Os ademanes bizarros da guerra:
a troca de reféns com prisioneiros,
um cessar fogo, que não é pós-guerra,
interregnos curtos e traiçoeiros.
Na guerra mente-se como quem jura,
estupram-se com ardor os vocábulos,
solene proclamação logo augura
destruição de hospitais e estábulos.
A guerra é o cúmulo dos absurdos,
porque é um jogo em que todos perdem:
perdem os turcos e perdem os curdos
e tudo o que fizeram desafazem.
Fazer, desfazer, jogo de patetas,
levados ao açougue por profetas…
23.11.2023
Eugénio Lisboa
a troca de reféns com prisioneiros,
um cessar fogo, que não é pós-guerra,
interregnos curtos e traiçoeiros.
Na guerra mente-se como quem jura,
estupram-se com ardor os vocábulos,
solene proclamação logo augura
destruição de hospitais e estábulos.
A guerra é o cúmulo dos absurdos,
porque é um jogo em que todos perdem:
perdem os turcos e perdem os curdos
e tudo o que fizeram desafazem.
Fazer, desfazer, jogo de patetas,
levados ao açougue por profetas…
23.11.2023
Eugénio Lisboa
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