Quem dorme à noite comigo
É meu segredo,
Mas se insistirem, lhes digo,
O medo mora comigo,
Mas só o medo, mas só o medo
E cedo porque me embala
Num vai-vem de solidão,
É com silêncio que fala,
Com voz de móvel que estala
E nos perturba a razão
Gritar: quem pode salvar-me
Do que está dentro de mim
Gostava até de matar-me,
Mas eu sei que ele há-de esperar-me
Ao pé da ponte do fim.
Reinaldo Ferreira
Há, em Portugal, vozes nobres que dão aos sons a beleza de que necessitam. A música morou sempre por cá. Mariza confirma-o. Canta o Fado como ele pede. Ei-la, neste Domingo, em diferentes registos para evidenciar que não é o medo que mora com ela, mas antes um enorme talento.
Mariza, numa notável interpretação de " Medo", um fado do excelente acervo de Amália Rodrigues, com poema de Reinaldo Ferreira e música de Alain Oulman,
Mariza com Patrice Rusher, na canção " Cry me a river" de Arthur Hamilton. Um registo muito diferente, em que a voz de Mariza continua a encantar.
Now you say you're lonely
You cry the long night through
Well, you can cry me a river
Cry me a river
I cried a river over you
Now you say you're sorry
For being so untrue
Well, you can cry me a river
Cry me a river
I cried a river over you
You drove me, nearly drove me, out of my head
While you never shed a tear
Remember, I remember, all that you said
You told me love was too plebeian
Told me you were through with me and
Now you say you love me
Well, just to prove that you do
Come on and cry me a river
Cry me a river
I cried a river over you
I cried a river over you
I cried a river...over you..
É sempre admirável, a Mariza. Ficámos sem a Amália e temos agora a Mariza, com alma de moçambicana. Até já comprei o novo CD dela, lançado ante-ontem, com o título. MUNDO.
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