Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004), foto de João Cutileiro, Lagos, 1960 |
Sophia de Mello Breyner Andresen foi filmada pelo cineasta português João César Monteiro (1939-2003). Eis o resultado:
O ENCONTRO DE SOPHIA E DE JOÃO CÉSAR MONTEIRO
« João César Monteiro disse que a poesia não é filmável e que é inútil persegui-la, mas demonstrou que é possível uma aproximação numa das suas obras referenciais - «Sophia de Mello Breyner Andresen» (1969).
É um dos mais belos filmes da história do cinema português e é uma homenagem serena não apenas à poesia, mas ao mar português, à nossa costa fantástica.
Em cada momento desta obra, nós encontramos a sensibilidade do cineasta e o carisma de Sophia.
E quando Xavier estranha o tom de voz de sua mãe a ler «A Menina do Mar» ele está a dizer-nos que a poesia prolonga e completa a realidade.
Do mesmo modo, como quando a Mãe Sophia ralha com os filhos, o que encontramos é a vida vivida, imperfeita, dada a perturbações, que são o melhor elogio à liberdade de ser que nos leva directamente à Dignidade do Ser.
As minúsculas e as maiúsculas não são indiferentes… Sophia e João César aqui estão, em memória de Carl Dreyer…
A memória e o elogio do génio poético.
A poesia não é filmável, mas o cinema pode levar-nos à essência da palavra…
"E o Rei do Mar estava sentado no seu trono de nácar, rodeado de cavalos-marinhos, e o seu manto de púrpura nas águas"…»
Artigo publicado no Blog do CNC, em Tempo de Férias, em 19.08.2014
« João César Monteiro disse que a poesia não é filmável e que é inútil persegui-la, mas demonstrou que é possível uma aproximação numa das suas obras referenciais - «Sophia de Mello Breyner Andresen» (1969).
É um dos mais belos filmes da história do cinema português e é uma homenagem serena não apenas à poesia, mas ao mar português, à nossa costa fantástica.
Em cada momento desta obra, nós encontramos a sensibilidade do cineasta e o carisma de Sophia.
E quando Xavier estranha o tom de voz de sua mãe a ler «A Menina do Mar» ele está a dizer-nos que a poesia prolonga e completa a realidade.
Do mesmo modo, como quando a Mãe Sophia ralha com os filhos, o que encontramos é a vida vivida, imperfeita, dada a perturbações, que são o melhor elogio à liberdade de ser que nos leva directamente à Dignidade do Ser.
As minúsculas e as maiúsculas não são indiferentes… Sophia e João César aqui estão, em memória de Carl Dreyer…
A memória e o elogio do génio poético.
A poesia não é filmável, mas o cinema pode levar-nos à essência da palavra…
"E o Rei do Mar estava sentado no seu trono de nácar, rodeado de cavalos-marinhos, e o seu manto de púrpura nas águas"…»
Artigo publicado no Blog do CNC, em Tempo de Férias, em 19.08.2014
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