O cartoonista Patrick Chappatte do International Herald Tribune faz uma revisão do ano de 2012.
Ver: 2012 (Next) Year in Review
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Linguistas do Departamento de Dicionários da Porto Editora apontam as 10 palavras que marcaram este ano. A escolha será feita por votação online.
Em 2009, foi "Esmiuçar". Em 2010, "Vuvuzela". Em 2011, "Austeridade". Qual será a "Palavra do Ano" de 2012?
A resposta será conhecida no início de 2013 e será dada pelos portugueses, que poderão votar através do site www.portoeditora.pt/palavradoano até às 23:59 de 31 de Dezembro.
A equipa de linguistas do Departamento de Dicionários da Porto Editora acompanha e analisa a realidade da língua portuguesa e, com base nos critérios de frequência de uso e de relevância assumida, especialmente nos meios de comunicação social e nas redes sociais, selecciona a lista das 10 palavras candidatas a Palavra do Ano.
Tal como aconteceu o ano passado, em que "Austeridade" foi eleita após uma votação muito disputada com "Esperança", a lista de palavras candidatas reflecte, sobretudo, a realidade socio económica vivida no nosso país.
A lista é composta pelas seguintes 10 palavras:
bosão O bosão de Higgs, conhecido vulgarmente por "partícula de Deus", é considerado essencial à explicação do mundo e é tido, pelos físicos, como fundamental para perceber vários mistérios do Universo.
cortes (financeiros)
A crise económica e a política de austeridade introduziram esta realidade na vida dos portugueses, sendo recorrente ouvir-se, ler-se e falar-se de cortes nos salários, nos subsídios e nas reformas.
democracia O contexto político, social e económico faz com que, este ano, muitos apontem a necessidade urgente de avaliar a saúde da democracia em Portugal.
desemprego O desemprego, cuja taxa tem atingido sucessivos recordes, é uma preocupação actual em Portugal e no mundo.
entroikado Com as condições de austeridade impostas pela troika aos portugueses, muitos sentem-se entroikados.
imposto O agravamento de impostos continua a fazer parte do dia a dia dos portugueses.
manifestação Este ano, por diversas vezes, milhares de pessoas saíram para a rua em protesto contra a troika e contra as medidas de austeridade do Governo.
refundar O governo, através do Primeiro-Ministro, apontou a necessidade de refundar o país e o Estado Social, colocando o assunto no topo da agenda política, económica e social.
solidariedade A solidariedade une todos os portugueses e destaca-se em 2012, no contexto do Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações.
TSU (Taxa Social Única)
A TSU entrou de rompante no léxico comum dos portugueses este ano, em consequência das alterações que o governo tentou introduzir.
A "Palavra do Ano" é uma iniciativa da Porto Editora que tem como objectivo principal enaltecer o património da língua portuguesa, sublinhando a importância que as palavras e os seus diferentes sentidos representam no nosso quotidiano.
Data da notícia: 07-12-2012
Entidade: Porto Editora, Lda
O ano de 2012 ficou marcado por diversos acontecimentos na política internacional, mas também por feitos e recordes. A TSF relembra em 20 fotografias alguns dos acontecimentos marcantes deste ano.
Guimarães foi Capital Europeia da Cultura. Teve uma agenda variada e rica em eventos e uma afluência muito intensa que transformou a cidade numa grande casa de convívio cultural. Dessa experiência falam os próprios habitantes no registo que se segue:
Os dias da esperança perdida
Portugal na rua
Um ano de muita perda e de muito desespero para os portugueses. A política imposta pela troika e por uma UE tendenciosamente desigual e hipocritamente (des)unida transformou o país num celeiro de penúria declarada. Falar de Portugal é falar de retrocesso, de temor e de fracasso. Um país onde as estatísticas revelam um crescendo imparável de sortilégio e de sofrimento. A mais alta taxa de desemprego desde 1983, 16,3% . O dobro de casais desempregados do ano anterior, 10.495. Uma dívida pública assustadora de 198 136 milhões de Euros, que repartida dá a cada português 19 184 Euros.Todos os dias 34 portugueses declaram falência e 19,6% da população vive abaixo do limiar da pobreza ( com menos de 421 Euros por mês, por agregado familiar).
Um país que se pensava livre da ameaça dos fantasmas do passado e do espectro dos dias de míngua , retorna ao patamar de partida sem esperança de saída. Um pais onde as crianças e os mais velhos são vítimas de violência e permanecem expostos à fome, é um país em declínio , é um pais de tréguas adiadas.
Portugal de 2012 é a sombra de um futuro perdido que não acredita em 2013.
Portugal de 2012 é a sombra de um futuro perdido que não acredita em 2013.
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