Certos silêncios fazem mais ruído
do que o ribombar de trovoadas:
não são construídos de sons banidos,
antes cheios de dores recalcadas.
São silêncios que falam sem falar
e só querem dizer o que não dizem.
Há nesses silêncios um deflagrar
de anúncios e suspeitas que maldizem
um viver que ao não falar conduz.
São silêncios que ferem como espadas
ou como escuridão que desse luz.
São como salas de espera ensaiadas
de um calar profundo e definitivo,
que habite não um morto mas um vivo.
14.11.2022
Eugénio Lisboa
do que o ribombar de trovoadas:
não são construídos de sons banidos,
antes cheios de dores recalcadas.
e só querem dizer o que não dizem.
Há nesses silêncios um deflagrar
de anúncios e suspeitas que maldizem
São silêncios que ferem como espadas
ou como escuridão que desse luz.
de um calar profundo e definitivo,
que habite não um morto mas um vivo.
14.11.2022
Eugénio Lisboa
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