Durante cinco dias a ilha da Madeira é cenário de partilha e cruzamento de saberes que fazem deste um festival de referência no panorama cultural português.
A 13 de março (18h), Mick Hume, jornalista e escritor inglês, autor do livro Direito a Ofender – a liberdade de expressão e o politicamente correcto, marca a abertura do FLM, numa conversa com o autor e humorista Ricardo Araújo Pereira, conduzida pelo jornalista João Paulo Sacadura. A frase de Salman Rushdie “O que é a liberdade de expressão? Sem a liberdade para ofender, cessa de existir.” é o ponto de partida para este diálogo.
“Jornalismo é literatura com pressa.” (Matthew Arnold) é o mote da conversa que encerra o festival, a 17 de Março (18h), com o escritor peruano Daniel Alarcón e o escritor e tradutor espanhol Javier Cercas, moderada pela jornalista Maria João Costa.
Entre estes dois momentos outras cinco conversas têm lugar no mesmo palco, o do Teatro Municipal Baltazar Dias:
“O trabalho da boa ficção é confortar o perturbado e perturbar quem está confortável” (David Foster Wallace), com a escritora neozelandesa Eleanor Catton, o escritor José Luís Peixoto e a escritora finlandesa Sofi Oksanen, moderada pela jornalista Ana Daniela Soares (14 Março, 18h).
“A realidade é mais inatingível que Deus – porque não se pode rezar para a realidade.” (Clarice Lispector), entre o escritor e tradutor norte-americano Benjamin Moser e a jornalista Raquel Marinho (15 Março, 18h);
“O mundo está à espera de uma grande história, de um furo jornalístico, de uma narrativa sensacional escrita debaixo de uma chuva de balas.” (Ryszard Kapu?ci?ski), entre os jornalistas e repórteres Cândida Pinto, Carlos Fino e Paulo Moura, moderada pelo jornalista Paulo Jardim (16 Março, 18h);
“A vista de Jerusalém é a história do mundo; é mais do que isso; é a história do céu e da terra.” (Benjamin Disraeli), entre Esther Mucznik, fundadora do Museu Judaico de Lisboa, o frade dominicano Frei Bento Domingues e Sheik David Munir, imã da mesquita central de Lisboa, moderada pelo jornalista João Céu e Silva (17 Março, 15h);
“Compreender as pessoas não tem nada a ver com a vida. O não as compreender é que é a vida.” (Philip Roth), com a escritora e jornalista Clara Ferreira Alves, a escritora norte-americana Otessa Moshfegh e o escritor José Gardeazabal, moderada pelo editor Nuno Seabra Lopes (17 março, 16h30);
A 8ª edição do FLM fica ainda marcada por sessões de conversas com autores em outros pontos da ilha.
Aldina Duarte, uma das grandes vozes actuais do fado, apresenta-se pela primeira vez na Madeira levando ao palco do Teatro Municipal Baltazar Dias o espectáculo Quando Se Ama Loucamente, título homónimo do seu mais recente álbum. (16 Março, 21h30).
O Centro Cultural Palácio do Egipto, em Oeiras, vai apresentar a exposição “Portugal à Flor da Pele”, do artista plástico Mário Portugal.
Portugal à Flor da Pele é exactamente aquilo que lhe será dado ver e sentir ao visitar, contemplar e desfrutar do conjunto de cerca de 40 trabalhos (entre óleos, aguarelas, guaches e tintas da china), da autoria de Mário Portugal, que poética e enfaticamente revelam “o que demais genuíno habita o pintor: a sua alma de Ser Português!”
Rigor e diversidade técnica, traço vigoroso e dinâmico, geometrização de figuras e planos, composição espacial centrada, desfragmentação de volumes, cromatismo vivo e genericamente quente, conferem uma coerência estilística a esta mostra e denotam a destreza plástica e a maturidade artística do pintor.
Com especial enfoque na temática do FADO, para além de breves incursões pelo Portugal rural e piscatório, suas tradições, sentimentos e vivências inerentes à condição humana, os quadros espelham “o pulsar vibrante da nossa terra e das nossas gentes”.
Venha ao Palácio do Egipto sentir-se mais Português!
Visita-Jogo para público familiar: 07 Abril, sábado, 15H00
Inscrições gratuitas: ccpegipto@cm-oeiras.pt
214 408 391 (Gabinete técnico CCPE) 214 408 781 (Loja do CCPE)
Visita guiada para público geral: 21 Abril, sábado, 15H00
Horário da exposição:Terça- feira a sábado, das 12H00 às 18H00.
Encerrado aos feriados.
15 Mar a 21 Abr
Centro Cultural Palácio do Egipto
Rua Álvaro António dos Santos, 2780-182 Oeiras
ÑAQUE- ENSAIO SOLIDÁRIO
13 de Março| 21h30 | Teatro Villaret
13 de Março| 21h30 | Teatro Villaret
Preço único 10€
A totalidade das receitas reverte a favor da RE-FOOD.
No dia 13 de Março venha assistir ao ensaio solidário de ÑAQUE e apoie a RE-FOOD uma instituição que tem desenvolvido um trabalho admirável no combate ao desperdício alimentar e à fome.
A RE-FOOD tem como missão eliminar o desperdício de alimentos e a fome, envolvendo toda comunidade numa causa comum.
É uma organização independente, orientada por cidadãos, 100% voluntária, uma comunidade de caridade eco-humanitária, que trabalha para eliminar o desperdício de alimentos e a fome em cada bairro operando na e para a comunidade, trabalhando sem salários e evitando todo e qualquer custo ou investimentos que não servem a sua missão.
Saiba mais sobre o trabalho desenvolvido pela RE-FOOD no site oficial: https://www.re-food.org/pt
ÑAQUE é um texto original do dramaturgo espanhol José Sanchis Sinisterra, estreado em 1980. O espectáculo reinventa-se em 2018, à luz de um novo século, e assinala o reencontro em palco de dois gigantes do teatro português, José Pedro Gomes e José Raposo.
Onde estamos?
Num teatro…
A sério?
… ou algo parecido.
Outra vez?
Outra vez.
Isto é o palco?
Sim.
E aquilo é o público?
Sim.
Parece-te estranho?
Diferente.
Dois actores errantes, miseráveis, mas com uma esperança inimaginável na sua existência de criadores de sonhos por palavras. Acompanhamo-los ao longo da sua jornada, sorrimos com eles, choramos com eles, temos fome com eles, maravilhamo-nos com eles, impacientamo-nos com eles… e no final, percebemos, somos todos iguais. Somos seres humanos. Como eles…
Texto José Sanchis Sinisterra Encenação, Cenário e Figurinos Marco Medeiros
Tradução e Adaptação Maria João Rocha Afonso Desenho de Luz Luís Duarte Música Original Filipe Melo Assistente de Encenação David Ferreira Produção Força de Produção
Com JOSÉ PEDRO GOMES e JOSÉ RAPOSO
TEATRO VILLARET
A partir de 15 de Março
Quinta a Sábado às 21h30 I Domingo às 16h30
Preço dos Bilhetes 16€
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Correspondências
De Rita Azevedo Gomes
Baseado nas cartas trocadas entre Sophia de Mello Breyner Andresen e Jorge de Sena, durante as duas décadas em que este se viu forçado a viver fora de Portugal, o filme Correspondências, realizado por Rita Azevedo Gomes e apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, já estreou. Agora, pode vê-lo numa sala de cinema perto de si.
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