“Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.”
Sophia de Mello Breyner Andresen,
in “ Dia do Mar”, Ed. Caminho
Sophia de
Mello Breyner Andresen
“A escritora Sophia de Mello Breyner Andresen, cuja trasladação do
corpo para o Panteão Nacional se realiza na quarta-feira, é «uma das grandes
referências cívicas» de Portugal, afirmou o presidente do PEN Clube Português,
Casimiro de Brito.
«Sophia foi a maior poetisa do século XX e vai ficar para sempre na
literatura portuguesa. Além disso, é um exemplo cívico e de qualidade humana»,
disse à Lusa o escritor Casimiro de Brito.
Numa homenagem à poetisa, realizada no passado dia 26, no Porto, cidade
onde nasceu, o seu filho, Miguel Sousa Tavares, afirmou que «a melhor homenagem que se pode
fazer à escrita de Sophia, dez anos após a sua
morte, é reconhecer que ela continua deslumbrantemente actual».A cerimónia de trasladação da poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen,
do cemitério de Carnide para o Panteão Nacional, em Lisboa, tem início às 16:30
de quarta-feira e inclui «uma missa de carácter privado», na capela do Rato.
A missa, à qual assiste a família, é celebrada às 17:30 pelo patriarca de
Lisboa, Manuel Clemente, na capela da calçada Bento da Rocha Cabral, saindo
depois o cortejo, pelas 18:15, em direção à Assembleia da República, atravessando
o largo do Rato, para seguir depois pela rua de S. Bento.
O cortejo passa pela Assembleia da República, não estando prevista
qualquer cerimónia, segue pela avenida D. Carlos no sentido da 24 de Julho, em
direcção à Praça do Comércio, rumando ao Panteão pela Sé, disse à Lusa fonte
oficial.”Diário Digital / Lusa
Noventa
escritores norte-americanos em Lisboa no âmbito do Projecto DISQUIET
“Noventa escritores norte-americanos, entre os quais Katherine Vaz, Sally
Ashton e Terri Witek, participam, a partir de hoje , no Programa Literário
Internacional em Lisboa, que inclui sessões abertas ao público, anunciou o
Centro Nacional de Cultura (CNC).
Durante os
quinze dias do programa, que se insere no Projecto DISQUIET, os escritores
norte-americanos “confirmados ou apenas amadores” irão ter “um contacto tão
abrangente quanto possível com diferentes aspectos da cultura portuguesa”,
afirma o CNC, que destaca o contacto com autores lusófonos.
Neste sentido
está prevista uma série de sessões abertas ao público, entre a próxima segunda-feira
e o dia 11 de Julho.
Logo, hoje, segunda-feira, às 14:30, realiza-se, na Casa
Fernando Pessoa, a Campo de Ourique, uma palestra por Richard Zenith, editor da
secção portuguesa de www.poetryinternational.org
entre 2003 e 2005, com o qual continua a colaborar. À mesma hora, na Casa dos
Bicos, sede da Fundação José Saramago, José Luís Peixoto conversa com Erica
Dawson.
Ainda hoje, mas às 18:30, no CNC, ao Chiado, é feita a
palestra “Camões e os descobrimentos”, por João R. Figueiredo, professor de
Literatura na Universidade de Lisboa, autor de “A autocomplacência da Mimese” e
de vários ensaios sobre o poeta Luís de Camões, estando actualmente a preparar
uma edição de comentário de “Os Lusíadas”.
Também às
18:30, mas na Fundação Luso-Americana de Desenvolvimento, na Lapa, realiza-se
um colóquio com a participação de Maria Teresa Horta, autora entre outros, da
antologia de poesia erótica “As Palavras do Corpo”, a poetisa Ana Luísa Amaral
e a investigadora Vanda Anastácio.
No dia 02 de
Julho, na Sociedade de Geografia de Lisboa, realizam-se “workshops” orientados
por Derek Nikitas, Sally Ashton e Denis Johnson.
No dia
seguinte, pelas 14:30, na Livraria Ferin, Patrícia Reis, que em março do ano
passado editou “Contracorpo”, conversa com Patrícia Portela, autora que
participou no ano passado no International Writing Program, da Universidade de
Iowa.
No mesmo dia
e nesta livraria na rua Nova do Almada, pelas 18:30, o escritor Jacinto Lucas
Pires conversa com Josip Novakovich, escritor nascido na Croácia, autor de
“April Fool’s Day”, obra já traduzida em dez línguas.
A escritora
Teolinda Gersão, que recebeu no ano passado o Prémio António Quadros pela sua
obra “A cidade de Ulisses”, apresentará no dia 04 de julho, às 14:30, no CNC, a
palestra “Descobrindo Lisboa”.
A capital é
também um dos temas abordados pelo musicólogo Rui Vieira Nery, na palestra que
apresenta, também no dia 04, mas às 18:30, no Museu do Fado, em Alfama. Vieira
Nery foi investigador na Universidade de Austin, no Texas, liderou, no plano
científico, a candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade, e é
autor de "Para uma História do Fado".
No dia 07 de
julho, pelas 14:30, na Livraria Ferin, Scott Laughlin presta tributo ao poeta
Alberto Lacerda, nascido na ilha de Moçambique, em 1928, e falecido em Londres,
em 2007. O poeta e o seu trabalho serão evocados através das suas cartas.
Segundo o
CNC, Lacerda tinha uma rede “absolutamente prolixa” de contactos
internacionais, entre os quais os escritores Edith Sitwell, Arthur Waley, T.S.
Eliot, René Char, Anne Sexton, Robert Duncan, Rosanna Warren e John Ashbery.
No dia 08, às
14:30, na Livraria Bertrand do Chiado, na rua Garrett, realiza-se uma conversa
entre os autores Meakin Armstrong, Christopher Cerf e Catherine Tice e, às
18:30, na Férin, outra, com Alissa Nutting e Padgett Powell.
No dia 09 de
Julho, Cyriaco Lopes, Terri Witek e Moez Surani realizam durante a tarde
“workshops”, no Centro Nacional de Cultura e, às 18:30, Gonçalo M. Tavares faz
leituras da sua obra e fala sobre a sua escrita na Fundação Luso-Americana de
Desenvolvimento. Em 2010, o romance “Aprender a rezar na Era de Técnica” foi
distinguido em França com o Prémio Médicis 2010, para o melhor romance
estrangeiro.
A última
sessão pública realiza-se no dia 10, às 18:30, na Casa dos Bicos, e junta João
Tordo, que em Abril passado editou o romance “Biografia involuntária dos
amantes”, e Katherine Vaz, autora, entre outros, de “Fado & Outras
Histórias”.
O Programa
Literário Internacional em Lisboa insere-se no Projecto DISQUIET, que foi
lançado pela organização literária sem fins lucrativos Dzanc Books, com sede no
Estado norte-americano do Michigan, “e parte do princípio que a imersão numa
cultura estrangeira, num ambiente diferente do habitual, e a consequente quebra
de rotinas, tendem a estimular a criatividade, abrindo novas perspectivas e
novos ângulos de interpretação do mundo que nos rodeia, resultando num
indubitável enriquecimento para todos aqueles que nele participam”, explica em
comunicado o CNC.”DD
Cidade de Luanda acolhe segunda-feira Cimeira dos PALOP, Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo dos
cinco Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa
Luanda - A
cidade de Luanda acolhe nesta segunda-feira (30) a Cimeira dos Chefes de Estado
e de Governo dos cinco Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP),
nomeadamente Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e
Príncipe, com o objectivo de criar o Fórum a designar-se FORPALOP.
Para o efeito,
os líderes dos países integrantes desse órgão começam a chegar esta tarde à
capital angolana, onde já se encontra o Primeiro-ministro de Moçambique,
Alberto Vaquina, em representação do presidente moçambicano, Armando Guebuza.
Segundo o
programa de trabalho desta Cimeira, a que a Angop teve acesso este domingo, o
encontro a ter lugar numa das salas do Centro de Convenções de Talatona, a Sul
de Luanda, inicia com o discurso de boas vindas do Chefe de Estado Angolano,
José Eduardo dos Santos, na qualidade de anfitrião do evento.
Seguir-se-á
outro pronunciamento, desta feita por parte do estadista cabo-verdiano, Carlos
Fonseca, nas vestes de presidente em exercício dos Países Africanos de Língua
Oficial Portuguesa, e posteriormente dar-se-á início aos trabalhos que
decorrerão à porta-fechada.
No final da
reunião, os dignatários deverão aprovar uma data e local para a realização da
próxima Cimeira, bem como procederão a assinatura da Declaração Constitutiva do
Fórum dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (FORPALOP).
O programa
prevê ainda a leitura do comunicado final que será feita pelo ministro angolano
das Relações Exteriores, Geroges Rebelo Chicoty.
No início da
tarde, o Presidente José Eduardo dos Santos obsequiará os visitantes com um
almoço oficial no Centro de Convenções de Talatona.
O regresso
das delegações aos seus respectivos países está previsto para o fim da tarde de
segunda-feira.
O FORPALOP é
um órgão multilateral, privilegiando a concertação político-diplomática e de
cooperação, bem como de aprofundamento das históricas relações de amizade e
solidariedade.
Dos
princípios orientadores de que se regerá o Fórum, destacam-se a igualdade,
soberania e independência dos Estados membros, a não ingerência nos assuntos
internos de cada Estado e o respeito pelos princípios democráticos, realça a
nota.
Pugnará ainda
pelo respeito dos direitos humanos e do estado de direito, o respeito pela
integridade territorial, promoção da paz e da segurança internacionais, a
resolução pacífica de conflitos, assim como a observância do preceituado no
Acto Constitutivo da União Africana.”Angop
Goethe
Institut abre jardins ao jazz
Os jardins
do Goethe Institut Portugal, em Lisboa, recebem, na primeira quinzena de Julho,
a 10.ª edição do festival europeu "Jazz im Goethe-Garten" (Jazz no
Jardim de Goethe) (JiGG), com 10 concertos já calendarizados.
“Na edição
deste ano, o festival conta com as mais recentes tendências de jazz, oriundo da
Alemanha, Áustria, Bélgica, Finlândia, França, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal
e Suíça.
A programação
abre, a 01 de Julho, com os portugueses Rodrigo Amado Motion Trio + Rodrigo
Pinheiro, com Rodrigo Amado, no saxofone tenor, Miguel Mira, no violoncelo,
Gabriel Ferrandini, na bateria, e Rodrigo Pinheiro, em piano. Dia 02 de Julho,
é a vez dos austríacos Weisse Wände, sobre quem a crítica afirma que
"poesia e loucura andam perto". A primeira semana de festival encerra
dia 03, com a actuação a solo do pianista italiano Umberto Petrin.
Na segunda
semana, os concertos realizam-se nos dias 08, 09 e 10 de Julho. O primeiro dia
é da responsabilidade do saxofonista finlandês Mikko Innanen, que a crítica do
seu país identifica como um dos mais importantes jovens músicos atuais. Traz a
Lisboa Mikko Innanen & Innkvisitio, um dos vários projectos do músico.
A 9 de Julho,
a música está a cargo de 4s, conjunto proveniente do Luxemburgo, que combina
influências rock e experimentais. Konstrukt (da Turquia) e Cortex (da Noruega)
são os responsáveis pela animação do último dia da segunda semana no
Goethe-Institut.
Silo Trio,
dos suíços Berthet, Vonlanthen e Sartorius abrem a última semana do festival,
terça-feira, dia 15. Segue-se o trio Baloni, na quarta-feira, com músicos de
origem belga, alemã e francesa. O quarteto francês Émile Parisien Quartet, que
leva já um década de vida, apresenta-se no penúltimo dia do festival, que
encerra dia a 17 de julho, com os alemães Underkarl, sintonizados entre o jazz,
a nova música, o rock, o minimal, o free jazz e a pura improvisação.”por Lusa,
publicado por Marina Almeida
Chileno Juan Radrigán encerra Ciclo de Teatro
1 de Julho de 2014
19h00
Teatro D. Maria II, em Lisboa
Entrada livre
1 de Julho de 2014
19h00
Teatro D. Maria II, em Lisboa
Entrada livre
"Juan
Radrigán, um dos mais destacados dramaturgos chilenos, estará em Portugal para
o encerramento do Ciclo de Conversas sobre Teatro na América Latina, no
dia 1 de Julho, às 19 horas, no Salão Nobre do Teatro Nacional D. Maria II.
A sessão terá
início com a leitura de um excerto da obra Factos Consumados, vencedora
do Prémio de melhor obra do ano pelo Círculo de Críticos de Arte no Chile, bem
como do Prémio Municipal de Literatura na área de Teatro (1981). A peça retrata
a opressão do poder sobre os mais fracos durante o governo militar do Chile. A
leitura está a cargo dos actores da companhia residente do Teatro Nacional D.
Maria II. Segue-se uma conversa com o dramaturgo, moderada pela actriz e
encenadora Natália Luiza.
Vencedor do
Prémio Nacional de Artes da Representação e Audiovisuais em 2011, Juan Radrigán
é um impulsionador do teatro popular chileno. Está ligado ao teatro desde 1979,
ano em que apresentou a sua primeira obra, Testemonios de las Muertes de
Sabina. Hechos Consumados(1981), El toro por las astas
(1982), Made in Chile (1984), El Pueblo de mal amor (1986), La
contienda humana (1988) e El encuentramiento (1996), são algumas das
suas obras mais relevantes.
Os seus
textos falam essencialmente da marginalidade social no contexto político,
económico e cultural da ditadura chilena. Radrigán distingue-se por ter sido o
primeiro a introduzir marginalizados e indigentes como personagens principais
das suas obras.
O Ciclo de
Conversas sobre Teatro na América Latina é uma iniciativa da Casa da América
Latina em colaboração com o Teatro Nacional D. Maria II, o Centro de Estudos de
Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e a Associação
Portuguesa de Críticos de Teatro.”CAL
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