A arte de viver
E quanto se vive, quando se vive?
E quanto se vê que não é declive
gozarmos o calor em que se vive?
O prazer é coisa que se arquive?
Será de contratar um detective,
para vigiar o quanto se vive?
Pois não é melhor que se reactive,
em Pisa, Florença ou Telavive,
o fogo que, com gosto, se adjective?
A verdade é que, até hoje, mantive
o gozo que, sem custo, entretive,
a mastigar os frutos que obtive,
a afagar a vida que em mim vive
e, com bom cuidado, sempre detive!
E quanto se vive, quando se vive?
E quanto se vê que não é declive
gozarmos o calor em que se vive?
O prazer é coisa que se arquive?
para vigiar o quanto se vive?
Pois não é melhor que se reactive,
em Pisa, Florença ou Telavive,
A verdade é que, até hoje, mantive
o gozo que, sem custo, entretive,
a afagar a vida que em mim vive
e, com bom cuidado, sempre detive!
05.11.2022
Eugénio Lisboa
Eugénio Lisboa
Nem sempre o mundo se concerta para celebrar a vida. Há quem faça da vida apenas uma passagem e há quem a torne num hino. Viver é uma arte. A Música também. Eis como poesia e música se juntam em harmonia para puro deleite .
Cynthia Erivo, em At Last , numa excelente actuação no Legendary Voices, em The Proms, Agosto de 2022. Um belissimo espectáculo de tributos às grandes vozes que a inspiraram ao longo da vida. Apresentado no Royal Albert Hall e apoiado pela BBC Concert Orchestra, Cynthia Erivo, vencedora do Grammy, interpretou hits de artistas icónicos como Etta James, Nina Simone, Shirley Bassey, Billie Holiday e Gladys Knight.(© BBC Two.)
Cynthia Erivo, em I (Who Have Nothing).
Cynthia Erivo, em Ne me quitte pas, do grande Jacques Brell, na versão de Nina Simone.
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