quarta-feira, 9 de novembro de 2016

O que me falta é infinito

AMO-TE PORQUE NÃO ME AMO
inteiramente.  O que me falta
        é infinito
mas tu és do bem que me falta
o enigma onde se condensam 
a terra e o sol o ar as águas
      invioladas
e tenho a boca cheia
de música ondulação 
     do teu silêncio.
Casimiro de Brito, in Opus affettuoso, Editora Espiral Maior, Auliga, 2000

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