segunda-feira, 27 de junho de 2011

“Purgatório”, o último romance de Tomás Eloy Martínez e outros

A Porto Editora publica, no dia 30 de Junho, “Purgatório”, o último romance de Tomás Eloy Martínez.
“Purgatório “é uma odisseia sobre um casal de cartógrafos que sofre, em 1976, as consequências da ditadura militar argentina e que só volta a reencontrar-se passado 30 anos, em New Jersey.
O exílio, o medo da morte e a esperança de encontrar o que se perdeu são peças que movem este maravilhoso romance, por muitos considerado o melhor e mais pessoal livro do escritor e jornalista argentino, falecido em Janeiro de 2010.
SINOPSE
No Inverno de 1976, em plena ditadura, Simón Cardoso é detido pelos militares argentinos e nunca mais volta a aparecer. Trinta anos depois, porém, a sua mulher, Emilia Dupuy, fica paralisada ao ouvir a sua voz num restaurante dos arredores de New Jersey. O mundo, que se desmoronara com a tragédia, recupera então a luz. Será possível reaver o tempo perdido?
A partir deste inusitado encontro, Tomás Eloy Martínez enlaça a ansiedade de um amor perdido e recuperado com a reconstrução magistral da irrealidade criada pelo exílio – um exílio que ele próprio conheceu.
Aliando uma linguagem sóbria e uma história tão estranha quanto intensamente real, Purgatório ficará por ventura como a melhor obra de um autor já reconhecido como um clássico pela crítica internacional.
Primeiras páginas: aqui

O escritor e jornalista Tomás Eloy Martínez nasceu en Tucumán, ao norte da Argentina, em Julho de 1934 e faleceu em Janeiro de 2010. Aquando da sua morte , Carmen Caffarel, directora do Instituto Cervantes expressou que Eloy Martínez foi um “dos autores que converteram  o jornalismo em obra literária” e acrescentou : “ a sua obra narrativa, ensaística e jornalística, assim como o seu compromisso cívico, permanecerão como uma das referências fundamentais da cultura em língua espanhola do último meio século”.
O escritor mexicano Carlos Fuentes, deplorou la morte de seu colega argentino Tomás Eloy Martínez declarando que “merecia  muitos reconhecimentos” entre eles o Prémio Cervantes de Literatura.
 Enquanto jovem, ganhou diversos prémios pelos seus poemas e contos. Escreveu vários guiões para cinema e um ensaio sobre cinema (Estructuras del cine argentino, 1961) e publicou, depois do livro de contos Lugar común la muerte (1979), os romances Sagrado (1969), La novela de Perón (1985), La mano del amo (1991), Santa Evita (1995), Las memorias del general (1996), La pasión según Trelew (1997), El vuelo de la reina (2002) e El cantor de tango (2004), além do ensaio El sueño argentino (1999).
Com a publicação de Santa Evita, Tomás Eloy Martínez converteu-se em um dos escritores argentinos de maior projecção internacional. Aquela obra, traduzida para 25 idiomas e publicada em mais de 30 países, é considerada um dos mais sólidos e deslumbrantes romances da literatura latino-americana, cuja importância foi destacada por autores como Carlos Fuentes, Augusto Roa Bastos e Gabriel García Márquez, que escreveu: “Aqui está, finalmente, o romance que eu queria ler”.Por sua vez, quer The New York Times, quer a London Review of Books consideraram o conjunto da obra de Tomás Eloy Martínez como “o fenómeno literário mais importante da América Latina depois de "Cien años de soledad”.
Director do Programa de Estudos Latino-americanos da Universidade de Rutgers (New Jersey), Tomás Eloy Martínez foi  colaborador permanente dos diários The New York Times, El País, de Madrid, e La Nación, de Buenos Aires. * O romance “O Voo da Rainha” ganhou em 2002 o Prémio Alfaguara de Novela, entre 433 manuscritos, 310 dos quais procedentes da América Latina. Desde então, além de publicado em Espanha e na América Latina, foi traduzido e editado nos seguintes países: Alemanha, Brasil, China, França, Grécia, Hungria, Israel, Itália, Portugal, Roménia, Rússia e Sérvia. Bibliografia ASA
 Livros que vão estar nas  livrarias, em Julho:

"O Que Se Leva Desta Vida " de Alice Vieira
«O que se leva desta vida? Bom, cada um sabe de si, mas nós sabemos o que o leitor pode levar deste livro! Dependendo dos casos e das histórias levará um sorriso nos lábios, uma lágrima no canto do olho, um grito de esperança, uma sonora gargalhada, um olhar cúmplice, um reviver d outros tempos ou um sentir do toque do futuro…
O Que se Leva desta Vida são pequenas estórias escritas com o humor e a sensibilidade a que Alice Vieira sempre nos habituou.»



"A Opereta dos Vadios" de Francisco Moita Flores
“Uma sátira política sobre um país falido.” É assim que é apresentado o novo romance de Francisco Moita Flores, A Opereta dos Vadios, a sair a 11 de Julho. É uma das apostas da Casa das Letras para Julho, onde também constam O Que Se Leva Desta Vida, de Alice Vieira, e uma biografia de Isaac Newton assinada por James Gleick, estes dois com lançamento agendado para o dia 18.
A Opereta dos Vadios – Francisco Moita Flores
«De repente, o País ficou de sobrolho carregado. Zangado. A bancarrota revolveu os intestinos da política e entregou ao Povo um sarilho cheio de fome. A democracia, com a barriga cheia de teias de aranha, desatou a vomitar vermes. De testa franzida. Fazedores de milagres. Gente que perdeu a virtude do riso. Portugal transformou-se num protectorado alemão e Zé Francisco, velho anarquista, exilado em Paris, com os seus amigos de sempre, vindos de todos os lados da política, decidiram criar um novo partido político (PUN) dispostos a ganhar as próximas eleições.»


"Isaac Newton" de James Gleick
«A biografia de Isaac Newton ou a história do principal arquitecto do mundo moderno. James Gleick expõe, neste livro, a vida solitária de Newton, fornecendo pistas valorosas para a melhor compreensão dos corpos, da inércia e do movimento – conceitos tão enraizados no século XX que poderíamos mesmo dizer que todos somos Newtonianos.
Livro finalista do Pulitzer.»

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