Alguns poemas do livro O
Ilimitável Oceano, de Eugénio Lisboa
Anaxágoras ou o Astrónomo
Qual o fim da vida?, foi-lhe alguém perguntar.
E ele: o sol, a lua, os céus investigar.
Demócrito
Prefiro entender o que sei
a poder ser, na Pérsia, rei.
Euclides
Um percurso exacto.
Um discurso claro.
O rigor em acto.
O escuro raro.
Arquimedes
Nos líquidos perscrutou
o segredo vertical
de uma força que achou:
descobrir é casual
quando muito se pensou.
Galileu
As leis do movimento perscrutaste,
com paciência e cândido olhar.
Com o mesmo olhar o vasto céu sondaste,
humilde mas altivo no ousar.
Copérnico
O céu que viste era o céu
de Ptolomeu. Mas diferente
foi a forma de o olhar.
No modo de julgar, teu,
a Terra, astro movente, demitiu-se de pensar
que era o centro do mundo:
assim ver, que abalo fundo!
Eugénio Lisboa, in O Ilimitável Oceano, Quasi Edições, Março 2001
Anaxágoras ou o Astrónomo
Qual o fim da vida?, foi-lhe alguém perguntar.
E ele: o sol, a lua, os céus investigar.
Demócrito
Prefiro entender o que sei
a poder ser, na Pérsia, rei.
Euclides
Um percurso exacto.
Um discurso claro.
O rigor em acto.
O escuro raro.
Arquimedes
Nos líquidos perscrutou
o segredo vertical
de uma força que achou:
descobrir é casual
quando muito se pensou.
Galileu
As leis do movimento perscrutaste,
com paciência e cândido olhar.
Com o mesmo olhar o vasto céu sondaste,
humilde mas altivo no ousar.
Copérnico
O céu que viste era o céu
de Ptolomeu. Mas diferente
foi a forma de o olhar.
No modo de julgar, teu,
a Terra, astro movente, demitiu-se de pensar
que era o centro do mundo:
assim ver, que abalo fundo!
Eugénio Lisboa, in O Ilimitável Oceano, Quasi Edições, Março 2001
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