamento médico adequado. É preciso lembrar também que muitas pessoas são eliminadas porque os esquecimentos, que elas tinham a preocupação que fossem pequenas manifestações da doença, são inexpressivos. Isso, como lembrou Zetola, traz tranquilidade aos voluntários.” rcm pharma15/05/2013 - 08:13
Primeiro número da edição portuguesa da Granta sai a 24 de Maio
“O primeiro número da edição portuguesa da revista literária Granta, que irá publicar inéditos de Fernando Pessoa, é colocado à venda no dia 24 de Maio, disse à Lusa fonte da Tinta da China, que a publica.
No dia 25 realiza-se um debate sobre a revista, às 17:00, na praça Laranja da Feira do Livro de Lisboa, no parque Eduardo VII, entre Carlos Vaz Marques, director da Granta portuguesa, e John Freeman, director da Granta internacional e ex-presidente da associação britânica de Críticos Literários.
Em declarações à Lusa, Carlos Vaz Marques afirmou que a revista tem o interesse de publicar um inédito de um autor desaparecido por cada número, mas a própria revista encomendará textos originais a autores de língua portuguesa.
A publicação de cinco sonetos de Fernando Pessoa, apresentados pelos investigadores pessoanos Jerónimo Pizarro e Carlos Pitella-Leite, insere-se no primeiro objectivo da revista, que "é o de publicar bons textos literários inéditos", disse o seu director.
Referindo-se à publicação dos sonetos de Pessoa, Vaz Marques afirmou tratar-se de "uma revelação absoluta" que "já justificaria, por si só, este primeiro número da edição portuguesa da Granta".
Um outro objectivo da revista, que terá periodicidade semestral, "é o de publicar em português os textos de grandes escritores, escritos para a Granta de língua inglesa, e nunca editados em Portugal".
"O baú da Granta é imenso e de grande qualidade, com autores tão importantes como Salman Rushdie ou Martin Amis, Saul Bellow ou Ryszard Kapuscinski", acrescentou.
À Lusa, Vaz Marques revelou um terceiro objectivo, "mais ambicioso", que é o de "dar a conhecer e de conseguir abrir portas noutros países a alguns dos autores que publicarão na edição portuguesa".
"Sendo a Granta, cada vez mais, uma família literária global, com edições em diversas línguas, temos esta ambição", rematou.
A Granta Portuguesa terá, "em todos os números, um portefólio fotográfico, que, nesta primeira edição, vai ter a assinatura do fotógrafo Daniel Blaufuks".
A Granta portuguesa, que será publicada pela editora Tinta da China, vai "seguir o modelo original da Granta, que já deu provas de grande qualidade", disse Vaz Marques, que sublinhou que "será, acima de tudo, uma revista virada para a criação literária, na qual se tentará juntar nomes consagrados e novos talentos".
À nova revista, Carlos Vaz Marques quer "chamar autores de todo o espaço de língua portuguesa".
Questionado sobre qual a ortografia escolhida, seguindo ou não o Acordo, Vaz Marques afirmou: "A Granta não vai ater-se a pequenas polémicas de circunstância. Será publicada na forma ortográfica escolhida por cada um dos autores que escrever para ela".
A Granta não terá uma edição "on-line", garantiu o director que acrescentou que o "design" é de Vera Tavares.” Texto da Lusa, publicado por Lina Santos, 11 Maio 2013, no Público.
As origens da Granta
"A ‘Granta' surgiu como uma revista de estudantes ingleses e durante muitos anos manteve esse carácter, de revista de estudantes". Foi em 1889 que um grupo de estudantes da Universidade de Cambridge a criou. "Nos anos 70 do século XX, começou a ganhar uma projecção grande no mundo literário, na altura em que um editor chamado Bill Buford tomou conta dela e decidiu fazer uma revista literária com uma componente dupla, que também vai estar na nossa", conta Vaz Marques. A componente dupla é a de juntar autores consagrados e autores em que se aposta. "Autores cujo o talento reconhecemos mas que ainda não tem o nível de exposição e de projecção, que achamos que devem vir a ter", afirma, revelando que a edição portuguesa tem também como objectivo dar a conhecer os bons autores de língua portuguesa à família "Granta". "O Bill Buford teve essa ideia que John Freeman , o actual director geral da ‘Granta' internacional, define como ‘o Cavalo de Tróia'", diz Vaz Marques. "Claro que tem que haver uma escolha muito criteriosa, mas o que a ‘Granta' fez em Inglaterra foi notável porque, por exemplo, deu projecção a autores como Salman Rushdie, Martin Amis ou Julian Barnes", reconhece.
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