com olhos frios de aço
e com ar de fazer dano
a quem lhe não desse abraço.
amiga de obedecer,
mas mais que baste astuta,
pra com isso enriquecer.
que gostam de ver poder
a crescer, todos os anos,
deitou tudo a perder.
de matar a sua fome:
ter muito não satisfaz
o desejo que o consome.
manda jovens para a morte;
a vida fica ruim
pràquele povo em desnorte.
e o calor que mata o frio,
e é tudo um banzé,
estando a vida por um fio.
e os bancos ficam vazios:
ser banqueiro desmerece,
naqueles cofres baldios.
que pra rudo há um fim:
o universo não cabe
neste pífio folhetim.
assim reza o passado:
lá pró fim já cheira mal
o patife estouvado.
não há mesmo outra escolha:
quando os laços se desatam,,
a morte não é zarolha.
como são os mesmo grandes,
mas ficará tal e qual
os que são meros Fernandes!
15.09.2022
Eugénio Lisboa
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