Por
que repetir os velhos erros, com tantos erros novos que há para cometer?
Bertrand Russell
“Vale
a pena meditar nesta pequena mas grande amostra de sabedoria, agora que o mundo
se está a virar para a extrema-direita, esquecido do que aconteceu entre as
duas grandes guerras. Não vale a pena repetir os erros cometidos e a forma de o
não fazer NÃO é o apaziguamento: é ter a coragem de cortar o mal pela raiz: não
permitir que se aproveitem da democracia para a destruir. Coisas que as
ideologias totalitárias, de esquerda e de direita, sempre fizeram. Os
ditadores vêm-nos dos longes da história, porque nos apanham desprevenidos,
sempre da mesma maneira: abrimos-lhes as portas e eles entram, sem pedir
licença. Damos-lhes o palco todo, porque gostamos de os ver fazer e dizer
palhaçadas, e eles multiplicam-se, como cancros assanhados. Já está a acontecer
de novo. E já estamos a cometer os mesmos erros que permitiram que, no passado,
à esquerda e à direita, se produzissem dezenas de milhões de mortos e todo um
património destruído. Visitem com frequência o aforismo de Russell, que teve a
coragem de ir para a prisão, quando se opôs à primeira grande guerra, e,
depois, avisou cedo contra o nazismo e o comunismo soviético. Destemido inimigo
de ditadores, não o foi menos de uma América de infame promiscuidade entre
políticos, militares e industriais (da guerra). Espíritos intrépidos como
Russell são os heróis que verdadeiramente ficam. Os outros são mais ou menos
cúmplices, por omissão, dos assassinos.”
Eugénio Lisboa, 06.12.2021
Eugénio Lisboa, 06.12.2021
Sem comentários:
Enviar um comentário