Eça
no Panteão?
(Em modo de pilhéria)
O Eça no Panteão?
Na companhia de quem?
No Panteão, um gozão?
Ali, que pilhéria tem?
Há risota no Panteão?
Pode xingar-se um ministro?
Ali, come-se faisão?
Que local tão sinistro,
pra escritor tão luminoso!
Quem inventou panteão
era um cara caveiroso,
à procura de prisão.
No Panteão há Paris?
No Panteão diz-se mal
e come-se perdiz?
Existe ali carnaval?
Mandar-se pró Panteão
um Eça pilherioso
é obra de manganão,
de espírito tortuoso!
Ponha-se lá a Agustina
e os livros que escreveu;
junte-se-lhe naftalina
e faça-se um museu!
Mas fique em paz o Eça,
na Tormes que tanto amava,
e com vigor se impeça
que saia de onde estava!
29.04.2023
Eugénio Lisboa
(Em modo de pilhéria)
Na companhia de quem?
No Panteão, um gozão?
Ali, que pilhéria tem?
Há risota no Panteão?
Pode xingar-se um ministro?
Ali, come-se faisão?
Que local tão sinistro,
pra escritor tão luminoso!
Quem inventou panteão
era um cara caveiroso,
à procura de prisão.
No Panteão há Paris?
No Panteão diz-se mal
e come-se perdiz?
Existe ali carnaval?
Mandar-se pró Panteão
um Eça pilherioso
é obra de manganão,
de espírito tortuoso!
Ponha-se lá a Agustina
e os livros que escreveu;
junte-se-lhe naftalina
e faça-se um museu!
Mas fique em paz o Eça,
na Tormes que tanto amava,
e com vigor se impeça
que saia de onde estava!
29.04.2023
Eugénio Lisboa
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