“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…
E conversamos toda a noite, enquanto
A Via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
A Via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.”
Olavo Bilac, Antologia : Poesias. São Paulo : Martin Claret, 2002. "Via-Láctea". (Colecção a obra-prima de cada autor).
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.”
Neste primeiro Domingo de Fevereiro, a música de Ennio Morricone em Cinema Paradiso , interpretada por Yo-Yo Ma e Chris Botti, é um excelente convite para entender/ouvir as estrelas e descobrir quantos mistérios as constroem.
O registo foi extraído de um espectáculo ao vivo de Chris Botti, em Boston, com a Boston Pops Orchestra, Yo-Yo Ma e outros.
O registo foi extraído de um espectáculo ao vivo de Chris Botti, em Boston, com a Boston Pops Orchestra, Yo-Yo Ma e outros.
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