terça-feira, 9 de setembro de 2014

Tolstoi e os Livros de Setembro

Leo Tolstoi
"Pouco importa a forma como os outros te consideram; a eles podes enganá-los, mas a ti não!” – Dimitri Neklioudov, in Ressurreição.
Ressurreição” é  considerada a última grande obra, um extraordinário romance, de Leon Tolstoi, publicado em 1899. Traduz o apogeu e a síntese do ideário tolstoiano. Um hino redentor e de transcendência pessoal.
No dia em que se assinalam o 186º aniversário do nascimento deste grande escritor russo, 9 de Setembro de 1828, transcrevemos um excelente fragmento deste excepcional romance na rubrica “Os Livros de Setembro”.
" Só ao fim de três anos Nekkludow tornou a ver Katucha. E quando, ao cabo desses três anos, ele tornou a vê-la , não era já o mesmo de outrora.
Socialmente era um brilhante oficial das guardas que ia juntar-se ao regimento e que aproveitava o fim de uma licença para visitar as velhas parentes.
Moralmente, diferia muito do ingénuo rapaz  que mantivera com a doce Katucha simples relações de amor.
Outrora era um rapaz leal e desinteressado, pronto a sacrificar-se pelo que julgasse ser o bem; agora era um egoísta depravado preocupando-se unicamente com o seu prazer pessoal.
Outrora o universo parecia-lhe misterioso, e entusiasticamente tentava penetrar nesse mistério;  agora tudo lhe parecia claro e simples; tudo lhe parecia subordinado às condições da sua vida pessoal.
Outrora sentira a importância e a necessidade da convivência com a natureza e com os homens  que tinham vivido, pensado e sentido antes dele, os filósofos e poetas do passado; agora o importante e necessário eram as convivências com os seus camaradas e a sujeição às regras mundanas do seu meio.
Outrora concebera as mulheres como criaturas misteriosas e encantadoras - encantadoras pelo próprio mistério que as envolve, - agora as mulheres - todas as mulheres com excepção das da sua família e das dos seus amigos, - eram limitadas a um fim muito definido: o instrumento de um gozo já experimentado e sobre todos preterido. Outrora não sentia a necessidade de dinheiro e mal gastava a terça parte da sua anuidade; agora mil e quinhentos rublos mensais evaporavam-se e já tivera explicações desagradáveis com sua  mãe sobre o assunto. Outrora era o Eu espiritual que governava: agora imperava o forte Eu animal. " Leão Tolstoi , in " Ressurreição", Volume 1º, Collecção Economica, Edições da Civilização Brasileira S/A, Rio de Janeiro, 1936

ale-confissao
A Alêtheia Editores editou " Confissão" de Lev Tolstoi  na colecção de clássicos da literatura mundial, onde constam  "Coração de Cão", de Mikhail Bulgakov, e "Cartas de Inglaterra ", de Eça de Queiroz. José Milhazes é o autor do Prefácio.
Sobre o livro: «Confrontado com a crise existencial que o acompanhou durante grande parte da vida, Tolstoi refugiou-se na escrita produzindo este testemunho premente sobre a sua infância, fé, filosofia e posição social. Em Confissão, uma súmula do pensamento de Tolstoi, o leitor pode conhecer os conflitos do homem e a arte do escritor.
Na minha busca por respostas às questões da vida senti o mesmo que um homem perdido numa floresta. Lev Tolstoi, in Confissão»


Foto: Hercule Poirot está de volta 38 anos depois pela mão de Sophia Hannah, a escritora escolhida para dar nova vida ao incomparável detetive belga. Lançamento mundial no dia 9 de setembro.

Sentado no seu café preferido, Hercule Poirot prepara-se para mais um jantar de quinta-feira quando é surpreendido por uma jovem mulher. Ela chama-se Jennie e diz estar prestes a ser assassinada. Mais insólita do que esta afirmação é a sua súplica para que Poirot não investigue o crime. A sua morte é merecida, afirma Jennie, antes de desaparecer noite dentro, deixando o detective perplexo e ansioso por mais informação.
Perto dali, o elegante Hotel Bloxham é palco de três assassinatos. Os crimes têm várias semelhanças entre si: os três corpos estão dispostos em linha reta com os braços junto ao corpo e as palmas das mãos viradas para baixo. E dentro das bocas das vítimas, encontra-se o mais macabro dos pormenores: um botão de punho com o monograma PIJ.
Poirot junta-se ao seu amigo Catchpool, detetive da Scotland Yard, na investigação deste estranho caso. Serão os crimes do monograma obra do mesmo assassino? E poderão de alguma forma estar relacionados com a fugidia Jennie que, por uma razão indecifrável, não abandona os pensamentos do detetive belga?

Hercule Poirot está de regresso num mistério diabólico que vai testar ao limite as suas célebres celulazinhas cinzentas.
Hercule Poirot está de volta 38 anos depois pela mão de Sophia Hannah, a escritora escolhida para dar nova vida ao incomparável ddetective belga. Lançamento mundial no dia 9 de Setembro.Em Portugal a edição é da Ed.Asa - Grupo Leya.

"Sentado no seu café preferido, Hercule Poirot prepara-se para mais um jantar de quinta-feira quando é surpreendido por uma jovem mulher. Ela chama-se Jennie e diz estar prestes a ser assassinada. Mais insólita do que esta afirmação é a sua súplica para que Poirot não investigue o crime. A sua morte é merecida, afirma Jennie, antes de desaparecer noite dentro, deixando o detective perplexo e ansioso por mais informação.
Perto dali, o elegante Hotel Bloxham é palco de três assassinatos. Os crimes têm várias semelhanças entre si: os três corpos estão dispostos em linha recta com os braços junto ao corpo e as palmas das mãos viradas para baixo. E dentro das bocas das vítimas, encontra-se o mais macabro dos pormenores: um botão de punho com o monograma PIJ.
Poirot junta-se ao seu amigo Catchpool, detetive da Scotland Yard, na investigação deste estranho caso. Serão os crimes do monograma obra do mesmo assassino? E poderão de alguma forma estar relacionados com a fugidia Jennie que, por uma razão indecifrável, não abandona os pensamentos do detetive belga?
Hercule Poirot está de regresso num mistério diabólico que vai testar ao limite as suas célebres celulazinhas cinzentas."

"Requiem " de  ANTONIO TABUCCHI,
"O livro que o autor escreveu em português.
Como que suspenso entre a consciência e a inconsciência, entre a realidade e o sonho, um homem encontra-se ao meio-dia em ponto, sem perceber porquê, numa Lisboa deserta e tórrida de um domingo de Julho. Sabe vagamente que tem umas tarefas a cumprir – uma última, sobretudo: encontrar-se com um ilustre poeta desaparecido que, como todos os fantasmas, talvez apareça só à meia-noite.
Entrega-se ao fluxo do acaso, segundo a lógica das livres associações do inconsciente, e dá consigo a cumprir um percurso que o leva a reviver aquilo que foi, a tentar desatar os nós cegos da sua vida passada que nunca conseguiu compreender. A alucinação, a errância, o sonho duram doze horas, nas quais o tempo de uma vida se comprime e se dilata: passado e presente confundem-se e os vivos encontram-se com os mortos no mesmo plano.
Com este Requiem, Antonio Tabucchi, ao contar a experiência de uma viagem misteriosa e sapiencial, escreveu um livro que é um acto de amor a um país que lhe pertence profundamente e à língua na qual este livro está escrito.

Antonio Tabucchi nasceu em Pisa(1943-2012), onde fez os seus estudos, primeiro na Faculdade de Letras e depois na Scuola Normale Superiore. Ensinou nas Universidades de Bolonha, Roma, Génova e Siena. Foi Visiting Professor no Bard College de Nova Iorque, na École de Hautes Études de Paris e no Collège de France. Publicou 27 livros, entre romances, contos, ensaios e textos teatrais. As suas obras estão traduzidas em mais de 40 países. Recebeu numerosos prémios nacionais e internacionais. Sozinho, ou com Maria José de Lancastre, traduziu para italiano a obra de Fernando Pessoa. Considerando que a sua pátria é também a língua portuguesa, escreveu um romance em português, Requiem, 1991. O seu teatro foi levado ao palco, entre outros, por Giorgio Strehler e Didier Bezace. O Fio do Horizonte, Nocturno Indiano, Afirma Pereira e Requiem foram adaptados ao cinema respectivamente por Fernando Lopes, Alain Corneau, Roberto Faenza e Alain Tanner".

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La fête de l'insignifiance
Collection Blanche, Gallimard
Parution : 03-04-2014
144 pages, 140 x 205 mm 
Achevé d'imprimer : 01-03-2014
Genre : Romans et récits 
Catégorie > Sous-catégorie : Littérature française > Romans et récits 
Époque : XXe-XXIe siècle
ISBN : 9782070145645 - Gencode : 9782070145645 - Code distributeur : A1456
Autour du livre
Dans les médias
«Quel livre ! Quel langage à double entente, qui serre la gorge du lecteur en même temps qu’il le fait éclater de rire !»
Marc Fumaroli, Le Figaro littéraire
«Il faut lire de toute urgence le nouveau roman de Milan Kundera, magnifique, solaire, profond, drôle.»
François Busnel, L’Express
«Un roman joyeux et cocasse sur l’esprit de sérieux.»
Marie-Laure Delorme, Le Journal du dimanche
«Léger, soyeux et savant, aussi tendu qu’une toile d’araignée.»
Jérôme Garcin, Le Nouvel Observateur
«Une langue éclatante de lumière.»
Philippe Labro, Paris Match
«L’auteur de La Plaisanterie offre à son lecteur une fête de l’intelligence. Un roman qui feint la légèreté pour voler plus haut.»
Raphaëlle Leyris, Le Monde des livres

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