por Eugénio Lisboa
A poesia é a preguiça da
prosa.
A poesia contenta-se com
pouco conteúdo. A prosa é mais exigente.
A poesia vive de
intuições. A prosa vive de ideias.
A poesia afaga a
obscuridade. A prosa afaga a claridade.
A claridade cega o poeta e
amplia a visão do prosador.
A poesia exercita-se a
esconder, a prosa esfalfa-se a revelar.
O soneto é uma forma de
pudor: dizer o mais possível, no mínimo de palavras.
A inveja do poeta:
gostaria que as palavras fossem tão eloquentes como as notas de música.
A vida do poeta não é
necessariamente poética. As asas do poeta podem levantar voo a partir de um
monturo.
Eugénio
Lisboa, 24.09.2023
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