O mês de Novembro foi sempre um mês importante. Um mês de muita celebração familiar. Um mês que sempre me falou de afectos.
Proveniente de uma família numerosa , havia muitos dias em que se festejavam nascimentos. Mas a celebração maior acontecia a fechar o mês. Era o dia. Dia que todos ambicionávamos. O dia do aniversário da Mãe. O dia 27 de Novembro.
Proveniente de uma família numerosa , havia muitos dias em que se festejavam nascimentos. Mas a celebração maior acontecia a fechar o mês. Era o dia. Dia que todos ambicionávamos. O dia do aniversário da Mãe. O dia 27 de Novembro.
Chega-me todos os anos. E por muitos que passem, continua a ser o Dia. Um dia diferente daquele em que corria, manhã cedinho, para os braços de uma Mãe que sorria e me abraçava. Um abraço doce, longo e desejado. Um abraço do tamanho de um mundo que eu, ainda, não enxergava.
Um dia seguido de tantos outros em que a surpresa era sempre o saldo de muita ternura partilhada e abundantemente festejada. Um dia que se transformou nos dias de muitos encontros quando todos, adultos e independentes, acorríamos para a saudar. Um dia em que a família se acrescentara de risos e sorrisos de muitos novos membros. Um dia que já não tem a cumplicidade pródiga do tempo que a fazia estar entre nós, mas o dia que continua a ser o Dia.
O dia em que a saudade afaga o coração porque a saudade é o dia das coisas que se amam.
Parabéns, Mãe.
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